Bano 03/05/2021
Outro livro imperdível de Rochester
Verti lágrimas quase sem parar durante a leitura. Acho que nunca chorei tanto como desta vez. Aliás, é bom salientar que me tornei chorão a partir de 2009, ano em que deixei de ser ateu e passei a ler livros de teor espiritual em grande quantidade. Não gostei de ver os nomes dos personagens convertidos para nomes aportuguesados (Valéria, Samuel, Antonieta etc.), será que isso foi ideia do tradutor?. Há certos detalhes difíceis de crer: 1) Valéria esbarrando em Samuel ao passar por uma porta da estação ferroviária; 2) Valéria reencontrando Samuel no campo (entre as árvores) pouco antes de cair uma chuva intensa. Apesar disso, a história é fascinante e prendeu minha atenção até o fim.
Abaixo, estou reproduzindo um texto que encontrei na web:
6 de out. de 2010
por Brunno Alencar
Acho que todo mundo que me conhece pessoal ou virtualmente, sabe que sou muitíssimo curioso; e quando algo me chama a atenção, eu “cascavio” tudo, ate saber os mínimos detalhes. Foi assim quando um amigo me apresentou(oficialmente, porque já os conhecia da biblioteca da minha mãe) os livros de J.W. Rochester. Foi a primeira vez que ouvi falar de mediunidade mecânica (o médium dorme e o espírito age por sua livre e espontânea vontade com o seu corpo, sem lhe impor qualquer interferência). Então eu quis saber mais a respeito de Wera Krijanowski, a médium supra citada, e fiquei sabendo que ela morrera louca e miserável. Achei a história um tanto vaga e saí a procura de mais informações. E encontrei o texto abaixo:
Sobre a vida de Wera Ivanova Krijanowskaia (ou Krijanowski, como ficou conhecida no idioma francês), têm-se escassas informações.
O tradutor de "A Vingança do Judeu" para o idioma português relata, no prefácio da obra, que o espírito de Rochester escolheu e preparou a médium desde a infância, afim de cumprir a tarefa de propagação das verdades espirituais que o Espiritismo divulga e esclarece.
Ambos estiveram juntos em várias encarnações: como Asnath e José, em "O Chanceler de Ferro"; Smaragda e Mernephtah, em "O Faraó Mernephtah"; Lélia e Astartos, em "Episódio da Vida de Tibério"; Virgília e Cáius Lucílius em "Herculânum"; Rosalinda e Lotário de Rabenau, em "A Abadia dos Beneditinos".
Relata também que Wera era jovem, filha de família russa muito distinta e que não obstante ter recebido uma sólida instrução no Instituto Imperial de São Petesburgo, não se aprofundou em nenhum ramo de conhecimentos.
Segundo revistas européias, sua mediunidade "consistia, principalmente, da escrita mecânica, cujo automatismo lhe era tão peculiar que sua mão traçava as palavras com uma rapidez vertiginosa e uma inconsciência completa das idéias, narrando acontecimentos históricos desde épocas bastante remotas, com rara minúcia, beleza e autenticidade.
Um senhor polonês que conheceu pessoalmente a médium relatou, há muitos anos, que ela foi rica e tinha até secretária. Encontrou-a, certa manhã, a recolher imensa quantidade de folhas de papel, ajudada pela secretária, inclusive caindo pelas escadas, repletas de palavras em péssima caligrafia, que ela havia escrito durante a noite toda em completo estado de inconsciência ou sono profundo. Wera não se lembrava de nada e colocava as folhas em ordem, decifrando o que estava escrito.
Ocorriam, também, fenômenos físicos em sua casa e que muito impressionavam os amigos. Havia um espírito que se materializava na presença dela e prometia destruir sua vida, caso não parasse de publicar seus romances. Às vezes ocorriam explosões e objetos despencavam ao solo sem causa aparente.
Esse mesmo senhor viu Wera na miséria percorrendo as ruas e perguntando às pessoas se conheciam seus livros, tentando reeditá-los. Seu intento fracassou e sua filha faleceu de tuberculose, sob o rigoroso inverno eslavo, em tempos de fome e revolução.
