Ensaio sobre a cegueira

Ensaio sobre a cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


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Karol 16/10/2024

Um clássico distópico
Esse ano me desafiei a ler muitos livros que me davam certo medinho, tanto pela quantidade de páginas ou pela sua complexidade. Saramago nunca esteve muito em meu radar, mas assim que li a sinopse e soube do filme estrelado por grandes figuras do cinema, me deu mais curiosidade para iniciar esse livro.

De fato, é uma leitura que te assusta de início. O livro é composto por vários blocos de parágrafos, sem separação dos diálogos e com português de Portugal. Logo no primeiro capítulo achei que não iria vencer essa leitura. Mas as páginas vão passando e com a ajuda de audiobook consegui me concentrar melhor e logo estava totalmente rendida pela narrativa.

A história sobre uma cegueira branca que acomete as pessoas sem explicação e que parece ser contagiosa, começa a te deixar curiosa e nos questionamos o que vai acontecer com aquela sociedade antes mesmo de qualquer indício de que tudo irá ruir. Saramago não poupa detalhes e descrições de cenas que não são apenas para chocar, mas para mostrar a "natureza" do ser humano, que mesmo estando todos cegos, encontram formas de demonstrar poder e se sobrepor ao outro. Nunca haverá um equilíbrio onde todos ganham, sempre terá aqueles que querem ganhar e deter o poder sobre outros.

É um livro fenomenal, apesar de não ser uma leitura 100% prazerosa para se ter em um domingo de tarde. Ela vai te fazer pensar, tanto pela dificuldade implícita na condução da narrativa, quanto nas questões levantadas sobre a nossa sociedade.
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Natha 16/10/2024

...Nunca se pode saber de antemão de que são capazes a pessoas, é preciso esperar, dar tempo ao tempo, o tempo é que manda, o tempo é o parceiro que está a jogar do outro lado da mesa, e tem na mão todas as cartas do baralho, a nós compete-nos inventar os encartes com a vida, a nossa...
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Ops.ana 15/10/2024

Depois que você se acostuma com a maneira que o Saramago escreve, a leitura desse livro se torna muito imersiva.

Uma distopia muito foda, bem pesada em alguns momentos e real até demais se parar pra pensar
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Manu 14/10/2024

Uma cegueira social
Essa obra narra uma sociedade que é alastrada por uma epidemia: a cegueira branca, visto tornar a visão daqueles que a contrai totalmente branca, diferente da cegueira comum. Sem causa aparente, as autoridades decidem manter em quarentena aqueles infectados, que vão aumentando em número, enquanto somente uma personagem não é atingida: a mulher do médico. E assim como os demais personagens, ela não possui nome, somente sendo designada por um fato/uma característica que a distingue das demais pessoas.
É através desse enredo, com a progressão da dilaceração humana, que Saramago terce sua crítica sobre como as questões éticas e morais da sociedade são frágeis em momentos em que o instituto da sobrevivência se sobressai. De maneira impactante e com um estilo único de escrita (tida até como ?errada?), essa obra se incorpora cada vez mais ao momento social e histórico que vivenciamos, visto abordar o quanto a dita civilização pode ser desintegrada.
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Anita.Bianco 14/10/2024

Devia ter lido com mais atenção, mas não tive muito tempo pra isso, talvez pelo texto ser corrido, muitas vezes eu também corria sem fixar direito o que tava lendo. Mas é muito bom, muito interessante, angustiante, principalmente, bem desesperador também. Mas com muitas passagens excelentes. A escrita é bem diferente e dificulta a leitura, mas vai indo acostuma. É um desses livros q eu futuramente vou querer reler pra "entender melhor(ou pra absorver melhor)" e vou acabar não relendo kkkkkkk
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itss.gigi 14/10/2024

Cegos que veem, cegos que, vendo, não veem.
A proposta de uma distopia de cegueira nas mãos do Saramago é muito original, mas me custou bastante tempo pra terminar esse livro, porque é simplesmente muito pesado, cruel (gatilhos de abuso) e nojento. papo de enjoar enquanto lê ???

achei bem interessante essa inversão de papéis que ele explora: em um mundo de cegos, na verdade, quem enxerga é quem mais sofre.
isso, sem mencionar a ideia do quão profundamente maldosa e egoísta a humanidade pode se revelar em momentos de crise, como esse livro aborda.

como meu primeiro contato com a obra do José Saramago, me surpreendi bastante e, apesar de ter sido uma experiência nem um pouco agradável, fiquei curiosa pra ler outras coisas do autor.
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nathbn 13/10/2024

Não vou esquecer este livro tão cedo.
Bebi cada página com uma rapidez que me orgulho, e me arrependo. Me arrependo porque, agora, sinto aquele vazio comum aos leitores quando finalizam um livro envolvente que torna-se tão querido.

Neste romance de Saramago, uma epidemia de cegueira se alastra de maneira rápida e incontrolável. Os cegos, então, passam a tentar sobreviver nesta nova condição. A cada página, ficamos cada vez mais chocados com a sucessão dos acontecimentos. É o desespero e a luta pela sobrevivência, em toda a sua crueza e barbárie. O autor não poupa detalhes: é sujo, real. É possível sentir, cheirar e visualizar tudo o que está acontecendo.

