O falecido Mattia Pascal

O falecido Mattia Pascal Luigi Pirandello




Resenhas - O Falecido Mattia Pascal


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Mateus.Silva 05/11/2024

Bom demais
Eu ri muito com as situações apresentadas no livro (principalmente nas cenas de sessão espirita), adorei o Mathias e seus dilemas, recomendo sem medo.
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LucasMiguel 31/10/2024

O finado Mattia Pascal
Quais são os componentes da ficção? De que é feito o véu da realidade ficcional e até que ponto ela deve ser idêntica ao Real? A fantasia deve ser uma mera extensão da realidade, ou deve se apresentar despida desta intenção, apresentando-se declaradamente como mero artifício?
Desde a antiguidade, discute-se a natureza e a finalidade da arte. É famoso o desprezo de Platão pela representação artística que, para ele, seria mera cópia do mundo sensível, sendo este, uma cópia imperfeita do mundo das ideias. A arte seria, então, uma mera cópia de uma cópia.
Este conceito foi repelido por Aristóteles que entedia a arte como ‘mimese’, ou seja, a representação artística não é mera cópia do Real, mas uma recriação da vida como possibilidade lógica. Recria-se a realidade não como de fato é, mas como poderia ser, reestruturando-a por meio de realidades possíveis dentro de uma lógica interna, sem compromisso com a realidade crua. Por isso, recriamos realidades em que pessoas voam ou possuem superpoderes sem que isso nos cause desconforto, visto que o que comanda a ficção não é a realidade, mas a verossimilhança.
Quase incontestavelmente vencedor deste embate, Aristóteles se mostrou fervoroso defensor da arte como cura, como reconhecimento e como alteridade. Por meio da catarse, o espectador ou o leitor sente a angústia de um naufrágio ou a dor de um esfomeado sem os riscos de uma viagem marítima, e sem que sejamos devorados pela fome real. A ficção existe porque a vida é pequena demais, e nela não cabem todas as possibilidades humanas.
Pois bem: Luigi Pirandello é um autor que sempre trata, em maior ou menor grau, da identidade humana, da subjetividade; busca alcançar o âmago do homem para além das máscaras sociais, uma vez que estas são meras personas, projeções engenhosas criadas sobre nós mesmos para nos apresentamos ao teatro do mundo, e para isso, baseia sua ficção em um questionamento circular: o que é ficção?
Em “o finado Mattia Pascal”, o personagem de Pirandello é uma espécie de Brás Cubas italiano que narra sua vida revelando ser ela um tanto quanto insossa. Uma existência sem aventuras, muito pouco autoral, visto que ele se deixa levar pelas contingências que se vão apresentando.
Ocorre que, no ápice do desespero e da falta de dinheiro, resolve fugir para se arriscar nas roletas de Montecarlo, obtendo incrível sucesso financeiro (nada mais irreal e artificioso que isso), e resolve retornar a sua cidade com a pequena fortuna conquistada.
No caminho de volta, lê em um jornal uma notícia insólita: Mattia Pascal havia sido encontrado morto!
Como havia passado muitos dias longe de casa, e tendo havido a coincidência conveniente de encontrarem um cadáver em um rio em franco estágio de decomposição próximo a sua residência, a conclusão da polícia não poderia ser outra: Mattia Pascal havia se suicidado em razão de dificuldades financeiras.
Após o choque da notícia, o êxtase da liberdade. Estando morto, não haveria de prestar contas à esposa, à sogra, aos credores, à realidade. Mattia Pascal, embora repleto de vitalidade, estava livre da vida.
Para nutrir sua nova realidade, agora limpa de passado, seria preciso inventar um novo ser, um novo sujeito para preencher aquele corpo que, socialmente, jazia morto em uma cova sob o nome que haviam lhe atribuído ao nascer. Seria necessário ficcionalizar sua nova vida usando os artifícios de um autor que escreve um personagem. Este, por sua vez, deveria parecer, aos entes da realidade, provável, factual e longe da artificialidade e da fraude. Pascal assume a pena de Pirandello e faz a obra deste dobrar-se sobre si mesma.
Após criar um novo ente chamado Adriano Meis, atentando-se aos detalhes de seu passado, sua origem e seus segredos inventados, o falecido Mattia Pascal, no entanto, percebe que a liberdade é um animal irracional difícil de ser domado, e que nunca se pode fugir da imanência da vida, como nos ensinava Espinoza: para onde quer que fujamos, haveremos, inexoravelmente, de encontrar a vida, e nossa personalidade, formada desde a infância, nos obriga, como um tirano, a repetir os erros, os dogmas, as fantasias...por isso, frente a este reconhecimento, o personagem decide matar o fictício Adriano para tentar fazer renascer Mattia e continuar sua existência até a inevitável morte.
Ao final, nosso herói morre três vezes, duas de forma ficcional, e uma real. No entanto, sendo ele mero personagem de Luigi Pirandello, o real também é ficcional. Nós, entes reais, quando morremos e caímos definitivamente no esquecimento, passamos a ser algo como uma mera ficção. Arte e vida, muito pouco há de uma sem a outra.
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zambon 21/09/2024

Voce gosta e encara sua vida
Várias vezes no pegamos pensando como é nossa vida e como seria se ela fosse diferente. No livro o personagem se pega numa escolha de poder fugir dos problemas através de uma nova vida ou encarar a vida como ela é.
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Livinha 17/09/2024

Um GIGANTESCO clássico escrito no início do século XX (1904), mas que, incrivelmente, é atemporal. Mattia Pascal é um homem obsoleto, em um casamento tedioso, com problemas na família de origem, com uma enorme desavença com sua sogra e poucas felicidades na vida. Assim, decide abandonar toda sua vida e ir em busca de algo que faça jus à sua liberdade. Contudo, quando o personagem está fora, lê o jornal do dia e se depara com sua própria morte: um homem parecido com ele se suicida se afogando. Todos dizem ser o próprio Mattia. E é neste momento que a leitura desembarca, pois Mattia passa a lidar com uma vida sem limites e conexões humanas, bem como sem preocupação com sua própria imagética. Aqui que a leitura se torna genial, pois o autor italiano descreve o quanto a liberdade se sobrepõe a solidão humana e no quanto que, esta solidão, se desvanece quando se pensa em se entrelaçar emocionalmente com outras pessoa, levando Mattia a pensar até que ponto vale essa tal ?liberdade de ser quem quiser ser?. É realmente muito bom. Muito bom mesmo.
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Suellen144 25/07/2024

O que é a liberdade?
Nunca tinha ouvido falar do livro "O falecido Mattia Pascal" até encontrá-lo em uma feira de livros na minha cidade. Não esperava que um clássico italiano pudesse ser tão divertido e empolgante. Eu, particularmente, achei o livro muito engraçado e não consegui conter a risada em várias partes, principalmente quando Mattia fala do seu olho torto.
A história fala sobre um homem comum, num casamento infeliz, que foge de casa e descobre que sua família o identificou no corpo de um suicida. Dessa forma, ele se encontra totalmente livre, já que foi declarado morto ainda vivo. Mas o que é a liberdade? E realmente desejamos ser livres?
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Isa 18/06/2024

Esse livro se trata de um homem que cansado da sua vida pacata, da esposa e da sogra, encontra uma oportunidade de fugir de td isso e recomeçar do zero, porém a narrativa vai se desenvolvendo e evidenciando que as vezes não adianta fugir e largar tudo quando o problema tá em vc mesmo. Gostei bastante.
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Licia Maria 07/06/2024

Morreu de que?
Se você é do tipo que sofre com gente pamonha, não recomendo. Dá uma vontade de gritar: acorda pra vida, meu fiii!

Ainda que algumas discussões se estendam além do necessário, o livro traz boas reflexões. A vida, liberdades, máscaras sociais, determinismo. Tudo dentro de um novelão até que bem envolvente!

Valeu ter conhecido mais sobre o autor

CALA2024 #3
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Daniel Andrade 04/06/2024

Divertidíssimo.
Tinha um total de zero conhecimento sobre o livro ou sobre o autor. Demorei um pouco pra engrenar na leitura, mas depois fluiu muito bem. É muito engraçado, apesar de bastante reflexivo sobre a suposta liberdade trazida pela morte vs as dificuldades de estar vivo. Será relido com certeza.
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Josiane.Castro 26/05/2024

Um classico
Mattia Pascal se revolta da vida que leva com a esposa e sogra e decide viajar sem avisar , simplesmente vai . Aparece um corpo no rio e é reconhecido como o dele que fica feliz em se livrar definitivamente da vida que levava. Mas a realidade é outra, quem é ele agora ?
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Gisele 13/02/2024

O Finado Mattia Pascal - Luigi Pirandello
Uma divertidíssima leitura que narra de forma breve as desventuras em série do finado (só que não) Mattia Pascal.

Recomendo a leitura!
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Oscar 02/02/2024

O finado Mattia
Um daqueles livros que a vontade é a de devora-lo, terminá-lo e recomeçar imediatamente. Que história, que escrita!!!!! Agradabilíssima, como diria nosso Finado Mattia Pascal.
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Pk_Affonso1408 28/01/2024

Entre vidas e mortes ??
Mattia Pascal é um pobre desastrado que, após certas decisões irrefletidas na juventude, termina preso a uma vida intragável.

Sua rotina, circunscrita ao marasmo de um emprego enfadonho durante o dia, termina com os mesmos aborrecimentos domésticos todas as noites. E após tudo isso, como se não bastasse a companhia detestável da esposa e da sogra, ele ainda é vítima de uma tragédia inesperada.

Desolado, Mattia resolve tirar um tempo para si e, sem avisar ninguém, parte rumo aos cassinos de Monte Carlo a fim de espairecer. Lá, a sorte sorri em seu favor e, depois de abocanhar uma bela quantia, ele se depara com uma notícia ainda mais inacreditável: Mattia Pascal foi declarado morto.

Luigi Pirandello mostra em sua obra os mistérios sobre nossa identidade, o que realmente vale a pena ( Uma vida sem poder viver bem ou uma " morte " sem aproveitar sua nova vida ).

Gostei muito do posfácio escrito pelo autor, onde relata sobre as críticas feitas ao seu livro e sua inverossímil história. Muito legal o tapa que ele dá nos críticos mostrando relato real semelhante a sua obra.

' O finado Mattia Pascal ' é um livro bem divertido, me vi dando muita risada em algumas situações nessa história, recomendo a todos a leitura ?.
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Heloyza2 27/01/2024

Matia Pascoal ?morre? enquanto a sorte lhe sorri. Condenado a uma vida medíocre e um casamento mais medíocre ainda, Matias tenta sua sorte e com a sorte na roleta vem seu corpo que é achado em um córrego.
Vivo ou morto? E agora o que seria de Matia? É isso que ele resolve enquanto lê seu obituário.
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Aline.Silva 25/01/2024

Segundo livro do ano de um autor ganhador do prêmio Nobel e eu não poderia ter gostado mais, o começo foi um pouco maçante, mas a história se torna divertida, nos faz refletir sobre mudanças.
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