Porém, eu não achei que fosse o suficiente e sai a procurar mais e mais. Nada encontrava além do que vocês já leram. Mas... minha curiosidade foi em parte sanada quando encontrei as informações abaixo citadas:
Wera Ivanovna Kryzhanovskaia, cujo nome de casada era Wera Ivanovna Semenöva (Varsóvia, 14 de julho de 1861 [1] - Tallinn, 29 de dezembro de 1924), foi uma médium psicógrafa russa. Entre 1885 e 1917 psicografou 51 romances assinados pelo espírito Rochester, dos quais alguns dos mais conhecidos em língua portuguesa são "O Faraó Mernephtah" e "O Chanceler de Ferro". Descendia de uma antiga família da nobreza da província de Tambov. Nasceu em Varsóvia, na Polônia, onde seu pai - o general-major Ivan Antonovich Kryzhanovsky - comandava uma brigada de artilharia. A sua mãe vinha de uma família de farmacêuticos. Desde cedo, a jovem recebeu uma boa educação e se interessava por História Antiga e ocultismo.
O seu pai faleceu quando Wera tinha apenas dez anos de idade, o que deixou a família em situação difícil. Em 1872 Wera ingressou numa associação beneficente de educação para raparigas nobres de São Petersburgo como bolsista, a Escola Santa Catarina. Entretanto, a saúde frágil da jovem e as dificuldades financeiras impediram-na de concluir o curso. Em 1877 foi dispensada e concluiu a sua educação em casa.
Nesse período, o espírito do poeta inglês J. W. Rochester (1647-1680), aproveitando os dons mediúnicos da jovem, materializou-se e propôs que ela se dedicasse de corpo e alma a serviço do Bem e que escrevesse sob a sua direção. Após esse contato com aquele que se tornou o seu guia espiritual, Wera aparentemente se curou de tuberculose crônica, uma doença séria à época, sem a interferência médica.
Aos 18 anos iniciou o trabalho de psicografia. Em 1880, numa viagem à França, participou com sucesso de uma sessão mediúnica. Na ocasião, os seus contemporâneos se surpreenderam com a sua produtividade, apesar da saúde débil. Em suas sessões espíritas reuniam-se médiuns famosos europeus à época e ainda o príncipe Nicolau, futuro Nicolau II da Rússia. Numa dessas sessões teria sido predito ao príncipe o acidente de Khodynka.
Em 1886, em Paris, veio a público a sua primeira obra, o romance histórico "Episódio da Vida de Tibério", psicografado em francês, (assim como as suas primeiras obras) em que a tendência para temas místicos já podia ser notada. Acredita-se que a médium tenha sido influenciada pela doutrina espírita de Allan Kardec, pela Teosofia de Helena Blavatsky e pelo Ocultismo de Papus.
Nesse período de residência provisória em Paris, Wera psicografou uma série de romances históricos, como "O Faraó Mernephtah", "Abadia dos Beneditinos", "Romance de uma Rainha", "O Chanceler de Ferro do Antigo Egito", "Herculanum", "O Sinal da Vitória", "Noite de São Bartolomeu", entre outros, que chamavam a atenção do público não somente pelos assuntos cativantes, mas pelas tramas emocionantes. Pelo romance "O Chanceler de Ferro do Antigo Egito" a Academia de Ciências da França concedeu-lhe o título de "Oficial da Academia Francesa" e, em 1907, a Academia de Ciências da Rússia concedeu-lhe a "Menção Honrosa" pelo romance "Os Luminares Tchecos".
O seu esposo, S. V. Semenov, ocupava um cargo na chancelaria de Sua Majestade e, em 1904, foi nomeado "kamerguer", uma espécie de secretário do czar Nicolau II da Rússia. Semenov era um espírita famoso e presidia o "Círculo de Pesquisas Psíquicas" de São Petersburgo.
Após o seu retorno à Rússia, em 1890, deu-se início à tradução das suas obras para o russo, assim como foram psicografadas novas obras.
