Deus e o Estado é um manuscrito do filósofo anarquista russo Mikhail Bakunin publicado postumamente em 1882. O trabalho critica o cristianismo e o movimento tecnocrático então em ascensão a partir de uma perspectiva materialista, anarquista e individualista.
Um texto logo assumiu uma vida e autonomia próprias, a ponto de se tornar um dos manifestos fundamentais do pensamento anarquista e um clássico do pensamento político. Animado por seus três pilares programáticos (a abolição das formas de exploração, o ateísmo e o antiautoritarismo), o autor formula uma veemente defesa da liberdade do ser humano e de seu direito de se organizar socialmente fora do jugo da autoridade de Deus, em primeiro lugar, e, em segundo lugar, do Estado que, com as revoluções liberais do século XIX, passou a ocupar o lugar que a religião ocupava desde tempos imemoriais.
Mesmo que o mundo tenha mudado muito desde que este texto foi publicado, e hoje as grandes corporações parecem dominar com a ajuda da tecnologia, as palavras de Bakunin ainda enviam uma mensagem cujas profundas correntes continuam a ecoar e a provocar reflexão.
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