Uma retumbante celebração do empresário, eis como pode ser resumido este livro, considerado pelo Professor Milton Friedman, Prêmio Nobel de Economia, como "altamente refletido, original e provocativo".
A primeira parte do livro enfatiza o papel do indivíduo criativo como motor do progresso, como ilustrado pelos exemplos americano, japonês e alemão, assim como pelo que veio a ser chamado de Grupo dos Quatro na Ásia Oriental: Hong Kong, Cingapura, Formosa e Coréia do Sul. Não foi por acidente, afirma o autor, que o crescimento econômico e a prosperidade nessas sociedades, nas quais o sistema político promoveu um grau suficiente de iniciativa individual para libertar as energias e as ambições do empresário criativo.
A segunda parte, que constitui o cerne do livro, analisa com detalhes desempenho das economias de quinze países cujos governos ocupam posições centralizadoras no planejamento econômico, da Argentina e Cuba à Iugoslávia e URSS. Essa parte é uma acusação sem enfeites ao que, na opinião do autor, é o erro básico dessas economias: a erradicação do incentivo ao luco.
Na parte final, o autor atribui a crise atual no Ocidente à progressiva restrição do empresário criativo pelo Estado, como um resultado dos cada vez mais altos gastos governamentais e impostos, da posse e operação pelos governos de numerosas empresas e de uma regulamentação extensiva dos governos nas empresas privadas no que for permitido existir. A maior esperança para o futuro, em seu ponto de vista, é uma reação pública cada vez maior contra a expansão do papel do governo - uma reação que pode novamente liberar as energias dos empresários criadores. Não esconde o autor seu otimismo em relação à abundância potencial que um tal desenvolvimento pode estimular.