A 16 de maio de 1920, o Papa Benedito XV avançava por São Pedro adentro, assentado na sédia gestatória triunfal, tiara à cabeça, círio entre os dedos, pronto para proclamar perante o Universo as virtudes heroicas, a glória e a beatitude daquela que tinha sido entregue ao fogo.
No silêncio solene do templo glorioso, três vezes seguidas o advogado consistorial invoca o Papa e este, em nome da Igreja Católica, de que ele é o chefe supremo, pronunciou a sentença, definitiva e irreformável:
"Para honra da santa e indivisível Trindade, para a exaltação da fé católica, e crescimento da religião cristã, por autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, pelos bem-aventurados apóstolos São Pedro e São Paulo, e pela Nossa, depois de madura reflexões e deliberações, depois de haver feito subir até Deus numerosas preces, depois de ter tomado conselho de nossos veneráveis irmãos, os Cardeais da Santa Igreja Romana, os patriarcas, os arcebispos, os bispos, presentes na cidade, Nós declaramos que a bem-aventurada Joana d'Arc é santa e inscrevemo-la no catálogo dos santos".
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