Ensaio sobre a cegueira

Ensaio sobre a cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


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Dedsandreds 18/11/2024

Um Olhar Brutal Sobre a Natureza Humana
Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, nos apresenta uma sociedade que de repente sofre uma epidemia de cegueira inexplicável, onde todos começam a ver apenas um branco imenso. Mas essa cegueira não é só física — ela serve como uma metáfora para a alienação e a perda de humanidade. À medida que a civilização desmorona sem as convenções sociais, os personagens enfrentam o colapso não só da sociedade, mas de sua própria identidade.

A escrita de Saramago é um grande desafio para quem lê. Ele usa frases longas e sem pontuação, o que cria uma sensação de confusão, como se o leitor estivesse perdido junto com os personagens. Além disso, ele não dá nomes aos protagonistas, o que torna todo mundo um "ninguém", reforçando a ideia de que, diante do caos, todos se tornam apenas mais um rosto em meio à multidão.

Apesar de todo o sofrimento e violência, o livro também mostra momentos de solidariedade. A mulher do médico, por exemplo, que é a única imune à cegueira, tenta ajudar os outros e se torna uma figura de liderança. No fim, Ensaio sobre a Cegueira nos faz refletir sobre o que significa ser humano, especialmente quando as normas sociais desaparecem. É uma leitura difícil, mas que nos provoca a pensar sobre nossa própria "cegueira" diante dos outros e sobre a importância da empatia.

site: https://refugioneural.blogspot.com/2024/11/e-se-de-repente-todos-fossemos-cegos.html
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Matheus Infante 18/11/2024

Samarago, gênio.
Um dos livros mais difíceis que já li, seja pela escrita e seja pela profundidade que Saramago introduz neste livro. Pra quem está habituado com a escrita tradicional, sofrerá um pouco no começo, mas prometo que essa dificuldade será recompensada com uma história que vai te levar pra dentro de um mundo em que todo o ser humano é reduzido ao nada, fazendo com que toda a construção de caráter seja derrubada por uma epidemia de cegueira inexplicável.
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isabella 18/11/2024

Me surpreendeu positivamente
não costumo ver a sinopse ou resenhas antes de ler, tudo o que eu sabia sobre este livro é que de repente as pessoas ficavam cegas. pensei que talvez fosse uma daquelas críticas sociais com mais do mesmo, que as pessoas acabam gostando apenas pelo fato de ser uma crítica e não pela história ser realmente bem elaborada. mas foi totalmente o contrário. o autor soube desenvolver cada detalhe da história, em um cenário distópico em que não se apela pela marcação de tempo futurística como costumamos ver em tantos. Ensaio Sobre a Cegueira pode se passar no ontem, no hoje e no amanhã. a protagonista, como mulher, foi sensibilizada de uma maneira em que eu não esperava ver através das palavras de um autor do sexo masculino, já que muitos acabam projetando o que eles acham que é ser mulher ou o que uma mulher pensa e não o que de fato somos. em alguns momentos tive que parar de ler pois o cenário fica cada vez mais caótico. e no fim, qual o preço de enxergar?
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Duggbooks 18/11/2024

Ensaio sobre a cegueira
Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago, é uma obra que explora os limites da humanidade diante do caos e da perda de controle. Publicado em 1995, o livro rendeu a Saramago o Nobel de Literatura em 1998. Ensaio Sobre a Cegueira é talvez sua obra mais conhecida e, para mim, foi meu primeiro contato com o autor.

Saramago parte de uma premissa fantástica: uma epidemia de cegueira atinge todos os habitantes de um país indefinido, exceto a esposa de um oftalmologista. Apartir disso temos uma narrativa onde a única certeza é a cegueira ? uma brancura infinita.

O autor traz à tona o lado mais cruel do ser humano. Todo aquele ambiente é selvagem e brutal; a morte, em certo ponto, se torna uma esperança, não mais algo a ser temido. Além de uma crítica social, o livro levanta questões filosóficas sobre a fragilidade da moralidade humana. À medida que as condições se deterioram, as pessoas perdem sua dignidade, revelando o quanto o comportamento civilizado depende da ordem externa.

A escrita de Saramago é única e desafiadora, afastando-se das convenções tradicionais. Ele elimina pontuações típicas como travessões e aspas nos diálogos, usando vírgulas e maiúsculas para separá-los em longos parágrafos. Isso cria um fluxo contínuo que exige mais atenção, mas, uma vez compreendido, a leitura flui naturalmente.

Essa leitura me trouxe reflexões que vão além da ausência da visão. Fiquei me questionando sobre como agiria em uma situação tão desumana, enfrentando a incerteza do amanhã, e se teria a mesma força e coragem que as mulheres no manicômio demonstraram diante de tamanha violência. Especialmente a mulher do médico, que, além de tudo, carregou o peso de enxergar em meio a tanto horror.

