Gabriel Seixas 21/12/2020
Em algum nível, somos todos Severinos
Mais uma obra clássica da literatura Brasileira que leio nesse ano. Viajar para uma época e lugar distantes da nossa realidade é um exercício de empatia muito grande. Ainda mais depois que a gente começa a pesquisar mais sobre a obra, sobre o autor, sobre o contexto em que foi escrito e quais suas circunstâncias. Isso ajuda a entender um pouco mais do que é expressado, muito além do que analisar a escrita, o enredo, as concordâncias...
“Morte e Vida Severina é um livro de poema regionalista e modernista do escritor brasileiro João Cabral de Melo Neto, escrito entre 1954 e 1955 e publicado em 1955. A obra narra o sofrimento enfrentado por Severino apresentando um poema dramático que relata a dura trajetória de um migrante sertanejo (retirante) em busca de uma vida mais fácil e favorável na capital pernambucana.”
Acredito que mesmo depois de quase 50 anos muito do que foi retratado pelo João ainda aconteça. A forma como ele traz a realidade é única, através da sua poesia e do processo fluído de caminhada de Severino. A voz dele vai se misturando com a voz de muitos outros Severinos e nos leva por vários momentos a nos colocar no lugar dele, mesmo distantes fisicamente. É isso também que faz essa obra ser um clássico, atemporal e imersivo. Cada um com a sua caminhada, encontrando nossos semelhantes pelos caminhos.
Essa obra é tão lida que existem várias resenhas, análises e inclusive um filme de animação 3D feito pelo cartunista Miguel Falcão. Procure por “Morte e Vida Severina em Desenho Animado – Completo” no YouTube.
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