O Morro dos Ventos Uivantes

O Morro dos Ventos Uivantes Emily Brontë




Resenhas - O Morro Dos Ventos Uivantes


9354 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


spoiler visualizar
comentários(0)comente



luncury 10/11/2024

Só não é a sétima desgraça capital porque é a primeira
Eu procrastinei bastante para escrever sobre esse livro porque acho que mensurar o que senti lendo esse livro, não vou conseguir nem em 80 páginas em pdf o quanto senti em um dia (Heathcliff reverence).
A parte que mais me cativa (no sentindo do ódio), é o fato de Catharine preferir viver o conforto de uma vida de alta classe ao ter que viver com um amor ao lado de Heathcliff. Diz muito sobre como ela subestima os sentimentos, e ao invés de preferir eles, prefere escolher a si própria e a ganância de seus caprichos.
Esse livro foi o que sempre desejei ler em um livro de romance. Eu simplesmente sou apaixonada pela forma como gradativamente os personagens (Chatharine cof cof) se perdem nas próprias emoções e só as reconhece como válidas após anos as ignorando, como Heathcliff. Não tem um motivo exato pra ele ser o diabo encarnado em muitas vidas, mas os faz por puro ódio e vingança.
Amo também como esse livro me faz sentir a dualidade de amor e ódio com Heathcliff, me fez questionar até o meu senso de moral (que já não é muito inclinado para o certo), por passar metade do livro odiando as atitudes dele com a Caty, mas quando chega aquela parte do quatro, me debulhar em lágrimas por ele não a esquecer nem por um dia.
A verdadeira guerreira dessa história é a Nelly, isso ninguém pode negar. A coitada foi a única (e o Joe), da geração do satánas a burlar a morte e continuar intacta. Além de negar qualquer envolvimento com a história (aquela ali manipulou o universo mais que o Dr. estranho em uma segunda feira), ela aguento a birra de duas Catharine's
Mas realmente não tenho muito o que dizer sobre esse livro por falta de tempo. Ele é tudo que vai contra os cliches de amor e saudade, honestidade e ética. Não é à toa que foi um burburinho na época que lançou e revolucionou os romances posteriores. Jamaia irei recomendar esse livro para aqueles que esperam não mudar após ele, porque certamente você pelo menor irá mudar a mentalidade do que é o amor e o tanto que ações em relacionamentos jamais chegarão aos pés do que foi o romance de Catharine e Heathcliff, que mesmo após a morte, eles permaneceram juntos. Aqueles dali nem com reza braba pra separar.

Passei um sufoco lendo, me forcei muitas vezes a ler e ainda fiquei apaixonada pela forma de escrita. Senti ódio, aflição, alegria, frio na barriga, surpresa e, principalmente, ódio. Diria que esse livro caiu do céu, mas é bem mais capaz de ter saído diretamente de baixo das terras do inferno que é da onde teve grande fonte de inspiração. Dito isto, um cinco sem peso na consciência.
comentários(0)comente



Patchu 10/11/2024

Decepcionada
É um clássico, tanta gente fala bem, virou até filme. A escritora sabe prender a atenção, este é o único mérito do livro. Embora eu tenha DETESTADO cada um dos personagens, quis mesmo ler o livro até o fim. O fim pelo menos dá um alívio, uma conclusão satisfatória. Mas ainda assim, nunca li um livro no qual eu não tenha conseguido nem simpatizar com nenhum dos personagens, como aconteceu com este.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Emilly2170 10/11/2024minha estante
Como você conseguiu descrever exatamente o que eu senti ao ler esse livro? Amei sua resenha ??


stezinha. 10/11/2024minha estante
ai, obrigada ???




Dai 10/11/2024

Literatura de época
Sempre gostei de literatura de época, embora seja necessário ressaltar que a cultura da época é muito diferente da atual, neste caso, por exemplo, o racismo, que fica bem explícito no personagem de Heathcliff. Vale ressaltar que a autora teve muito sucesso na criação da personagem, onde vê -se que a intenção era representá-lo da forma mais odiosa possível.
Gostei muito do final.
comentários(0)comente



