Canção para ninar menino grande

Canção para ninar menino grande Conceição Evaristo




Resenhas - Canção Para Ninar Menino Grande


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Laura3411 25/04/2024

Eu achei o livro bem interessante, com uma escrita muuuuuito boa (Conceição Evaristo arrasa) gostei muito do final
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@pinhanh 25/04/2024

Canção Para No Ninar Meninos Grandes... realmente!
? Este livro é muito importante e real. Assumo que ao olhar de "relance", julgamos ser um livro que irá relatar as vivências de um homem mulherengo com diversas mulheres diferentes, mas se você se permitir enxergar, irá ver que na verdade, se trata da história de um homem que desde criança foi ensinado a não ter, demostrar sentimentos; foi julgado desde cedo como não adequado para fazer o papel de príncipe na escola; vemos um homem que mesmo com suas atitudes erradas no seu atual presente, foi moldado desde cedo ao machismo presente no mundo. Se trata da realidade de muitos homens negros e seus relacionamentos com mulheres negras. Como diz a descrição do livro: "Trata-se de um mosaico afetuoso de experiências negras, um canto amoroso e dolorido. Na figura do personagem Fio Jasmim, Conceição discute com maestria as contradições e complexidades em torno da masculinidade de homens negros e os efeitos nas relações com as mulheres negras."

? Fio Jasmin, é a realidade de muitos homens ao redor do mundo. Homens que foram ensinados a não demonstrar sentimentos, a ter várias mulheres, a fazerem filhos e largarem por aí como se fossem seres insignificantes. Nada justifica as suas decisões do presente, mas também não podemos negar que, muitos de nós, seguimos os concelhos das pessoas que mais admiramos, e foi a caso de Fio Jasmin. Conselhos que, no fim, não eram dos melhores. É lindo poder acompanhar no fim do livro a descoberta, a sensibilidade, as emoções que Jasmin descobriu ser capaz de sentir, e pela descoberta dele, sobre o fato de que ele possui sentimentos e emoções oprimidas dentro de si. É realmente bonito poder ver homens se entregando à sensibilidade, sem medo de ser julgado.

? Também não podemos deixar passar em branco o fato de muitas mulheres que acabam se entregando a homens como Fio. Mulheres, que na maioria das vezes, só gostariam de ser amadas e serem únicas na vida de alguém. Vemos diversos relatos de mulheres diferentes que se envolveram com Fio, e podemos ver, como essas mulheres acabavam no fim, por conta dessa poligamia de Fio Jasmin.

? Esse livro mostra que precisamos educar os homens a respeitarem as mulheres e há não negarem os seus sentimentos. E precisamos ajudar as mulheres para que não se entreguem aos amores vazios e superficiais.
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Luiza 26/04/2024

Gostei do livro, tem uma escrita nem tão fácil e nem tão difícil. Conta a história de fio jasmin e de sua tragétoria romântica entre as mulheres, sendo ele um homem namoradeiro, vai tratar de várias críticas sociais sobre como os homens viam e veem as mulheres.
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Karol.Vasco 27/04/2024

Um livro de muitas solidões
Que livro bom, bem escrito, com uma história boa, achei que trás muito da realidade de muitos, procurando preencher um vazio que não é possível preencher o protagonista acaba usando várias pessoas, achei um livro lindo.
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Majú 29/04/2024

Conceição Evaristo sempre - sempre - me deixa extremamente reflexiva sobre suas ponderações de vida a partir de uma ótica individualizada. Com este livro, não foi diferente.
Para além de me acionar uma série de gatilhos emocionais (não necessariamente ruins, mas que me levaram a auto-analise em relação a muitas vivências e relações que eu tive), o livro ainda traz recortes comunitários de conexões entre pessoas racializadas, marginalizadas e que deveriam ter o apoio uma das outras para se manter em uma estrutura nociva.
Quem dera se todo homem pudesse sofrer a rebordose de Fio Jasmin. Quem dera se toda mulher pudesse se entender tão livre quanto Tina.

Quatro estrelas. Conceição me tira o fôlego.
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Haury.Silveira 30/04/2024

Felicidade não era para pensar e sim para viver
Primeiro livro de Conceição Evaristo que leio e percebi uma escrita cativante, bonita. Fio Jasmim é um personagem que provoca ódio e amor ao leitor. Um desejo reprimido da infância que reverbera por toda vida de Fio, esse eterno ?menino grande? que tem a moleira aberta e nenhum juízo!
Recheado de críticas sociais, o livro nos faz compassivos por todas as mulheres que passam pela vida de Jasmim, todas simbolizam o quão forte precisa ser uma mulher nesta sociedade. Abandonadas, incompreendidas, não amadas, injustiçadas. Mulheres que foram usadas, vítimas da masculinidade. Amor e dor se entralaçam durante toda a história. Prepare o coração.

