O "Eu" é um livro de sofrimento, de verdade e de protesto: sofre as dores que dilaceram o homem e aquelas do cosmos; e, em relação ao homem e ao cosmos, diz as verdades apreendidas por indagação e ciência, protestando em nome delas, pelo que no homem e no cosmos há de desconexo, de ilógico, de absurdo. Um livro de pensamentos, sem fantasia nem doidivanices. Como viu e sentiu a vida, - na multiplicidade dos fenômenos e na grandeza dos mistérios insondáveis, - assim escreveu o poeta, sempre molhando a pena "na chaga aberta do coração".