Nikolai Vassílievitch Gógol (1809-1852) é autor de alguns dos contos mais famosos da literatura russa, dentre os quais “O nariz”, “Diário de um louco” e “O capote”, que foi transformado em um dos pontos de partida da dinâmica literária russa por autores como Bielínski e Dostoiévski (neste caso, porém, a famosa frase atribuída a ele sobre a descendência de “O capote” é de autoria do crítico francês Melchior de Vogüé). Gógol é uma referência fundamental para correntes muito variadas da literatura russa, embora inclassificável e sempre fugidio. Esta antologia apresenta uma boa oportunidade para lermos um conto excelente e menos antologizado. “A carruagem”, publicado em 1836 na revista O Contemporâneo, é uma espécie de tesouro particular dos apreciadores do escritor russo. Lendo esse conto, Tchekhov declarou, em uma carta a Suvórin, que Gógol era o “maior artista russo”. Outra opinião de peso: Tolstói considerava “A carruagem” um ponto alto da ficção gogoliana. (Nota de Bruno Barretto Gomide)
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