Emilly2170 09/11/2024

Que final foi esse?! "O Morro dos Ventos Uivantes" é, sem dúvida, um dos livros com o enredo mais bem construído que já li. A intensidade da história e a complexidade das emoções envolvidas deixam uma marca profunda. É impressionante como podemos tirar tantas lições da obra, mesmo que, às vezes, eu não saiba dizer se amei ou não gostei. A vingança e o ódio permeiam cada página, juntamente com o amor obsessivo e, confesso que isso me incomodou um pouco ? talvez seja exatamente essa a essência do livro. Talvez, se me incomoda, é porque ainda não a compreendi completamente ou porque a história não é do meu gênero favorito. Mas uma coisa é certa: o livro não é ruim. Pelo contrário, é simplesmente maravilhoso, apesar dos meus caprichos pessoais.
comentários(0)comente



Nicolas576 09/11/2024

N entendi nada





















































































Enfim... Clássicos né.
comentários(0)comente



letresenhas 07/11/2024

Wuthering Heights - Kate Bush
Meu romance que não é romance favorito, sem dúvidas! Esse livro é sempre uma SURPRESA, relendo pela terceira vez, compreendo muito mais a complexidade das relações e a destrutividade da vingança. Esse livro é um estudo fascinante sobre o amor, o ódio e a redenção.

Não consigo falar desse livro sem falar de Hareton Earnshaw? Simplesmente meu personagem favorito, ele foi tão injustiçado. Ele nunca soube que houve alguém que o amou de verdade antes da Catherine e que havia uma família que poderia tê-lo amado muito mais, ele é o personagem mais leal que eu já conheci. E, nesse contexto, o pagamento por pecados herdados é algo que se apresenta quase de forma bíblica já que o antigo testamento é bem claro sobre heranças do pecado e maldições hereditárias , como em Êxodo 20:5, onde está o fato de que os filhos escolherão repetir os pecados de seus pais. Realmente, é genial, falaria sobre isso por horas!

Não é à toa que Hareton é o único personagem além de Catherine que Heathcliff não odeia, em mais de uma passagem ele nos diz o quanto Hareton o lembra de sua amada ao invés de lembrar o seu pior inimigo e como isso faz com que ele queira desistir dos seus planos de vingança e, talvez, seja porque ele sente que está fazendo mal à própria Catherine. É muito complexa a relação dos dois, o que torna Hareton um personagem ainda mais importante e me faz criar um amor muito profundo por ele. Ele que é o único que realmente não se deixou consumir pela vingança e tudo que queria era ser amado, aceito e consumir um pouco de cultura e conhecimento. Único que realmente valorizava as coisas boas da vida mesmo que houvesse muita brutalidade na sua criação e personalidade.

Nisso, a violência de Heathcliff, me lembra muito a obra "Agnus" de Konstantin Korobov (2022), onde um lobo reluta em participar da violência, mas ainda assim, está lá causando mal a ovelha que é inocente e representa a pureza. Essa imagem, pra mim, reflete a dualidade de Heathcliff, que, embora seja capaz de crueldade, também é consumido por uma profunda tristeza e dor. Sua violência foi por muito tempo um escudo para esconder a vulnerabilidade e depois se tornou algo concreto e enraizado de fato até que chegamos a sua ?redenção? e profundidade existencial. Talvez por isso eu não consiga odiá-lo (nunca me farão te odiar, Heathcliff).

Nessa história, até onde existia amor parecia não haver afeto, Heathcliff e Catherine compartilham um amor intenso, acredito que obsessão se encaixe até melhor, mas também são cercados por uma atmosfera de maldade e ressentimento. Catherine é uma personagem complexa, que não pode ser simplesmente odiada ou amada, eu vejo tantas pessoas criticando ela, mas tudo que consigo enxergar é uma menina negligenciada a vida inteira que não tinha afeto de ninguém além de Heathcliff e buscou a segurança de um casamento. Sua personalidade é multifacetada, e a relação com Heathcliff foi marcada por uma intensidade obsessiva.

No entanto, é a impossibilidade de seu amor que torna Catherine odiosa em diversos momentos. Ela sabe que não pode estar com Heathcliff, que se transformou em alguém carcomido pela vingança e pela dor. Taylor Swift escreveu ?I can fix him (no, really, I can)? para ela!?

Por outro lado, a narradora, Nelly Dean, oferece uma visão limitada sobre a relação entre Heathcliff e Catherine. No início, ela parece não entender a profundidade do amor (ou obsessão doentia) entre eles, vendo apenas a maldade e a violência. No entanto, à medida que a história se desenrola, percebemos que Nelly é uma testemunha envolvida, com suas próprias opiniões e preconceitos o que traz algumas dúvidas, mas também instiga o leitor a pescar todos os detalhes possíveis para chegar a uma versão mais sólida.

