Lee S. 03/11/2010
"Afinal, o que seria a vida sem uma pitada de drama?"
Sabe quando estamos nos sentindo incompletos e vazios dentro de nós mesmos e então, aos poucos vamos descobrindo o que está faltando e as coisas começam a se encaixar, o vazio começa a sumir e encontramos a peça que faltava para nos completarmos? Foi justamente isso que senti ao ler a brilhante obra de Nicholas Sparks "A Última Música".
O Livro conseguiu fazer com que um vazio dentro de mim sumisse e uma parte em mim se completasse. Não sei até que ponto os livros podem nos causar essas determinadas sensações, mas este livro me causou essas e tantas outras.
Nunca havia lido uma obra de Nicholas Sparks, famoso por "Querido John" entre outras. Confesso que também nunca me interessei em ler um drama, sempre gostei muito do gênero em filmes, mas não havia vivido a experiência com os livros. Eu não imaginava até que ponto a história de uma adolescente (Ronnie) de dezessete anos que vai passar as férias de verão (contra a vontade) em uma pequena cidade na Carolina do Norte com o pai, cujo não tinha uma boa relação e que por lá se apaixona por um garoto super popular e passa a enfrentar muitos desafios para viver este amor, iria me conquistar - e mexer comigo.
Na verdade, me interessei de fato pela história graças ao filme, antes mesmo deste ser lançado. Como fã da atriz e cantora americana Miley Cyrus, não poderia deixar de perder este filme, que pelo trailer me cativara não apenas por seu papel, mas pela história toda em si. Quando fiquei sabendo que havia um livro, fiquei empolgado e ansioso para ler. Depois de tanto tempo, de ter visto o filme praticamente três vezes (e amado) comprei o livro para verificar se era tão bom quanto o filme.
Logo de inicio nos é apresentado um prefácio, aonde Ronnie (a personagem central) está dialogando com sua mãe e lembrando vivências de seu verão passado. Então, a história volta no tempo e se narra seis meses antes do prefácio.
Ronnie tem dezessete anos e vai passar o verão todo com o pai. Ela não entende porque tanto tempo, pois não se viam a três anos, desde a separação dos pais e não se preocupava com isso, alegando que o mesmo não gostava da familia o bastante e os havia abandonado. Porém, o que ela não imagina é que muitas coisas aconteceriam nesse verão que parecia ser a pior coisa do mundo. Ronnie enfrenta novas descobertas que testam suas habilidades, suas emoções e suas razões, se apaixona perdidamente por Will, um garoto rico e popular e aos poucos começa a perceber que suas convicções sobre o pai estavam erradas e passa a entende-lo.
Mas como nem tudo são maravilhas, depois de tantas experiências, de tantas recordações de um verão que aos poucos ficava quase perfeito, descobre que seu pai tem um câncer de estômago que já se alastrou pelos pulmões e que lhe restam poucos dias de vida. Arrependida de tudo, ela tenta recuperar o tempo perdido, o ajudando e estando sempre ao seu lado.
A Histórias parece clichê, por ser mais um drama aonde alguém descobre ter uma doença incurável, ter pouco tempo de vida e então de repente tudo muda e vem o perdão, o arrependimento e etc. Mas não, a história tem conteúdo, tem tato, tem brilho próprio.
Nicholas Sparks descrevera-na com perfeição, fazendo o leitor se identificar com todos os personagens e seus pontos de vistas. Podemos entender todos de uma vez e chegarmos a nossa própria conclusão.
O livro consegue ser magnifico por si só e me prendeu do inicio ao fim, aumentando minha ansiedade e minha empolgação em determinados momentos. O romance é detalhado com tamanha suavidade que é impossivel não se apaixonar pelo casal e torcer pelos dois. E quando a relação entre Ronnie e seu pai começa a melhorar, é impossivel não se emocionar com as lembranças e com as reflexões deste, que sabendo que tem poucos meses de vida resolvera chamar os filhos para passar o ultimo verão ao lado deles e concertar todos os seus erros.
Com certeza, "A Última Música" é um livro ótimo, encantador que fala sobre amizade, familia, perdão, arrependimento e amor que eu indico com toda a certeza. Não importa a idade para lê-lo, o que importa de fato são os sentimentos e as virtudes que carregamos dentro de nós mesmos, afinal, o que seria a vida sem uma pitada de drama, com humor e romance?
De fato, uma história sensacional... Vale a pena conferir
Por Felipe Siciliano Consolini