Poeta chileno

Poeta chileno Alejandro Zambra




Resenhas - Poeta chileno


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Laura 18/11/2024

Alejandro zambra x milan kundera
Gostei muito da escrita do alejandro, o narrador é muito ironico e metalinguistico e eu acho isso muito engracado e divertido de ler. A escrita e a forma que foi narrado me lembrou ?a insustentavel leveza do ser? apesar de eu nunca ver ninguem comparar essas duas obras. até a forma que os narradores abordam sobre cocô e o ato de defecar. muito engracado. muito cru.
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Carol 17/11/2024

Poetas e poesia como companhia
é lindo como zambra pega dois personagens comuns em uma história comum e consegue nos cativar de um jeito surpreendente!

simplemente adorei! um livro que me acompanha a meses porque não conseguia sentar e terminá-lo. uma leitura de gole em gole, mas que me fez muito feliz.

gonzalo e vicente foram otimas companhias nesses meses.
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Amanda2788 15/09/2024

Interessante sem grandes empolgações
O livro é interessante e muitas vezes engraçado, porém tem alguns momentos entediantes que não empolgam tanto a leitura. Mas a relação dos personagens (Gonzalo e Vicente) é muito bonita, apesar de todas as interferências ao longo da vida. Fiquei um pouco frustrada com o final!
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Rafael Carneiro 06/09/2024

Leitura deliciosa
Um livro delicioso, que confirma a maravilha que é a escrita de Zambra. "Poeta Chileno" faz você navegar de maneira prazerosa por toda a história e faz com que a gente não queira que o livro termine. Há somente uma parte que eu acho que a leitura fica um pouco arrastada, que é quando a Pru está entrevistando os poetas. Passado isso, o ritmo de leitura volta ao normal. Já estou com saudades de Gonzalo e Vicente. Recomendo demais este livro! (less)
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Bia 31/08/2024

Poeta chileno, de alejandro zambra
Demorei uma vida pra finalizar esse livro, cansei dele no meio do caminho e parecia que eu nunca iria terminá-lo. achei que só a partir dos 70% que ele foi o livro impecável que eu estava esperando encontrar quando comecei a ler, o único problema é que quando enjoei dele estava ainda nos 35% ?

talvez o meu problema tenha sido criar a expectativa. nunca criem expectativas, criem codornas.
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Laryana.Victorino 21/08/2024

Incrível! me diverti muito com o livro, tanto pela história em si, como pelos personagens, foi muito legal também conhecer muitos itens da cultura chilena
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Mari 20/08/2024

Chile em seu absoluto
O livro poeta chileno, não é uma história com começo, meio e fim, e sim uma amostra compartilhada com o público, quase que por uma lupa, dos detalhes da vida de uma familia cotidiana chilena por algumas gerações. Não é uma história em que o amor romântico irá te desconcertar e vencerá todos os obstáculos, e sim, uma história que irá fazer você sentir o cheiro e a cor de todas as ruas coloridas chilenas, trazendo quase que a sensação exata de apreciar as cordilheiras ao redor da cidade. É um livro que te insere no universo dos bares de poesia das ruas mais devassas de Santiago, com o gosto do pizco sour e o barulho causado pelo acento tão característico chileno nas tão presentes discussões literárias do romance. É um livro que te mostra que nem
sempre as relações são duradouras, mas que o amor de uma mãe por um filho, ou de um filho por uma gata chamada osbicuridad, ou de um jovem adulto chileno apaixonado por uma estrangeira misteriosa podem ser tão poderosos e ao mesmo tempo tão cotidianos que a vida de todos a volta segue a mesma.
O verdadeiro poeta chileno não é o autor mais premiado, nem o artista mais conhecido e muito menos um segundo Pablo Neruda. O verdadeiro poeta chileno pode ser um engenheiro, o filho de alguém, ou um andarilho pelo Atacama, porque ser um poeta chileno não é sobre suas conquistas e obras, e sim sobre a forma e a ternura que você vê o mundo a sua volta.
Eu tive a sorte de conhecer um poeta chileno.
ajota.s 16/10/2024minha estante
linda resenha!




