O Estado e a Revolução foi escrito por Vladimir Lênin e publicado em setembro de 1917, às vésperas da Revolução de Outubro. É o mais relevante estudo sobre o caráter do Estado desde as obras de Karl Marx e Friedrich Engels.
Lênin discute a teoria marxista dialogando com os anarquistas e especialmente com aqueles a que chama de oportunistas, os pensadores e partidos socialistas que tendiam a uma interpretação de evolução gradual do capitalismo ao socialismo, defendendo os meios parlamentares como legítimos, quando não o único válido, para a luta do proletariado contra os capitalistas.
Entre os pensadores mais discutidos se encontram Karl Kautsky, Plekhânov e Bernstein, assim como a ala reformista da social-democracia alemã. A todos Lênin atribuiu o erro de distorcer as palavras de Marx sobre a revolução da sociedade capitalista para a comunista e de se lançarem em defesa de teorias nacionalistas que vão contra as teses essenciais da luta dos trabalhadores, como o internacionalismo, além de moderarem seus discursos com vistas a cadeiras nos parlamentos burgueses.
O Estado e a Revolução é um livro fundamental por explicitar o que seria um Estado do proletariado no poder.