Com a eclosão da Revolução Russa (1917), Semenov foi detido e morto na prisão Kresty, e Wera teve que se exilar com a filha - Tamara - na Estônia, onde conheceu privações. Por mais de dois anos, teve de trabalhar na usina madeireira Forest, onde o trabalho físico acima de suas forças afetou sua saúde. Veio a falecer doente, na miséria, e sem reconhecimento pela sua obra.
Além dos romances históricos, em paralelo a médium psicografou obras com temas "ocultistas-cosmológicos" (segundo a ela própria) tornando-se a primeira representante da literatura de ficção científica e a única do romance ocultista na Rússia. Os seus livros foram publicados no jornal "Svet", e mais tarde nos jornais "Mosk. Ved.", "Novoe Vremia", "Rus. Vest.", "Rodina" e "Pamsky Mir". O tema principal nessa rodução era o da luta universal entre as forças do bem e do mal, a interdependência das forças ocultas no ser humano e no Cosmos, os segredos da matéria original. A linha espiritual de ficção científica firmou-se nos romances seguintes, como "O Castelo Encantado", "As Duas Esfinges", na trilogia "O Terrível Fantasma", "No Castelo Escocês" e "Do Reino das Trevas", e abriu-se plenamente na série mais popular da escritora - a pentalogia "Os Magos", que inclui os romances "O Elixir da Longa Vida", "Os Magos", "A Ira Divina", "A Morte do Planeta" e "Os Legisladores".
Após a revolução, as suas obras foram banidas e destruídas. Com a sua morte, voltaram a ser publicadas em russo por editoras na Letônia e na Alemanha. Atualmente essas obras encontram-se traduzidas para diversas línguas, como o letão, o inglês, espanhol, lituano, tcheco, alemão, português e outras.
Alguns críticos na Rússia consideram o nome "Rochester" apenas um pseudônimo de Wera, ao passo que outros consideram que a médium foi co-autora, com Rochester, das obras. Nas edições russas, a autoria figura como "Wera Kryzhanovskaia-Rochester" ou "Wera Kryzhanovskaia (Rochester)".
John Wilmot, Segundo Conde de Rochester (Ditchley, 1 de abril de 1647 — 26 de julho de 1680), foi um libertino inglês, amigo do rei Carlos II e escritor de muita poesia satírica e obscena, características que o tornaram popular. Foi uma célebre figura da corte da Restauração inglesa e patrono das artes. Apesar de ter casado-se com a herdeira Elizabeth Malet, possuiu muitas amantes, entre elas a atriz Elizabeth Barry. Foi muito divulgado que ele teria renunciado ao ateísmo em seu leito de morte.
Britânico, conhecia em profundidade o latim, o grego, o francês e o italiano. Aos 14 anos, no ano de 1661, recebeu o título de Master of Arts do Wadham College (Universidade de Oxford).
Depois foi para a França e a Itália. Na Europa continental se tornou um intelectual carismático e prestigiado pela alta sociedade.
Poucos meses antes de completer 20 anos, em janeiro de 1667, contraiu matrimônio com Elizabeth Mallet, com quem teve quatro filhos. No mesmo ano teve uma filha com a atriz Elizabeth Barry. Sua vida, embora breve, teve passagens tumultuadas: combateu a Marinha holandesa, envolveu-se em homicídio, escândalos sexuais, alcoolismo, charlatanismo e exercício ilegal da medicina. Na casa dos trinta, já com a saúde em franco declínio por conta de sífilis, alcolismo e depressão, dita suas memórias ao sacerdote Gilbert Burnet, onde registra seu remorso pela vida inócua e renuncia ao ateísmo.
O dramaturgo Stephen Jeffreys escreveu em 1994 uma obra sobre sua vida, que foi adaptada para o filme "O Libertino" (The Libertine), interpretado por Johnny Depp, com direção de Laurence Dunmore. O filme trata da seguinte questão existencial: Deve-se viver a vida até ao limite, correr o risco de a encurtar, ou deve-se vivê-la regradamente, racionalmente, sem rendição aos impulsos, alcançando uma idade avançada, mas com a possibilidade de chegar à conclusão de que não se viveu plenamente?