?Fio entendeu que, para esvaziar um pouco o vazio que ele trazia de nascença no peito, era preciso bem mais. Era preciso encontros. Quais tinham sido os encontros em sua vida??
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DaniloVeronezzi 02/05/2024

CANÇÃO PARA NINAR MENINO GRANDE
O livro é muito interessante. Tem uma narrativa diferente das que eu tenho o hábito de ler. Me fez refletir sobre as diferenças entre ser homem e ser mulher. A autora explora essas questões de forma sensível e humana. De forma poética. Eu gostei do livro.
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LILHÃO 03/05/2024

"Canção para ninar menino grande" é realmente um conto de vidas. Desde que peguei o livro para ler, achei que ele seria contado somente sobre Fio Jasmim, sua história contada por ele mesmo. Mas eu não podia estar mais enganada.
O livro mostra os relacionamentos e vivências de pessoas negras, trazendo a dor, o amor e até mesmo o ódio de todas as mulheres por quem Fio Jasmim já passou pela vida. No final, tudo o que eu mais queria era abraçar nosso menino grande e, dizer: "você é um príncipe"
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Rafael Mussolini 04/05/2024

Canção para ninar menino grande
"Canção para ninar menino grande" da Conceição Evaristo (Editora Pallas, 2022) é um livro com o poder de transformar as percepções dos leitores em diversas camadas. Partindo da ideia da “escrevivência”, junção das palavras "escrever e vivência", Conceição consegue nos fazer circular por histórias aparentemente banais, mas com uma lupa na mão. Com seu texto certeiro e poético, a escritora visita alegrias e dores de uma maneira singular, criando uma narrativa que parece biográfica e também prosa, para depois trazer elementos que beiram o conto de fadas e que no fundo é um verdadeiro estudo sobre a masculinidade negra e as formas como nossa maneira de relacionar foram afetadas pelo racismo e pelo machismo.

Conceição nos apresenta a um personagem dúbio, denso, interessante e muito sensual. Fio Jasmin é um homem negro, de beleza estonteante e uma virilidade que abala o coração das mulheres. Uma figura que por onde passa, assume a função de ser “um moço extremamente fascinante”. Trabalha como ajudante de dois maquinistas de uma linha férrea, portanto, sua história é contada enquanto segue pelos trilhos de ferro. De cidade em cidade coleciona conquistas amorosas, como uma versão do marinheiro que deixa um amor em cada porto.

Os nomes das cidades fictícias criadas por Conceição Evaristo são fascinantes. Ela brinca com o nome das localidades, que ao mesmo tempo dão dicas sobre os rumos da narrativa que virá a seguir. Passamos por cidades como Vale dos Laranjais, que tem uma narrativa tão sensual que quase sentimos o gosto ácido da laranja na boca. Passamos pela cidade de Alma das Flores, Remanso Velho, Ardência Antiga, Nova Ardência, entre outros nomes geniais.

Inicialmente, conhecemos Fio Jasmin através do impacto de sua passagem pela vida de mulheres dos mais diferentes tipos e dos mais variados contextos. Fato incontestável, em relação a Fio, é sua fama de conquistador e tudo o mais que saberemos sobre ele estará atrelado ao seu atravessamento por essas cidades e essas mulheres.

"Os maquinistas, homens mais velhos, tendo idade inclusive para serem pais do moço, parabenizavam o gosto do rapaz por mulheres. Diziam que o jovem ajudante de maquinista trazia em si algo rijo, inquebrantável como os ferros do trem de ferro. E gargalhavam até se contorcerem com as piadinhas insossas que criavam, cuja base provocadora do riso era sempre o duro ferro dos homens a açoitar as mulheres."

O livro é dividido em capítulos, seguindo a lógica das paradas do trem em cada estação. Cada estação uma mulher, cada estação uma história. Os capítulos iniciam com nomes de mulheres conquistadas por Fio Jasmin, e além de nos apresentar a suas vivências e como se deu o encontro com Jasmin, também nos apresenta às cidades e algumas características interessantes sobre a cultura local e a forma como as mulheres são vistas.

A cada mulher que adentramos a intimidade, nos conectamos um pouco mais com a destreza de Conceição Evaristo ao contar histórias. As personalidades das “mulheres de Jasmin” são muito bem construídas. A autora não estrutura uma frase impunemente. Cada pedacinho do texto se encaixa em uma trama que carrega características fundamentais para a obra. Conceição trabalha muito bem com a simbologia do trem de ferro que passa rasgando cidades, assim como o faz o protagonista, que passa rasgando a vida das mulheres. Fio Jasmin, assim como o trem, é uma presença que chega, descarrega algo e se vai. Para as mulheres que ficam, resta uma paixão avassaladora e um mero vislumbre de um Fio Jasmin que é “esconderijo e mistério dele mesmo”.

Canção para ninar menino grande” trata de uma perspectiva completamente nova sobre as vivências afetivas negras. Provoca em lugares muito íntimos e que foram construídos, em muitos casos, na forja de uma violência social, de gênero e ancorada no racismo. Como foca nos afetos, um dos grandes temas da obra está na exploração da masculinidade negra e as performances que um homem preto precisa assumir para si para ser visto como tal.