A leitura foi desafiadora para mim, em especial pelas longas e quase claustrofóbicas descrições das condições no manicômio. Foi agoniante em vários momentos. No entanto, isso não diminuiu em nada meu apreço pelo livro, pelo contrário, foi uma experiência marcante. Agora entendo por que todos recomendam esta obra, e agora também a recomendo.
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Rafaela 18/11/2024

Vale a pena mergulhar na escrita de Saramago!
Primeira vez que leio uma obra do José Saramago e confesso, foi um grande desafio! Inicialmente confuso, a escrita é como um fluxo de consciência, com pontuações desorganizadas e diálogo misturado com pensamentos e acontecimentos. É como se conseguíssemos sentir o desespero da situação pela narrativa.

Uma epidemia de cegueira que começa de repente, os cegos são colocados pelo governo em um manicômio abandonado, lá passam a viver de maneira desumana. A falta de solidariedade, de empatia com o próximo, o autoritarismo... São algumas coisas que Saramago nos deixa a refletir, onde essa epidemia chegará? Será que a cegueira há de ser curada, ou mesmo vendo estamos cegos?

Saramago consegue passar a estranheza e desespero da cegueira repentina, mas também consegue nos embrulhar o estômago ao retratar a miséria humana da maneira mais real possível.
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Sofia136 17/11/2024

Um dos melhores!
Demorei quase que meio ano pra ler um livro de 300 páginas. Mas sem dúvidas, não teria como ser diferente disso. Saramago escreve sobre dores humanas, dores de uma sociedade e dores que perduram até os dias de hoje. Li uma vez que esse livro é uma verdadeira viagem às trevas da humanidade e quando avancei mais na leitura da obra, eu entendi o porquê. O mais marcante é ler sobre a vida como algo forte e difícil; e ao mesmo, tempo frágil e leve. É um livro de escrita difícil, mas vale muito à pena demorar mais um pouquinho ao ler as páginas. O autor nos faz amar nossa humanidade e muitas vezes nos faz odiar nossa forma de julgar, punir e aprisionar. Muito bom e muito real. ?
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Cl.lcs 17/11/2024

"Eu sou os olhos do cego e a cegueira da visão"
Quando você vê que uma obra ganhou um prêmio nobel a curiosidade já ativa e você sabe ou espera que vai ver algo de qualidade, mas nada poderia me preparar para esse livro e a experiência que foi.
José Saramago é incrível em descrever sentimentos e sensações e me fez entrar nesse mundo de uma forma que eu senti o que os personagens passava, uma coisa que se deve bater palmas é que os personagens não tem nomes e mesmo assim você não se perde em nenhum momento, o grupo da quarentena foi tudo, me fez sentir feliz ao ver que mesmo em momentos adversos a humanidade consegue prevalecer o bem e assim se ajudarem a melhorarem, mas também isso daqui mostra o instinto animal humano que aumentou ainda mais e em certos momentos você não julga, o único mau aqui são os cegos que confiscaram a comida e o governo e conforme você lê, você entende pelo menos um pouco o porque eles cegaram e você acompanhando a pessoa que é a mulher do médico você entende o porque ela não cegou e o ato de heroísmo dela foi que me fez quase gritar de empolgação por isso ter acontecido finalmente, é tudo muito triste aqui principalmente quando vão mostrar como o mundo ficou e você tem que fazer pausas para continuar a ler em vários momentos principalmente a partir da página 202 e o final me fez subir uma lágrimas nos olhos
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tatioueu 17/11/2024

Angustiante e imersivo
Que livro, meus amigos!!

Cheguei a sonhar com a história. Não é uma leitura fácil, mas conforme vão passando os primeiros momentos a gente se vê capturado pelo ritmo da escrita e se acostuma com a diferente pontuação.
Achei interessante os personagens não terem nomes e na maioria das vezes a descrição estar ligada aos olhos, até o cachorro ?cão das lágrimas?.
Que poético, forte e genial esse livro!
Eu já tinha visto o filme mas já faz muito tempo então foi quase como uma história nova pra mim.
Enfim, muitas reflexões!
Finalizo com uma fala da rapariga dos óculos escuros que segue o trecho onde eles estão debatendo sobre alma e o médico diz que se voltar a ter olhos olhará os olhos dos outros como se estivesse a ver-lhes a alma:


?Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.?
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tucinnamonroll 16/11/2024

Um livraço mesmo
Não posso mentir, no começo foi bem difícil me adaptar à linguagem do livro e a maneira como ele foi escrito e até tinha pensando em desistir, e estou muito orgulhosa de mim mesma por ter continuado!
É um livro perfeito, que eu tenho certeza que vai passar muito tempo na minha cabeça pelo nível de reflexões que ele causa nos leitores.
Basicamente estamos em uma sociedade que do nada, fica cega de uma cegueira nunca antes vista, branca, que atinge, como vemos depois, a população inteira.
A partir daí nos desdobramos para como ficam os cegos em quarentena, isolados para evitar um contágio que no fim, acaba atingindo a todos.
São partes tensas da história, os dias em quarentena, e basicamente vemos como eles tentam se organizar a partir do momento que as regras já impostas pela sociedade não têm mais valia.
É impressionante mesmo!
maltchik. 18/11/2024minha estante
???




