Depois de participar da Primeira Guerra Mundial, o jovem Larry Darrell retorna para sua confortável vida em Chicago. Porém, abalado pela dura e sangrenta experiência da guerra, ele deseja algo além de um bom emprego, de uma bela noiva, de alguns amigos influentes e do vácuo espiritual do seu meio. Darrel quer buscar outro propósito na vida, afora “semear e morrer”. Para encontrar uma resposta à sua angústia existencial, rompe com tudo e parte pelo mundo para buscar a si mesmo. Enquanto registro notável da jornada do espírito humano, O fio da navalha, lançado em 1944, coloca-se ao lado de "A Servidão Humana" como um dos grandes romances em língua inglesa de todos os tempos. A ação se desenvolve em territórios bem conhecidos pelo autor – a endinheirada Chicago, a agitada Europa e o espiritualizado Oriente – e mostra sua conhecida preocupação com os paradoxos do comportamento humano. O fio da navalha foi adaptado duas vezes com sucesso para o cinema; em 1946, a versão foi protagonizada por Tyrone Power e, em 1984, Bill Murray fez o papel de Larry Darrell. Magistralmente narrado por Maugham, em vez de simplesmente expor os detalhes da busca do sentido da existência e do desenvolvimento espiritual de Larry Darrell, O fio da Navalha revela o caráter do protagonista pela análise do comportamento contrastante dos demais personagens, adeptos de um estilo de vida convencional e predominantemente materialista.