Lili 18/08/2024

Acho que tava enrolando pra não terminar esse livro, tava totalmente apegada com todos os personagens. É um livro engraçado, mas muito bonito. Agora que quero uma gata preta pra colocar o nome de Oscuridad
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onlyari 13/08/2024

Emocionante, profundo, especial.
Este livro é uma preciosidade: raro, emocionante, e muito especial. Tenho um apego às histórias latino-americanas, mas todas as nuances que Alejandro Zambra adicionou a esse romance o elevaram a outro patamar. Não é apenas sobre os poetas chilenos, nem somente sobre a história de um padrasto e seu enteado; é sobre encontros, desencontros, culpa, medo e como essa "amizade" cultivada por esses dois personagens mudou e moldou suas personalidades para sempre.

p.s: A curadoria dos poemas inseridos e a indicação de todos os poetas chilenos são riquíssimas, um show à parte.
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amanda 05/08/2024

Eu tenho um livro favorito
Quando me perguntavam "qual é seu livro favorito?" eu achava muito difícil de responder, precisava pensar muito e acabava soltando o nome de um livro que eu li e amei, mas nunca senti que tinha ou teria um favorito. De um tempo cá isso mudou, e poeta chileno faz parte da minha lista de grandes e avassaladoras paixões literárias.
Fico com lágrimas nos olhos só de pensar que o Alejandro Zambra foi tocado pelos deuses da literatura e escreveu essa obra e por um acaso (peguei uma matéria eletiva na faculdade e uma colega de turma pesquisava a obra) acabei descobrindo esse romance e decidi comprar, mais porque achei a capa bonita confesso.
Poeta chileno é sobre o amor, sobre as diversas formas de amar e expressar o amor, sobre as diversas formas de constituir família, é sobre literatura, escrita, as paixões que deixamos pra trás, sobre como nossos erros afetam outras vidas, sobre escrever, sobre ler... o que o Zambra faz com as palavras é lindo, ele arranca risadas muito inesperadas e lágrimas mais inesperadas ainda.
Não canso de declarar meu amor por poeta chileno, estou apaixonada.

"Os três sempre falavam com o gato, o gato não é falar sozinho. E os três distinguiam perfeitamente quando os demais estavam falando sozinhos, e nem mesmo surgiam mal-entendidos, nem mesmo era necessário que alguém esclarecesse que estava falando sozinho. E talvez seja a isso que se refere quando se fala de famílias felizes."
e1967p 11/08/2024minha estante
tô querendo muito ler esse aí




Luiz Fernando 03/08/2024

Potente e crescente
Com uma escrita brilhante, as vezes obscena, as vezes cômica, muitas vezes desproposital mas que aos poucos vai construindo uma história que se amarra perfeitamente ao fim.
O livro cresce e cresce até seu ápice no final.
Para mim, foi lindo e emocionante, me remeteu vezes ao meu pai, outras ao meu amigo íntimo.
Alejandro tem o dom da palavra
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Lilian 02/08/2024

Literatura
Adoro a forma como o Zambra escreve, a maneira como ele usa as palavras, os recursos linguísticos. Isso vale mais pra mim do que a história contada.
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Stella F.. 24/07/2024

Cotidiano de todos nós com muita poesia e um humor interessante
Poeta chileno
Alejandro Zambra - 2021 / 432 páginas - Companhia das Letras

Logo no início da narrativa encontramos uma escrita bem-humorada, sutil e irônica, que diferente da grande maioria de livros “engraçados”, me fez rir de maneira leve, sem ser exagerado e forçado.

Conhecemos o casal Carla e Gonzalo, que enquanto namoram, estão explorando suas vidas sexuais de jovens junto com a poesia que Gonzalo tenta escrever.

Carla e Gonzalo namoram por um tempo, descobrindo seus corpos, mas Gonzalo fica sabendo que ela foi a uma festa e acabou beijando um rapaz. Tenta perdoá-la, mas a relação deles esfria e ele fica em choque quando ela termina com ele.