"Sua consciência lhe queimava um pouco. Mas havia aprendido que as ardências da consciência, em relação ao sofrimento que ele podia causar a uma mulher, passavam rápido. Era só desviar o pensamento para as ardências do corpo."

Conceição Evaristo escancara a violência de gênero através de um texto que consegue ser bonito e leve. Algo fascinante é que a leveza existe ainda que a autora não faça nenhum tipo de concessão em relação aos malefícios dessa realidade. Ela os insere na narrativa exatamente como eles se apresentam no contexto social, o que é um domínio narrativo extraordinário.

Aos poucos, o enigmático Fio Jasmin, que parece ter como único trauma de vida ter sido impedido de fazer o papel de príncipe na escola por ser negro, conseguirá acessar outras camadas internas que irão escancarar seu vazio existencial que o transformou em um homem “viciado em mulheres”. É quando ele realmente para pra escutar uma mulher, sem o desafio da conquista, que um outro mundo se abrirá.

site: https://rafamussolini.blogspot.com/2023/06/cancao-para-ninar-menino-grande-da.html
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KarinaR 04/05/2024

Vale muito a pena ler, um livro marcante!
O livro traz a história de Fio Jasmin, um maquinista negro que, em cada parada do trem, se relaciona com diferentes mulheres, apesar de ser casado. Enfatizando como essas mulheres o enxergam.

Conceição explora como a sociedade aceitou a dominação masculina, tanto no âmbito profissional quanto emocional. Fio foi influenciado a repetir o que aprendeu, tornando-se uma figura irresponsável e imatura devido à falta de presença do pai em sua criação.

A leitura deixa reflexões sobre mulheres corajosas que, apesar de trabalharem duramente, se envolvem com homens que não contribuem igualmente, espelhando desafios contemporâneos, como a questão da paternidade e o registro das crianças apenas pelo nome das mães.

Conceição, mais uma vez, entrega uma obra poética e reflexiva, destacando a perseverança das mulheres apesar das dificuldades sociais.
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Sun 04/05/2024

Excelente!
"A 'Canção para ninar menino grande', um canto que tinha nascido da vivência amorosa dela, a única até então. Assisti ao corpo quase desfalecido de Tina se recuperar na contação da vida. A crença me foi permitida porque era um ato de escutar e ver. Eu na escuta-via ou vendo-escutava, como queiram. A história de Juventina estava ali. Tinha o corpo. Havia a fala dela, o timbre, o tom. Havia a contação, cujo cerne era o corpo e seus gestos. Era a vida. Por isso, acreditei e escrevi. Só escrevo o que eu creio, vem daí a minha invenção, pois a canção é minha também".

Trabalho narrativo excelente da Conceição neste que se tornou o meu livro favorito da autora. Uma constelação de pessoas que se cruzam e se transformam, e uma reviravolta afetiva muito interessante.
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kau 06/05/2024

Conceição Evaristo, como sempre, escreve lindamente e de forma impecável. Porém, não consegui gostar de Canção para Ninar Menino Grande. Não gostei dos personagens, não gostei dos acontecimentos e não consegui me conectar e me importar com a leitura.
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neilmonamour 06/05/2024

?Só escrevo o que creio.?
Diferente de todas as minhas leituras. Primeira vez tendo contato com Conceição Evaristo, e posso afirmar que a escrita dela é cativante. É bonita e poética, tudo escrito da melhor maneira possível, como se tivesse saído do peito dela, cada palavra escolhida meticulosamente.

Em contrapartida, não é um livro que eu leria novamente. Não me conectei com a história, apesar de achá-la bonita, e muito menos com os personagens. Entretanto, entendi a importância que a obra tem.
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Mariiebomfim 27/05/2024

Um livro bom, com muita história e muito sofrimento
A autora conta a história de várias mulheres que têm como fio condutor um único homem (Fio Jasmin) e um trilho de trem.

A forma como essa mulher escreve é sensacional. É um livro simples, mas cheio de histórias. Do jeito que só Conceição Evaristo consegue.
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Daianex 24/05/2024

Nossa que livro absurdo, eu comecei a ler com muita expectativa e sem saber o que esperar da narrativa, não sabia nada do que esperar além de elser uma boa leitura.

Passei algumas boas páginas me sentindo incomodada com a escolha da representação feita nas mulheres da obra, sendo quase sempre escolhas de figuras passivas e quase dependentes da figura do protagonista.

Por fim entendi que a mensagem é justamente essa, é uma viagem pela mentalidade e pela construção da virilidade masculina de Fio Jasmin, uma construção que não passa pelo afeto e nem pela compreensão.

Fio Jasmin passa quase a vida toda sem conseguir perceber seu próprio vazio e seu papel na vida das dezenas de mulheres que ele passou. Não é uma história pra inocentar o personagem de sua culpa pelos acontecimentos e sim pra se refletir sobre o processo de construção da moral e da individualidade masculina, tentando em algum ponto pensar na particularidade desse processo para os homens pretos.
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