Beatriz 10/02/2022
"Uma feiticeira sempre deve agir. Se bem ou mal, isso pode ser avaliado mais tarde, mas é preciso agir, agarrando ousadamente a vida pelos cornos. Acredite-me, pequena: lamentam-se exclusivamente o ócio, a dúvida e a indecisão. A ação e a decisão podem às vezes trazer tristeza e pena, porém nunca o arrependimento." (Cap. 2)
Diferentemente da proposta inicial da saga, sinto que este livro tem uma visão mais séria de tudo o que está acontecendo: a trama começa a focar na relação entre Ciri, Yennefer e Geralt; há muito mais discussões política e guerras. Sinceramente, durante a leitura, fiquei com um pouco de saudade dos contos presentes nos dois primeiros livros, onde Geralt teve seus intensos confrontos com os monstros e não há tanta burocracia. Não me entendam errado, ainda há muita ação! Entretanto, quando iniciei a leitura esperava encontrar o mundo fantástico que me fez amar essa saga.
"A Natureza não conhece o conceito de filosofia, Geralt de Rívia. Filosofia é o nome que damos às lastimosas e ridículas tentativas dos seres humanos de compreender a Natureza." (Cap. 3)
Esse é o quarto livro do autor que leio e, mesmo que a trama em si não tenha me agradado, a escrita de Sapkowski sempre vai ser algo que me encanta. A forma com a qual ele utiliza de floreiros e ideais filosóficos em suas obras, com toda certeza, foi um dos aspectos que me fez me apegar tanto a esse universo.
De forma geral, acabei me decepcionando um pouco com a leitura porque esperava muito mais. Sinto que essa saga tem um potencial imenso, mas que isso não foi bem explorado nesse livro. Espero que o quinto livro da saga volte a trazer aquela sensação incrível de querer devorar uma página após outra.