Este é um livro autobiográfico, mas com caráter bem mais etnográfico do que melodramático. A fazenda africana tem como ponto de partida a vida amorosa infeliz de uma baronesa européia que se recusa a assumir seu papel dominante no mundo colonial, numa grande fazenda africana. O marido, seu primo barão Bror Blixen-Finecke, transmite-lhe sífilis logo no primeiro ano de casamento e segue sua vida de playboy, enquanto ela fica sozinha à frente da fazenda de café. Esse é o pretexto para a autora se lançar a agudas observações em torno de uma galeria de pessoas, paisagens e animais, relatos de histórias ouvidas, fragmentos de episódios e análises de caráter antropológico. Mais do que a trama amorosa, esse material compõe, na verdade, o cerne da obra.
Biografia, Autobiografia, Memórias / Literatura Estrangeira / Romance