O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa nunca obteve unanimidade. Desde o começo das negociações em 1986, houve oscilações de parte a parte: os apoiadores entendendo que, unificada, a língua portuguesa responderia ao apelo de fazer com que os países lusófonos fossem levados ao desenvolvimento, já que a nova ortografia abriria caminho para uma maior troca de índole cultural e administrativa. Entre aqueles que se opunham às mudanças, a idéia era a de que, primeiramente, deveria haver uma discussão aprofundada do problema, o que, de modo rigoroso, não aconteceu. O Acordo, embora as divergências, é um fato consumado. Embora as diferenças de opinião, há pelo menos a concordância quanto à necessidade de uma política cultural que possibilite a afirmação e o reconhecimento da língua de Luís de Camões e Fernando Pessoa.
Rui Barbosa de Souza - Editor