Resenhas - Afirma Pereira

Giovanna 06/09/2020

Lisboa, Agosto de 1938
Quando recebi o livro, dei uma olhada e algumas resenhas não foram tão boas, então confesso que comecei com a expectativa lá embaixo, preparada para abandonar o livro a qualquer momento.
Mas na verdade, o contrário aconteceu. Aos poucos o livro foi me ganhando aos pouquinhos e vi envolvida na história.
Particularmente, gosto de ler livros que se passam em épocas tristes e sombrias como essa, pois acho que devem ser sempre lembradas.

Mas apesar de tudo, acho que o livro poderia ser um pouquinho mais longo se significasse nos contar um pouco mais sobre os sonhos e passado desse senhor que adora limonadas lotadas de açúcar e omeletes com ervas aromáticas.

Bianckah 06/09/2020

Surpreendente
Adorei a leitura e o final foi surpreendente! Uma leitura gostosa e leve.

Dassa 05/09/2020

Muito interessante
Livro bem gostosinho de ler, Pereira é um solitário, jornalista, diretor do setor de cultura de um jornal, muito inteligente e sempre ligado com o que acontece ao seu redor, ao conhecer um novo estagiário acaba se envolvendo em questões políticas que até então vinha evitando.

João Pedro 04/09/2020

Uma celebração da vida
A narrativa do livro é maravilhosa. A evolução do personagem Pereira é incrível, começando o livro celebrando a morte, durante a história se indagar sobre isso, conhecer alguém que, diferente dele, celebra a vida foi essencial pro personagem perceber que cultura e política caminham juntas! Livro excelente ?

Gláucia 04/09/2020

Afirma Pereira - Antonio Tabucchi
Livro do mês de setembro/2020 da TAG e mais uma excelente leitura.
Havia acabado de ler o maravilhoso Sobre Nossos Ontens da Natalia Ginzburg e achando difícil alguma leitura que pudesse se equiparar.
O pano de fundo é o mesmo em ambos, mudando apenas o cenário: num temos a Itália fascista e aqui Portugal sob o comando do ditador Salazar.
Não está nada fácil, especialmente para o jornalismo. Mas Pereira é um pacifíco viúvo, solitário e sem filhos, cuja maior companhia é o retrato da mulher que morreu de tuberculose.
Obeso e com problemas cardíacos vive calmamente e é agora o responsável pela coluna cultural de um apagado jornal vespertino, que publica contos de autores doséculo 19 e necrológios de escritores.
Mas eis que surge o jovem Monteiro Rossi, jornalista italiano em busca de emprego nesse jornal. Mas o jovem tem ideias e textos perigosos para a época em questão. E a paz de Pereira pode estar em risco, afirma .
A narrativa é muito curiosa, parece uma espécie de depoimento e isso faz a gente pensar.
Pereira é um fofo, não quer se envolver mas é o tipo que não consegue falar não a ninguém.
Existe um filme com Marcelo Mastroiani no papel e quero muito ver. Afirmam ser bom.

Coisas a pesquisar: tratamento talassoterápico e teoria da confederação de almas.

Vanderlei 03/09/2020

Pereira
Livro gostoso de se ler, nunca tinha lido nesse estilo. Doutor Pereira podia ter se envolvido mais... apesar disso um ótimo livro pra saber mais sobre os tempos difíceis em Portugal.

Debora 03/09/2020

Apesar do tema, uma leitura fácil que acalentou meu coração
Comecei achando a leitura muito boa, leve apesar do contexto que retrata.
Pereira é um homem bom que só quer viver sua vida tranquilamente, um personagem que desperta alguma pena, por sua vida pacata e seu desconhecimento do momento político de seu país.
Contudo, ao estar interessado na temática da morte, acaba fazendo contato com um rapaz que o enreda no contexto político de Portugal.
E Pereira é obrigado a se posicionar, não há alternativa. As últimas páginas do livro me trouxeram uma sensação tão boa, de tanta esperança nas pessoas de bem, que este livro, que comecei sem pretensão, se tornou um "livro da vida".