Nove anos mais tarde, se reencontram e ele insiste em falar com ela, que nem quer saber dele, mas acabam indo para o banheiro dos fundos do bar, e transam muito. De lá transam em vários lugares. Agora seus corpos se encaixam melhor, diferente de antes, quando se sentiam estranhos juntos. Ela não quer compromisso. Ele percebe que o corpo dela mudou, e que talvez nesse meio tempo, possa ter tido um filho. Ele curioso pergunta, e ela mente que é uma menina. Não trocam os números de telefone, mas ele acaba descobrindo que ela ainda mora na mesma casa. Eles começam a se relacionar mais e de um dia para o outro, estão morando juntos. Gonzalo então descobre Vicente, filho de Carla. Gonzalo faz de tudo para se dar bem com o menino, e Vicente gosta muito dele, só não entende por que aquele rapaz dorme todo dia na casa da mãe. Agora o casal tem que achar um jeito de transar em outros lugares. Gonzalo decide que o pai de Vicente deve ser mais presente, e ao conhecê-lo não gosta dele.

Carla passa a ajudar ao pai dela no escritório dele, e resolve voltar a estudar. Decide ao invés de voltar para Psicologia, se dedicar à fotografia, e Gonzalo fica cada vez mais com Vicente. Ele brinca com o menino, leva para passear, lê histórias, faz suas vontades, ajuda nos exercícios de casa, conta piadas, ou seja, é quase um pai, mas ainda não se designa padrasto.

O pano de fundo da narrativa é a poesia, a poesia que Gonzalo tenta melhorar, mas sempre acha que não é bom. Na realidade ele quer fazer sua poesia, ser reconhecido, mas já não quer se comparar com Fernando Pessoa, nem outros grandes poetas chilenos. Enquanto isso Gonzalo dá aulas em cursinhos pré-vestibulares e aulas de literatura. Na última briga do casal Gonzalo, sem querer, confessa que Vicente estava no banco da frente e leva um sermão de Carla, porque ela o proibiu de fazer isso.

"Durante as semanas seguintes, começou a ser escrito, com um grafite feito de passeios no parque e sorvetes de pistache, um rascunho de família, mas nenhum dos dois tinha certeza se aquele rascunho poderia se transformar num livro." (pg. 67)

Gonzalo e Carla, à sua maneira, eram um casal. Até que um dia Gonzalo chega com a notícia de que irão para os Estados Unidos. Ela não gosta da ideia, mas gosta menos porque ele não comentou nada com ela, não houve um troca essencial no relacionamento. Ele já havia deixado de comentar antes, que estava escrevendo um livro. Ela ficou interessada, mas ele não estava muito seguro de que era um bom livro, e acabou lendo para ela alguns poemas de outros poetas, que ela não tinha como reconhecer, porque não lia poesia. Carla acaba o expulsando de casa, e ele fica em um quartinho da casa, até que vai definitivamente embora com seus livros. Vicente fica bastante triste, e não sabe mais como tratar o padrasto ou ex-padastro.

Carla e Gonzalo somem da narrativa por um tempo e eu sinto falta deles. Já estava gostando tanto dos personagens!

O tempo passa e Vicente vai crescendo e tentando se encontrar e entender do que gosta. Resolveu tomar posse do quartinho e acabou encontrando um jeito de habitá-lo. Primeiro tirou tudo do lugar, depois colocou de novo as estantes com livros bons e ruins, e revistas. Mais tarde decidiu que só iria colocar livros bons. (Há toda uma discussão no livro sobre o que é bom e ruim). Conhece sua primeira namorada, e ela acaba se instalando no quartinho e dando opiniões sobre os livros. Vicente, que não pensava ser poeta, em determinado momento, resolve tentar. Gonzalo manda e-mails para ele, mas Vicente não os responde, não sabe o que falar. Vicente agora tem mais tempo com o pai León, mas continua achando ele um fracassado, apesar de agora ele dizer que tudo estava correndo bem. Vicente agora está com a questão de fazer o vestibular. Ele quer adiar, diz que é muito novo, que não sabe o que quer, mas os pais não gostam da ideia. Vicente agora tem 18 anos. Um dia ele conhece Pru, uma americana de 30 anos, que caiu no Chile por acaso, e está em Santiago para fazer uma reportagem. Chega ao Chile arrasada, após terminar com um namorado e depois se apaixonar por uma amiga que a abandona com as passagens compradas. Conhece Vicente e gosta muito dele. Somos apresentados a um amigo de Vicente, Pato, que é poeta. Já é um pouco reconhecido no meio, mas é pedante, e está sempre excluindo Vicent.