Até onde vai o ser humano para preservar a própria vida? Crueldade, ética, morte e esperança. Você encontra tudo isso e muito mais em Ensaio Sobre a Cegueira. Quão importantes são os olhos que enxergam, para guiar aqueles que não podem ver por onde caminham.

Nem mesmo o estranhamento inicial com a escrita me fez deixar esse livro de lado. E que bom! Devorei-o rapidamente. Que final! Saramago: que privilégio finalmente te conhecer!
Gabyz.z 13/10/2024minha estante
No meu caso, a escrita me pegou


nathbn 13/10/2024minha estante
Essas sensações diferentes que o livro desperta em cada leitor são muito legais!




LomsCamps 13/10/2024

Pesado
Um dos livros mais pesados que eu já li. Me pegou muito, a descrição de como tudo acontece e o sofrimento humano misturado ao seu egoísmo, tem que ter estômago.

Não dei cinco estrelas pela minha dificuldade de leitura com esse tipo de livro, mas no geral é incrível.
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Leticia.Ayumi 13/10/2024

Livrasso!

Houve horas em que quase abandonei o livro. Por falta de estômago, mesmo. Sinto quase como se tivesse estado cega, presa na brancura das páginas. O curioso é que houve uma tempestade forte aqui em São Paulo, acabou a luz e os quintais ficaram cheios de galhos das árvores caídas. O ar e o ambiente passaram a ter aura de fim do mundo, como aquela que há no livro. A ficção, pareceu, transbordou para o mundo real. Por um momento esqueci que as pessoas a minha volta viam.
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ReHidalgo 13/10/2024

A mulher do médico
Foi a primeira obra que li de José Saramago e pensei que não fosse gostar, porque não há separação de diálogos, ou seja, não há aspas nem travessão, e nem por isso me perdi. Também não foi um problema ler em português europeu. Leitura pesada, que mostrou as mazelas da epidemia da cegueira. Parecia até um pouco com a série The walking Dead. A cegueira daqueles que não tem o olhar pra dentro de si e que revelam suas sombras e vulnerabilidades no seu limite extremo. Gostei da sororidade retratada entre as mulheres e, principalmente, a incrível protagonista, a mulher do médico. Vou ler mais desse autor!
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Taça 12/10/2024

Intenso
Eu li com cuidado e muitas vezes pausava e fechava o livro pra refletir ?o ser humano é brutal? mesmo não sendo tão terrível era triste, repugnante. A esposa do médico é uma mulher descomunal, a bravura dela me chocava. Apesar da escrita ser confusa e cansativa foi muito bom e mereceu toda a calma que eu dediquei para o ler.
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Maristela 11/10/2024

[?], temos dois quartos que ficam para os casais, nesta sala podem dormir os outros, cada um em seu sofá, amanhã terei de sair à procura de comida, está-se a acabar a que temos, seria útil que um de vocês fosse comigo, para me ajudar a trazer, mas também para começarem a aprender os caminhos para casa, a reconhecer as esquinas, um destes dias posso eu adoecer, ou cegar, estou sempre à espera de que aconteça, nesse caso terei de aprender de vocês, outro assunto, para as necessidades estará um balde na varanda, bem sei que não é agradável ir lá fora, com a chuva que tem caído e o frio que faz, em todo o caso é melhor assim do que termos a casa a cheirar mal, não nos esqueçamos do que foi a nossa vida durante o tempo que estivemos internados, descemos todos os degraus da indignidade, todos, até atingirmos a abjecção, embora de maneira diferente pode suceder aqui o mesmo, lá ainda tínhamos a desculpa da abjecção dos de fora, agora não, agora somos todos iguais perante o mal e o bem, por favor, não me perguntem o que é o bem e o que é o mal, sabíamo-lo de cada vez que tivemos de agir no tempo em que a cegueira era uma excepção, o certo e o errado são apenas modos diferentes de entender a nossa relação com os outros, não a que temos com nós próprios, nessa não há que fiar, perdoem-me a prelecção moralística, é que vocês não sabem, não o podem saber, o que é ter olhos num mundo de cegos, não sou rainha, não, sou simplesmente a que nasceu para ver o horror, vocês sentem-no, eu sinto-o e vejo-o, e agora ponto final na dissertação, vamos comer.
Ninguém fez perguntas, o médico só disse, Se eu voltar a ter olhos, olharei verdadeiramente os olhos dos outros, como se estivesse a ver-lhes a alma, A alma, perguntou o velho da venda preta, Ou o espírito, o nome pouco importa, foi então que, surpreendentemente, se tivermos em conta que se trata de pessoa que não passou por estudos adiantados, a rapariga dos óculos escuros disse, Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.
A mulher do médico tinha já posto na mesa alguma da pouca comida que restava, depois ajudou-os a sentarem-se,[?]
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Tuyl 11/10/2024

Que livro fantástico! Um ensaio bem realista da humanidade e da vida em sociedade, das suas singelezas às crueldades.
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Francine201 10/10/2024

Incrível.
A escrita é meio pesada, a pontuação é um caos mas a história, meu amigos, é incrível. desde o primeiro momento até o ultimo tu não consegue largar porque é um caos. o ser humano foi retratado como o puro suco do caos e não fica longe da realidade não, nem um pouco. a leitura foi incrível, só não é um 5 porque eu demorei a engrenar no tipo de escrita do samago.
Leituras.andre 10/10/2024minha estante
Muito bom mesmo, parece que estamos vivendo a realidade tão rica é a descrição do autor.




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