Segundo os espíritas, J. W. Rochester é o espírito psicografado pela médium russa Vera Kryzhanovskaia, de 1885 a 1917, e o autor espiritual de vários livros. A médium psicografou 51 romances assinados por Rochester, muitos deles traduzidos para o português e, atualmente no Brasil, publicados pela Editora do Conhecimento, a FEB, a Lake, o Correio Fraterno, a Lumen e a Boa Nova.
Os romances englobam variados períodos históricos, desde a Assíria, passando pelo Egito, Pompéia, Roma, a Grécia da Idade Antiga, a Europa da Idade Média, a França da Renascença e de Luís XI de França, além de cenários dos primórdios do século XX.
No Brasil, o “médium” espiritualista Jan Val Ellam alega ter transmitido recados espirituais atribuídos a Rochester, presentes em “Muito Além do Horizonte” e “Nos Bastidores da Luz”, v. 1 e 2, ambos da Zian Editora.
A informação aqui citada de que ela havia psicografado mais de 50 livros eu já tinha. Só que “mais de 50” não é informação suficiente pra mim. Tinha que saber exatamente quantos e quais são os benditos livros do Rochester... Assim sendo “saí” numa pesquisa frenética pela lista dos seus livros. O resultado da pesquisa está logo abaixo.
1 A Feira dos Casamentos
2 A Filha do Feiticeiro - (Misteriosos Crimes)
3 A Flor do Pântano (Já publicado)
4 A Força do Amor
5 A Lenda do Castelo de Montinhoso - (Sob o Poder do Passado)
6 A Noite de São Bartolomeu
7 A Profecia
8 A Teia
9 A Vingança do Judeu (A Nêmesis)
10 Abadia dos Beneditinos
11 Algemas Douradas
12 Alma de Minh’Alma
13 As Duas Esfinges
14 Bem-Aventurados os Pobres de Espírito
15 Cobra Capela
16 Confissões de Um Condenado
17 Cornélius
18 Das Trevas à Luz
19 Dolores (Drama de Família)
20 E os Mortos Vivem
21 Episódio da Vida de Tibério
22 Feitiço Infernal
23 Fraquezas de um Grande Herói
24 Herculanum
25 Judas Moderno
26 Ksenia, O Calvário de Uma Mulher
27 Memórias de um Espírito Errante
28 Na Fronteira
29 Na Véspera do Natal
30 Naema, a Bruxa
31 Narrativas Ocultas - A Morte e a Vida
31 Narrativas Ocultas - A noiva do Amenti
31 Narrativas Ocultas - A Urna
31 Narrativas Ocultas - Do Céu à Terra (Satã e o Gênio)
31 Narrativas Ocultas - Em Moscou (Sonho de Uma Noite de Outono)
31 Narrativas Ocultas - O Amor
31 Narrativas Ocultas - O Cavaleiro de Ferro
32 No Planeta Vizinho
33 Noite nas Catacumbas
34 Nova Era (O Novo Século)
35 Num Outro Mundo
36 O Barão Ralf de Derblay
37 O Castelo Encantado
38 O Chanceler de Ferro (do Antigo Egito)
39 O Enigma
40 O Etéreo - (O Príncipe do Ar)
41 O Exílio
42 O Faraó Mernephtah
43 O Festim de Baltazar
44 O Laço da Morte
45 O Paradigma da Humanidade
46 O Paraíso sem Adão
47 O Processo
48 O Romance da Rainha(Hatasu: A rainha do Egito) Vol.01
49 O Romance da Rainha(Hatasu: A rainha do Egito) Vol.02
50 O Sacerdote de Baal
51 O Terrível Fantasma Vol.01 - O Terrível Fantasma
52 O Terrível Fantasma Vol.02 - No Castelo Escocês
53 O Terrível Fantasma Vol.03 - Do Reino das Trevas
54 Os Filhos de Adonis
55 Os Luminares Tchecos
56 Os Magos Vol.01 - O Elixir da Longa Vida
57 Os Magos Vol.02 - Os Magos
58 Os Magos Vol.03 - A Ira Divina
59 Os Magos Vol.04 - A Morte do Planeta
60 Os Magos Vol.05 - Os Legisladores
61 Os Reckenstein
62 Os Vizinhos
63 Saul, O Primeiro Rei dos Judeus
64 Servidores do Mal Vol.01 - Os Luciferianos
65 Servidores do Mal Vol.02 - Os Templários
66 Sinal da Vitória (Com Este Sinal Vencerás)
67 Um Grego Vingativo
No prefácio de “Luminares Tchecos” encontram-se fontes de afirmação de que Allan Kardec foi a reencarnação de Jan Huss, sacerdote tcheco, reformador religioso, mártir e precursor da reforma protestante.