Pru chegou ao Chile para fazer uma determinada reportagem, mas não deu certo. Agora, sem assunto imediato, tem observado que a poesia é quase uma entidade no país e resolve que vai ser esse o seu assunto de pesquisa para a revista. São muitos os poetas, de todos os tipos e idades. Pato cita os nomes de muitos poetas, mas Vicente é mais tranquilo, ainda não se estabeleceu como poeta propriamente, apesar de escrever de vez em quando. E Vicente vai ajudá-la no processo de pesquisa para a reportagem. Pru acaba se instalando no quartinho de Vicente, e aos poucos está entrevistando poetas jovens, que estão começando na cena poética. As entrevistas são anotadas em um caderno à parte. Carla reaparece, agora prestando atenção em Pru e o interesse que Vicente tem por ela. Todos estão ansiosos pela matéria e vaidosos pensando que sairão nela, mas nem todos são agraciados, alguns aparecem e ficam felizes e outros não, criticando a jornalista. Carla descobre o amor de Vicente, e após as entrevistas pede à Pru que vá embora enquanto Vicente, que fugiu por ciúmes, está viajando. Pru deixa uma carta de despedida. Vicente retorna de viagem e começa a escrever mais, principalmente poemas inspirados no amor pela jornalista. Aqui a poesia estará mais presente, com poetas de todos os tipos, com suas peculiaridades e perspectivas de escrever. Há muitas referências e citações de grandes poetas chilenos, e apesar de antes a poesia já fazer parte da narrativa, aqui vai estar presente o tempo todo, como um personagem. Essa parte em particular (terceira parte) achei mais arrastada. Não que não seja boa, mas achei muito extensa, e a minha falta de conhecimento de poetas, livros e músicas que são citados, engrandece a obra, mas dificultou um pouco a minha leitura, mas não o meu entendimento da trama.

Na quarta parte Gonzalo retorna à trama e descobrimos que seu livro de poesia não vingou, que ele desistiu de ser poeta. Mas quem escreveu um livro de poesia, nunca deixa de ser poeta. Gonzalo se torna um ótimo professor, muito querido, e muito sábio. Vicente é convidado a trabalhar em uma livraria, e numa tarde Vicente e Gonzalo se reencontram depois de muitos anos. Ficam muito sem graça, mas aos poucos vão conversando, não sabem como se tratar, mas vão caminhando e passam o dia todo sem querer deixar um ao outro. Vicente diz que leu o livro de Gonzalo, mas que gostou apenas da poesia sobre o cemitério, e o questiona se é sobre ele e Gonzalo esclarece. Essa parte é toda bonita! O encontro deles é cativante, emocionante, de um ex-enteado e um ex-padrasto, que eram amigos, e agora se descobrem amigos novamente. Mas como diz o autor/narrador, será que continuarão se vendo, ou só naquele dia? A vida dirá e não ficaremos sabendo, mas já torcemos para isso, por ser um encontro tão raro, de duas pessoas que a princípio não são da mesma família, mas tem empatia um pelo outro, os mesmos gostos, e Vicente, querendo ou não, herdou esse gosto pela poesia sem se dar conta. Gonzalo convida a Vicente para ir a uma de suas aulas. Ele assiste e adora.

Achei o livro uma delícia de ler, bem-humorado, poético, bonito, simples, mas também desafiador em termos de referências que descobri que não tenho e que preciso sanar, e que vai nos falar do cotidiano, que não existe uma fórmula, qualquer evento pode ser fatal para um relacionamento terminar ou começar. Um encontro entre pessoas, que podem estar ou não dispostas a ficarem juntas, apesar dos erros e das diferenças. Recomendo!





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