Além disso, penso que a citação de "Island of Dogs" - "Eu não sou um cachorro violento, eu não sei por que eu mordo" - reflete perfeitamente a vida de Heathcliff. Ele é um homem consumido pela raiva e pela vingança como dito anteriormente, mas também foi apenas um garoto que nunca entendeu de onde vinha sua própria maldade. O racismo explícito e as questões sobre sua origem são as coisas mais fascinantes nesta obra que teve coragem de expor um cenário muito real e que ninguém ousava descrever na época em que foi feita. Na minha visão, a violência era um reflexo da dor e da solidão que sentia para além do simples ódio cultivado e motivado.

Enfim, "Morro dos Ventos Uivantes" é uma obra atemporal que sempre vai ser muito querida para mim, a relação entre Heathcliff e Catherine é algo que vai muito além da simples raiva ou melancolia. Até o cenário reflete o estado mental dos personagens. A narrativa é emocionante e perturbadora e nos faz questionar sobre a natureza do amor e a maldição de gerações anteriores. Nenhum dos personagens da 2ª geração possuíam qualquer culpa na história e todos eles tiveram um destino horrível, a maldição hereditária me faz pensar muito sobre como os nossos antepassados refletem nas dores presentes.
Rodrigo1185 08/11/2024minha estante
Que resenha maravilhosa, Letícia! Nossa, você fazer referência ao antigo testamento me fez associar muita coisa! E com todas as referências do Joseph aos ensinamentos bíblicos não sei como não parei para pensar antes na relação da bíblia com essa história.

Estava pensando no Wuthering heights (o local) como uma espécie de Éden invertido, não um lugar perfeito e maravilhoso, mas onde Heathcliff e Catherine encontraram amor um no outro e beleza, como nas narrações da Catherine sobre a natureza em Heights nos momentos de delírio dela. Eles eram quase equivalentes a Adão e Eva nesse "Éden" infernal e que escolheram sair ao invés de serem banidos, mas sempre almejavam voltar para esse "paraíso" perdido.

Aqui entra o primeiro Sr. Earnshaw como o Deus justo e criador e vemos Hindley (o filho mais velho e ciumento) encarnar o papel de Lúcifer, Adão (O filho amado, como Heatcliff) e Eva ou Lilith (Catherine, a filha que o pai acreditava que iria se arrepender pelo nascimento dela. A mulher indomável).
Hindley e Heathcliff também encarnam Caim e Abel, e acho que seus filhos herdam esses papéis de forma trocada depois.

Depois vemos Hindley assumir esse lugar de Deus, apresentando a figura de um Deus demiurgo, um Deus que não é o criador, mas que assume o domínio da criação (como algumas culturas acreditam), papel que também será executado por Heathcliff que se torna a sua maneira uma versão do Deus do antigo testamento onsciente, punitivo e um total soberano no microcosmo composto por Wuthering e Granje.

O próprio Heathcliff faz papel de Adão, Lúcifer e Deus em diferentes pontos da obra. Agora estou ansioso por ler Paraíso perdido kkk


letresenhas 08/11/2024minha estante
Nossa Rodrigo, que leitura sensacional. Eu associei muito as maldições hereditárias ditas na Bíblia com as histórias apresentadas, até porque pelo contexto em que o livro foi escrito eu associei rapidamente com o antigo testamento.

Realmente, sua análise sobre os personagens representarem o jardim do Éden tudo isso é muito interessante e me deixou muito feliz por saber que eu não fui a única que entrou nessa. Acho que pra mim o lugar é quase como um reflexo de como os personagens se sentiam, enquanto na segunda parte do livro nós temos a Catherine filha vivendo com o seu pai e descrevendo aquela área em que ela vivia como solar, verde e cheia de vida. Temos o próprio morro dos vasos uivantes como um lugar muito sombrio, escuro e de muita tristeza. Eu acredito que a dualidade dos personagens é refletida até mesmo nesses pequenos detalhes da ambientação


Rodrigo1185 08/11/2024minha estante
Eu não teria pensado em nada disso tão cedo se não tivesse lido sua resenha. Veio tudo instantaneamente kkk

Sim, existe uma ligação muito forte entre os personagem e os locais, então acho bem possível que seu estado de espírito reflita no lugar ou como o lugar é percebido. A Catherine mesmo enquanto viva parece ter uma ligação quase sobrenatural com o lugar, o que influencia muito já atmosfera da leitura. Ainda estou na metade da releitura, mas estou adorando reviver essa experiência. Estou ansioso pra ver de novo mais do Hareton no restante do livro.