Mas tem uma coisa que ainda me incomoda... e eu infelizmente ainda não tive tempo de corrigir a falha: quais são os livros de Wera Krijanowskaia? Quais são os de Maria Gertrudes Coelho? Quais são os de Arandi Gomes Teixeira? Isso ficará pra uma próxima oportunidade... Se alguém quiser a lista que será posteriormente atualizada, é só pedir.
Quanto ao brasileiro que recebeu “recados” de Rochester... Por acaso ele é... POTIGUAR! Pasmem, mas é verdade. Peço às senhoras e aos senhores que considerem o que vos escrevo aqui apenas como um adendo ao texto principal, como uma curiosidade, devido o conteúdo duvidoso que vos apresento. Segue, então, a pequena biografia de Jan Val Ellam:
Jan Val Ellam é o pseudônimo usado pelo escritor natalense Rogério de Almeida Freitas (1959-) para escrever sobre pontos de convergência entre o pensamento cristão, a doutrina de Allan Kardec e pesquisas relacionadas à ufologia, no bojo do discurso do espiritualismo universalista e da cidadania planetária.
No exterior proferiu palestras em Portugal, França, Inglaterra, Angola, Moçambique ,Cabo Verde e África do Sul. Obras publicadas no Brasil, Portugal, África do Sul, Austrália, Angola, Moçambique e Inglaterra. Escreveu 14 obras como Jan Val Ellam e 2 como Rogério de Almeida Freitas. Propositor do Projeto Orbum e co-fundador da Zian Editora, da Revista Comciência e da Sociedade Beneficente e Filantrópica Atlan. Colaborador das revistas Comciência, UFO e O quê? & Clássicos e Modernos (Portugal). Conta com programa de rádio dominical na Rede Boa Nova de Rádio (São Paulo) e na Rádio Poti (Natal), ambos sobre espiritualidade e cidadania planetária. Em 25 de junho de 2004 foi entrevistado por Jô Soares (Programa do Jô).
As obras de Jan Val Ellam promovem o ecumenismo, o universalismo, a cidadania planetária, a auto-instrução, o desenvolvimento global auto-sustentável, o aperfeiçoamento íntimo e o exercício da caridade fraterna. Proporciona releitura de temas histórico-religiosos e propostas político-filosóficas relacionadas à adaptação da humanidade aos desafios do século XXI. Analisa a doutrina cristã dos Anjos Decaídos e as profecias bíblicas de Daniel e do Apocalipse, bem como a doutrina espírita dos Exilados de Capela e a visão espiritualista de Atlântida, todas sob o enfoque da teoria de reintegração cósmica. Inédita nas correntes de pensamento espiritualistas e religiosas do globo, tal teoria propõe o gradativo retorno da humanidade ao convívio oficial com civilizações extraterrestres a partir da segunda volta de Jesus, que Ellam avista ocorrer em algum momento depois das turbulências que a terra sofrerá.
Para Jan Val Ellam há 600 mil anos teria iniciado isolamento da humanidade, com parcela expressiva da população oriunda de comunidades extraterrestres e formada por indivíduos de grande bagagem existencial, exilados na Terra em face de doença energético-vibratória que teriam adquirido ao aderirem à postura belicosa da Rebelião de Lúcifer. A reintegração cósmica marcaria etapa inédita na história terrestre, a partir da qual os povos planetários teriam noção clara acerca da existência de vida extraterrestre, reencarnação, leis cósmicas da Ética e figuras como Jesus, Buda e Krishna.
