Alguns dizem que veio do Egito Antigo, tão antigo que influenciou tanto Abraão quanto o Judaísmo, tanto os sábios hindus quanto o Hinduísmo, tanto as escolas de mistérios gregas quanto a própria Filosofia. Ninguém sabe como e por quais meios ocultos sobreviveu há tantos séculos e tantas civilizações, mas quando Giordano Bruno foi condenado à fogueira por tentar transformar o cristianismo em “algo cósmico”, ou quando Nicolau Copérnico lançou a teoria do heliocentrismo em seu “Da Revolução das Esferas Celestiais”, lá estava ele: Hermes o Três Vezes Grande. E, apesar de esquecido nos dias atuais, foi o hermetismo quem garantiu em boa parte a sobrevivência e o rápido avanço da chamada ciência moderna em sua aurora renascentista. Afinal, quiçá milênios antes do advento da própria física de partículas, já nos dizia o “Caibalion” que “tudo vibra, e nada está parado”.
Escrita e publicada no início do século 20 por estudantes anônimos do hermetismo, esta obra introdutória traz preceitos e axiomas do antigo hermetismo, comentados e explicados para uma nova era e um novo público. Publicado originalmente em inglês, nos EUA, este “Caibalion” é mesmo um fruto de nosso tempo, porém ele se refere a outro “Caibalion”, bem mais antigo e oculto, que se perdeu nos anais da história, mas que se encontra preservado nas mentes e nas almas de todos aqueles que não deixaram morrer a chama. Acaso deseje se tornar um jogador no jogo de tabuleiro da vida, e não mais mera peça a ser movida pelas circunstâncias e influências externas, este pequeno livro cheio de luz pode ser o seu guia nas noites mais escuras.
O tradutor.
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Traduzido diretamente do original por Rafael Arrais, autor do livro “Ad infinitum: um diálogo sobre o Tudo”, e que também já traduziu outras obras sagradas da humanidade, como o “Bhagavad Gita”, o “Tao Te Ching” de Lao Tse, o “Gitanjali” de Tagore e “O Profeta” de Gibran.
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