E obrigado pela resenha, fez toda a diferença para a minha experiência ?




steh.alencar 07/11/2024

Quando algumas pessoas/resenhas diziam que "ou você ama ou você odeia esse livro", achava que era exagero. Porém, ao terminar o leitura, entendo agora esse misto de emoções e considerações. Ainda não sei se realmente gostei da história em si, mas fiquei admirada pela escrita, ambientação e construção dos personagens. Emily Brontë escreve muito bem e conseguiu construir personagens muito complexos, com sentimentos e pensamentos difíceis e profundos, provocando o leitor através dos acontecimentos. É um livro que precisa ser lido para poder emitir uma opinião sincera sobre a história, mas podemos afirmar que a escrita dela envolve durante todas as páginas.
comentários(0)comente



bia 07/11/2024

Isso que é um legitimo dark romance...
Desde o início a leitura fluiu muito pra mim e me interessei bastante pela historia mesmo já sabendo o que iria acontecer.
É uma narrativa carregada de melancolia e sentimentos conflitantes, e eu amei o fato dos protagonistas serem reais e imperfeitos(todo mundo maluco).
Ouso dizer que talvez seja a coisa mais romântica que eu já li.

"Ele nunca saberá como eu o amo; e não é por ele ser bonito, Nelly, mas por ser mais parecido comigo do que eu própria. Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais."
comentários(0)comente



babsismore 06/11/2024

Um clássico né mores
Acho que qualquer coisa que eu falar pra vocês sobre esse livro vai acabar sendo redundante... Emily Brontë você sempre será relevante, obrigada por ser tão peituda e publicar essa obra prima, um clássico gótico do 🤬 #$%!& !
comentários(0)comente



Amanda2038 06/11/2024

Romance gótico de qualidade, a complexidade dos personagens é muito interessante, tem misandria ao longo de todo o texto e romances frustrados pra todo lado
comentários(0)comente



nikmarschall 06/11/2024

Heathcliff, it's me, Cathy, I've come home
Gostei da leitura apesar de ser meu primeiro contato com o mundo dos clássicos,mas a partir do momento que o Linton entra em cena eu comecei a ler arrastado,de resto foi uma história de amor obsessivo boa de se ler
comentários(0)comente



Letícia.fontinele 06/11/2024

Livro para mulheres sofridas
Só destrói mesmo não tem muita coisa mais que isso não, todos os personagens são falhos e por isso o livro é tão vivo. Você termina meio sem saber o que fazer agora
comentários(0)comente



ssophianogueira 06/11/2024

S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L
Confesso que comecei essa leitura sem muitas expectativas. Acreditava que seria algo maçante de se ler e encontraria dificuldades no percurso, mas não poderia estar mais enganada.
Ao longo da história nós acompanhamos o Sr. Lockwood o qual por acaso se aloja em uma propriedade no interior da Inglaterra. O mesmo é levado ocasionalmente a conhecer seu locador, o temível Heathcliff. Ao visitar a propriedade de Wuthering Heights onde seu senhorio reside se depara com uma hospitalidade hóstil que o intriga no início do romance e gera vários questionamentos, os quais são esclarecidos pela ?quase onipresente? Ellen Dean.
A partir desse ponto o leitor é convidado a explorar o passado violento e macabro dos moradores daquela residência, que desencadeia um romance intenso e sombrio com que dar asas ao restante da narrativa.
O Morro dos Ventos Uivantes é uma obra prima escrita por Emily Brontë, esculpida de forma minuciosa a fim de nos intrigar com uma beleza emergente de um terrível cenário de horror oferecido pela autora. Aborda um romance que nos assombra por sua intensidade sobre-humana, originado de um passado que apenas é possível compreender ao ler a história.
A partir do meu ponto de vista pessoal posso dizer que foi um dos romances mais bem escrito e com uma narrativa rica e detalhada que já li. O encanto e aversão que alguns personagens produzem simultaneamente em mim é algo raro de se experimentar e que só a Emily Brontë pôde me proporcionar de forma tão espetacular e prazerosa. Feito por uma mulher em uma época na qual a escrita feminina era amplamente desvalorizada, posso dizer que esse foi o MELHOR livro que já li em toda a minha vida.
comentários(0)comente



9354 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR