Maria - Blog Pétalas de Liberdade 25/03/2019Resenha para o blog Pétalas de LiberdadePublicada originalmente em 1922 e composta por 11 capítulos curtos, a história se inicia em 1860, em Baltimore. Roger Button vai à maternidade buscar seu filho recém-nascido, mas ao invés de um bebê, ele se depara com um idoso com uma barba enorme! Sem outra alternativa, Roger leva o não tão pequeno Benjamin para casa, e tenta fingir que não há nada de errado com seu filho. Os anos vão passando e algo estranho acontece: enquanto todos envelhecem, Benjamin vai rejuvenescendo.
"Sobre a vida de Benjamin Button entre o décimo segundo e o vigésimo primeiro ano, pretendo dizer pouco. Basta registrar que foram anos de decrescimento normal. Quando Benjamin chegou aos dezoito anos, estava ereto como um homem de cinquenta; tinha mais cabelo, numa tonalidade de cinza-escuro; tinha passo firme, a voz perdera o tremular rachado e descera para um saudável barítono." (página 23)
Nesse conto, acompanhamos uma vida ao contrário, e o final, por mais que torçamos por algo diferente, é previsível. Talvez alguém aí tenha visto o filme baseado no livro, mas eles têm muitas diferenças, por exemplo, no livro, Benjamin nasce com gostos e pensamentos de idosos, que vão mudando conforme o tempo passa, já no filme, pelo que eu me lembro, ele tem um corpo envelhecido, mas uma mentalidade de criança.
"O processo continuava. Não havia dúvida alguma - ele agora parecia um homem de trinta anos. Em vez de se regozijar, Benjamin sentiu inquietação - estava ficando mais jovem. Até então havia esperado que, atingida uma idade corporal equivalente à idade em anos, o fenômeno grotesco que marcara o seu nascimentos deixaria de funcionar. Ele estremeceu. O destino lhe pareceu medonho, inacreditável." (página 37)
Não é explicado o motivo de Benjamin rejuvenescer; é interessante como algumas pessoas próximas dele pensam que a "culpa" por isso acontecer é do próprio Benjamin, eu não consigo entender como esses personagens podem pensar assim. A mãe do protagonista também não aparece, então não temos ideia de como ela lidou com um filho tão diferente.
Foi o meu 2° contato com a escrita do F. Scott Fitzgerald, o primeiro foi em "O Grande Gatsby" (resenha aqui no blog no ano passado), e novamente não encontrei uma linguagem rebuscada, e sim uma narrativa fácil de ler, proporcionando uma leitura fluida e rápida, com um ar de conto de fadas.
A edição tem capa dura, com a imagem de um rosto masculino, uma capa que eu particularmente não acho bonita. As páginas são amareladas, não encontrei erros de revisão e a diagramação tem letras, margens e espaçamento de bom tamanho.
Fica a minha recomendação para quem procura uma leitura rápida ou quer conhecer um clássico com uma história bem peculiar.
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https://petalasdeliberdade.blogspot.com/2019/01/resenha-livro-o-curioso-caso-de.html