Na historiografia contemporânea, caracterizada por uma profunda revolução de conceitos e métodos, possuem incontestável autoridade as inovações da "escola francesa", onde pontificam Marc Bloch, Lucien Febvre e o autor da presente obra. Sob o signo do projeto da unidade das ciências do homem, Braudel examina o significado dos conceitos da civilização e cultura em historiadores como Burckhardt, Spengler Toynbee, etc., ao mesmo tempo que apresenta as suas formulações. Dentro da mesma linha de orientação, replica ao estruturalismo de Lévi-Strauss e à sociologia de Gurvitch; aborda a complexa questão da continuidade ou descontinuidadedo processo social, tendo em conta as mutações estruturais; e propõe bases de investigação interdisciplinar entre historiadores e antropólogos, sociólogos, demógrafos, geógrafos e economistas.