A atualidade ressalta aos nossos olhos tudo o que o passado construiu. O homem é instrumento divino de transformação, usufruindo e sofrendo os resultados de suas manobras. Cada ato, pensado ou não, é um movimentador de forças que podem abalar as estruturas de nações inteiras. Nesta obra, Rochester revela o teor oculto da carta de alforria ansiada pelos líderes do povo hebreu, em que a cláusula principal não era a liberdade com dignidade, mas a liberdade à custa de sacrifícios incalculáveis para todos, sob a sombra da vaidade e da ambição dos seus mentores. Aqui, acompanhamos o processo doloroso, não do nascimento de uma nação de eleitos, mas de um ato cirúrgico, frio e calculado, para extrair um povo do meio de outro. Através das páginas de O Faraó Mernephtah, é possível perceber uma nova visão de um acontecimento que foi apresentado pela educação religiosa como um fato acabado, reforçando a importância de repensar sempre e analisar mais atentamente velhos conceitos. Belíssima narrativa; enorme aprendizado