“Os filósofos têm o hábito irritante de analisar perguntas em vez de respondê-las”, escreve Terry Eagleton, que, nestas páginas, faz a pergunta mais importante que qualquer um de nós já fez e tenta respondê-la. Qual é, pois, o significado da vida? Nesta investigação astuta, espirituosa e estimulante, Eagleton mostra de que maneira pensadores ao longo dos séculos – de Shakespeare e Schopenhauer a Marx, Sartre e Beckett – resolveram a questão. Recusando-se a se contentar com o insosso e monótono, Eagleton revela – com uma mistura de humor e rigor intelectual, muitas vezes irreverente, mas com um objetivo muito sério em mente – de que maneira a questão se tornou particularmente problemática nos tempos modernos. Em vez de encarar o tema de frente, nos refugiamos dos sentimentos de "falta de sentido" em nossas vidas, preenchendo-os com uma infinidade de coisas diferentes: desde futebol e sexo, até religiões New Age e fundamentalismo. Por outro lado, observa Eagleton, muitas pessoas instruídas acreditam que a vida é um acidente evolucionário sem significado intrínseco. Se nossas vidas têm sentido, é algo com que conseguimos preenchê-las, não algo com que já vêm prontas. “É provável que muitos leitores deste livro desconfiem da expressão ‘o sentido da vida’, assim como não acreditam em Papai Noel”, escreve Eagleton. Mas ele afirma que, em um mundo onde precisamos encontrar significados comuns, é importante que comecemos a responder à pergunta que precede todas as perguntas; e, para concluir, ele sugere sua própria resposta: essa não é uma questão metafísica, mas ética. Não é algo separado da vida, mas o que faz valer a pena viver – ou seja, uma certa qualidade, profundidade, abundância e intensidade de vida.