Jaine68 16/11/2024

Que livro!
Apesar da grafia ter me incomodado no início devido ao fato de o livro não ter marcações de diálogos, ter um português de Portugal e mais antigo, a história é incrível, uma excelente critica e reflexão sobre a sociedade moderna!
Daniel.Sousa 16/11/2024minha estante
Um daqueles livros que te deixam uma reflexão que dura um bom tempo...




Karol 15/11/2024

Ensaio sobre a cegueira
No livro, Saramago questiona a moralidade humana, a ética das instituições e a fragilidade das normas sociais quando a civilização é posta à prova. As tensões entre os indivíduos e o modo como a perda de sensibilidade e solidariedade pode levar a uma sociedade mais selvagem e desumana são centrais no enredo.
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miaupia 15/11/2024

Fiquei maluca.
Não sei direito o que escrever aqui porque até hoje eu não consigo digerir esse livro, fiquei paranóica, fiquei com raiva, com nojo e muita muita tristeza, porque mesmo sendo uma realidade completamente diferente, ainda é muito parecida com a que a gente vive, e inclusive é nesse momento que entra a paranóia, eu fiquei muito tempo pensando como seria se isso acontecesse na realidade, e eu consigo ver tudo o que aconteceu no livro, acontecendo na vida real, o Saramago tem uma escrita crua e real, por isso é tão bom e acaba afastando muita gente também...
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Anna 15/11/2024

15.11.24
Eu nunca li um livro tão difícil de ler. Confesso que demorei umas boas páginas pra me acostumar com a falta de pontuação e conexão com as frases, mas no final deu tudo certo ksks.

Entendi que a ideia principal do livro foi mostrar o que o ser humano é capaz de fazer quando ninguém está olhando.

? Se não se pretender reduzi-la a uma definição primária, o que finalmente se deverá dizer dela, em lado sentindo, é que vive como lhe apetece e ainda por cima tira daí todo o prazer que pode. ? (rapariga dos óculos escuros diva)

? Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos façamos tudo para não viver inteiramente como animais. ?

? Provavelmente, só num mundo de cegos as coisas serão o que verdadeiramente são. ?

? O medo cega. São palavras certas, já éramos cegos no momento em que cegamos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos. ?

? Não há no mundo nada que em sentido absoluto nos pertença. ?

? Ainda está por nascer o primeiro ser humano desprovido daquela segunda pele a que chamamos egoísmo, bem mais dura que a outra, que por qualquer coisa sangra. ?

? Que temos de morrer, sabemo-los desde que nascemos. Por isso, de uma certa maneira, é como se já tivéssemos nascidos mortos. ?

? As mulheres ressuscitam umas nas outras, as honradas ressuscitam nas putas, as putas ressuscitam nas honradas. ?

? A cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança. ?

? Ela é a que deita fogo à pira, não a que nela dele morrer. ?

? Vão como fantasmas, ser fantasma deve ser isto, ter a certeza de que a vida existe, porque quatro sentidos o dizem, e não a poder ver. ?

? O certo e o errado são apenas modos diferentes de entender a nossa relação com os outros. ?

? - É o que acontece a todos nós, sempre fomos mais alguma vez.
- Tu nunca foste tanto. ? (achei linda a gratidão)

? É bem certo que o difícil não é viver com as pessoas, o difícil é compreende-las. ?

? Homens são todos iguais, pensam que basta ter nascido de uma barriga de mulher para saber tudo de mulheres. ?

? Mesmo que não perca a vista hoje torna-me-ei mais e mais cega cada dia porque não terei quem me veja. ?

? Penso que não chegamos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem. ?
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Bruno.Bonamigo 14/11/2024

Leitura atual desde sempre
Impressionante como esse livro poderia ser a realidade da humanidade em qualquer período histórico, mostrando o pior da sociedade de forma atemporal. Obra fantástica, cuja linha de acontecimentos é uma montanha russa de emoções e realmente nos faz sofrer junto com as personagens a ponto de me questionar em vários momentos se eu também estava perdendo a visão.
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