Publicado em 1961, quando a guerra da Argélia desencadeava a violência colonial, proibido por várias vezes depois de sua publicação pelas Èditions François Maspero, o livro Les Damnés de la terre (Os Condenados da terra), com um prefácio de Jean-Paul Sartre, teve um destino excepcional. Serviu e ainda serve hoje de inspiração e referência para gerações de militanttes anticolonialistas. Sua análise do traumatismo do colonizado no seio do sistema utópico de um terceiro mundo revolucionário, habitado por um "homem novo", continua sendo um grande clássico do terceiromundismo, obra capital e testamento político de Frantz Fanon.
Nesta nova edição, o prefácio de Alice Cherki, psiquiatra e psicanalista, autora de Portrait de Frantz Fanon (Seuil, 2000), e o posfácio de Mojammed Harbi, combatente de primeira hora pela libertação do seu país e historiador da Argélia contemporênea, autor de Une Vie debout. Mémoires politiques 1945-1962 ( La Découverte, 2001) ressaltam a importância contemporânea do pensamento de Frantz Fanon