Este livro trata do caminho de Hannah Arendt na direção do esclarecimento do fenômeno do mal. Tal como ocorreu com outros autores de nosso século, a reflexão da filósofa tem origem em uma espécie de espanto e de choque, quando, em 1943, tomou conhecimento da existência dos campos de extermínio. Hannah Arendt e a Banalidade do Mal dirige-se tanto aos conhecedores do pensamento arendtiano quanto àqueles que desejam conhecê-lo, colocando-se na fronteira entre as áreas de filosofia, política, história, sociologia e direito. É no contexto da reflexão sobre o julgamento do criminoso de guerra Adolf Eichmann que Arendt funda os conceitos de banalidade do mal e de vazio de pensamento, temas tão atuais neste fim de século, constituindo-se em suportes das formas de dominação da era moderna.