No Brasil, o autor publicou 14 obras:
1.Reintegração Cósmica - Os Anjos Decaídos (1996)
2.Caminhos Espirituais - Livre Arbítrio (1997)
3.Carma e Compromisso - Filhos das Estrelas (1998)
4.O Sorriso do Mestre (1998)
5.Nos Céus da Grécia (1998)
6.Recado Cósmico (1999)
7.Nos Bastidores da Luz (2000)
8.Muito Além do Horizonte (2001)
9.Jesus e o Enigma da Transfiguração (2002)
10.Fator Extraterrestre (2004)
11.A Sétima Trombeta do Apocalipse: a volta de Jesus (2005)
12.O Testamento de Jesus (2006)
13.Nos Bastidores da Luz 2 (2006)
14.Jesus e o Druida da Montanha - Aos 20 Anos entre os Celtas (2009)
Além de 14 obras assinadas pelo pseudônimo Jan Val Ellam, Rogério de Almeida Freitas também publicou pela Zian Editora, as obras:
1.Inquisição Poética (2005)
2.A Teia do Tempo (2005)
A Teia do Tempo foi escrito com a co-autoria do astrônomo José Renan de Medeiros, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Pela Zian Editora publicou ainda os CDs Espiritualidade e Cidadania Planetária e Percepção e Vida.
No Brasil quase todos os livros foram publicados pela Zian Editora. Algumas das obras foram editadas pelas Editoras Navegar (Reintegração Cósmica, Caminhos Espirituais e Carma e Compromisso) e do Conhecimento (Reintegração Cósmica, Caminhos Espirituais, Carma e Compromisso, Recado Cósmico, Nos Céus da Grécia, O Sorriso do Mestre e Nos Bastidores da Luz).
Polêmica em 2006
No segundo semestre de 2006, dois anúncios de Jan Val Ellam causaram grande controvérsia nas comunidades brasileiras ufológica, espírita e espiritualista. Jan Val Ellam anunciou à Revista UFO 126 (outubro de 2006) a possível explosão de bomba de destruição em massa, na Palestina, na região da Samaria, nos dias 4 a 6 de outubro de 2006, e a indubitável volta de Jesus, no intervalo de tempo compreendido entre a segunda quinzena de 2006 e o mês de abril de 2007.
Posteriormente, foi divulgada na internet informação, confidenciada por Ellam a amigos, de que ocorreria registro visual inequívoco de vários OVNIS, em escala global, no dia 18 de novembro de 2006. Em função de tais informações, Jan Val Ellam recebeu duras críticas de ufólogos, espíritas e espiritualistas.
Segundo Ellam, os seres extraterrestres e espirítos que com ele se comunicam, afirmam que o não-cumprimento da volta de Jesus em 18 de novembro de 2006, com o de suposto contato ufológico planetário, se deve à profecia bíblica relacionada à morte (linchamento público) da segunda testemunha do Apocalipse, que seria o próprio Ellam (o Papa João Paulo II seria a primeira).
Para Ellam, os "equívocos mediúnicos" seriam uma forma de sacrifício cármico, dele e de outros espíritos que, no passado, durante a Rebelião de Lúcifer, teriam buscado se contrapor à "autoridade cósmica" de Jesus.
No programa de rádio Projeto Orbum de 10 de dezembro de 2006, Jan Val Ellam reconheceu que o raciocínio a justificar os fatos, foge aos padrões da lógica humana e da doutrina espírita. Na opinião dele, na condição humana não seria possível compreender, em profundidade, o pano de fundo cósmico e espiritual a atestar a racionalidade e a veracidade por trás das argumentações do próprio Ellam sobre a ausência do contato ufológico oficial em 18 de novembro de 2006 e a ocorrência da volta de Jesus em 2007.
Só me tirem mais uma dúvida: esse senhor é o mesmo que afirma ser a reencarnação de Kardec?
Brunno Alencar
site: http://bvespirita.com/A%20Vinganca%20do%20Judeu%20(psicografia%20Wera%20Krijanowskaia%20-%20espirito%20J.%20W.%20Rochester).pdf