*Si* 03/09/2020

Uma outra vida
Pereira é o nosso protagonista que se apresenta ao autor querendo contar a sua história.
Ele é um homem solitário que vive uma rotina repetitiva, apegado ao passado, católico, cardíaco, obeso, um tanto obcecado com a ideia da morte. O que o leva ao encontro de Monteiro Rossi e Marta. Dois personagens que vão desestabilizar a vida de Pereira.
Ele então entra em um processo de renascimento. De questionar a própria vida. Tudo começa a fazer mais sentido quando ele conhece, através do doutor Cardoso, a teoria da confederação das almas.
Pereira, aos poucos, vai aceitando o seu novo eu.
A história se passa em Portugal nos tempos difíceis da ditadura Salazarista.
A narrativa acontece em forma de depoimento; e se não fossem tantos "afirma Pereira", o livro seria bem mais interessante.

Gustavo 03/09/2020

Afirmo a grandiosidade da obra ao caracterizar Pereira, um homem apolítico, monótono, que encontrou na mesmice um conforto e que vivera assim até encontrar sua alma em conflito. Sua transformação é lenta mas necessária, é incrível como o ritmo da obra se contrasta com a vida de Pereira e nos surpreende com sua mudança súbita com o final eletrizante e muito importante. É uma leitura de consciência, uma lição de cultura e história sem necessariamente focar nesses pontos; todos um dia deveriam apreciar esse livro e entender a importância de se posicionar, digo, de afirmar.

inasantos 02/09/2020

Tão atual quando na década de 1930
O livro se passa em Lisboa, na década de 1930, durante o regime de Salazar. Pereira, o protagonista principal é um jornalista que passa por uma mudança pessoal com relação à política, diria até uma transformação.
A história narrada muito se assemelha com os dias atuais e vale a pena a leitura!

Sarinha 02/09/2020

Não consegui me conectar muito com o livro, achei ele muito repetitivo e monótono até pouco depois da metade, que me deixaram com a sensação constante de que o livro ainda não tinha começado e que as coisas ainda estavam prestes a acontecer. Em contrapartida, é fácil se afeiçoar pelo Pereira, o final é interessante e a narrativa é original. Não é um livro que eu tenho pretensão de reler algum dia.

Andrea 02/09/2020

Afirmo que vale a pena ler
A história ocorre em Agosto, em pleno verão Europeu. A cidade é Lisboa e o ano 1938. Pereira é um jornalista formado na universidade de Coimbra, viúvo, perdeu sua esposa para a tuberculose e nunca mais se envolveu com nenhuma outra mulher. Durante 30 anos escreveu nas páginas policiais, mas atualmente é o diretor e único responsável pela página cultural de um jornal católico.


Tudo muda ao ler um artigo sobre a morte do recém formado Monteiro Rossi. Pereira que tinha uma fixação sobre não acreditar na ressureição da carne vê no rapaz um possível estagiário para auxilia-lo a antecipar os necrológicos para os grandes escritores da época, afinal, em tempos de guerra, elas poderiam ocorrer a qualquer momento.


Afirma Pereira tem o próprio escritor como narrador, misturando um personagem que passou a visita-lo com um jornalista que ele conhecia, surgiu a figura de Pereira, que lhe conta suas desventuras em um mês muito quente, em um país que fica na Europa e não se sente parte dela, e sobre uma ditadura que passa despercebida aos mais desligados. Por isso a nota do autor, que foi publicada no Il Gazzettino em 1994 é uma espécie de complemento e preparação do que irá vir.


Afirma Pereira é um livro ao mesmo tempo intenso e rápido de ler. Os fatos provocam a necessidade de ir devorando as páginas, ao mesmo tempo que a curiosidade impulsiona para descobrir as respostas junto com Pereira. Conforme a tensão pelo perigo vai tomando conta da história, até ela termina de forma arrebatadora e surpreendente.

Resenha completa no blog:
http://literamandoliteraturando.blogspot.com/2020/08/afirma-pereira.html?m=1

Lara 01/09/2020

leitura rápida e prazeirosa. uma história ambientada em um período conturbado da história política de portugal mas pelo ponto de vista de um sujeito muito peculiar. me senti como se estivesse ouvindo a história de um avô relatando um episódio da juventude. muito agradável de ler, apesar de o final ter deixado um pouco a desejar, na minha opinião

BETA 31/08/2020

Devagar
Livro bem lento, que surpreendeu positivamente no final, mas haja paciência viu.

Selennie 31/08/2020

Fluído e gostoso, apesar dos temas
Afirmaram uma vez que era bom ter cuidado com Fernando Veríssimo, porque faz temas sérios parecerem leves. Pois então é bom ter cuidado com "Afirma Pereira". Apesar de tratar de opressão, arrependimento e despertar para a realidade cruel, o livro é muito fluído e simpático, quase engraçado, afirma Beatriz.