Germinal

Germinal Émile Zola




Resenhas - Germinal


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Denise Ximenes 19/12/2021

Adorei!
Um livro pertinente àqueles que amam analisar as condições de trabalho e as injustiças sociais.

Semelhante ao enredo do filme O Poço, e inspirado no Manifesto Comunista, de Marx, Germinal é um romance que conta a saga da sobrevivência de trabalhadores em minas de carvão, na França do final do séc. XIX.

Falta de ar é a principal reação física do leitor desse enredo, que é considerado o embrião do período literário chamado Naturalismo.

Indignação contra as desigualdades sociais foi o que motivou o autor. "Naquela resignação secular, surgia uma mudança: a certeza de que a injustiça não poderia durar para sempre."

A força do capital é atacada de forma veemente por Étienne, o protagonista. Ele queria glorificar aqueles operários, cujo cheiro de miséria o incomodava: eram a única força que poderia revigorar a humanidade.

Incitação à greve e à reação dos oprimidos, a leitura dessa obra é essencial para o nosso pensamento crítico e nos leva a entender um pouco mais autores como Aluísio Azevedo e Eça de Queiroz.

Bem interessante!
Joao 19/12/2021minha estante
Já tá na minha meta de leitura para o próximo ano. E bela resenha, Denise!


Maria 20/06/2022minha estante
Por que perdeu uma estrela? :P Zola gênio!




Breno 06/12/2021

"Decididamente, tudo se estragava quando havia luta pelo poder"

"Se era necessário que uma classe fosse devorada, não seria o povo, cheio de vida, jovem ainda, quem iria devorar a burguesia, exausta de tantos prazeres? Com sangue novo se faria a sociedade nova. E, nesta espera de uma invasão de bárbaros, regenerando as velhas nações caducas, ressurgia sua fé absoluta numa revolução próxima, a verdadeira, a dos trabalhadores, cujo incêndio abrasaria o fim do século com a mesma cor purpúrea desse sol nascente, que via ensanguentar o céu."
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Gustavo.Fortes 21/11/2021

Um livro que leva luz à escuridão
Germinal é simplesmente sensacional. Emile Zola, um dos principais autores do Realismo francês, mostra de maneira nua e crua a vida dos mineiros do século XVIII. Uma vida miserável, cuja unica expectativa era a de subsistência básica.
A dura realidade da classe trabalhadora da época os coloca em combate direto com a classe burguesa, despontando ideais socialistas que o autor certamente admirava.
Um livro angustiante sem dúvidas. Mas ajuda a esclarecer as conquistas dessa classe após mais de duzentos anos.
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Lethycia Dias 29/10/2021

Interessante, porém cansativo
Em "Germinal", acompanhamos o coletivo de trabalhadores de uma região carvoeira da França que veem seu trabalho se tornar cada vez mais precário até o ponto em que decidem realizar uma grande greve. Quem lidera o movimento é Estevão, que começa a história procurando emprego pela região e por cujos olhos conhecemos o cotidiano das minas de carvão e a dura realidade desses trabalhadores.
Inseridos em uma rotina de longas horas de trabalho que começa já de madrugada, com exposição a calor extremo e substâncias tóxicas, além de riscos constantes de desabamentos, os trabalhadores das minas sequer ganham o suficiente para o próprio sustento. Quando a empresa responsável decide modificar a forma de remuneração - com uma redução de salário como resultado - é que explode uma grande revolta que se arrasta durante meses.
Sendo um livro típico do naturalismo, conta com longas descrições e explora principalmente a forma com que um meio de extrema miséria pode influenciar as vidas das pessoas. As fofocas, a violência doméstica e abusos sexuais estão presentes ao longo da narrativa, e, durante a greve, muitas vezes os protestos dos trabalhadores terminam em agressões e mortes. Estevão nem sempre consegue conter as revoltas de homens e mulheres que, diferente dele, não têm conhecimento de teorias socialistas e que estão mais preocupados com suas necessidades imediatas.
Fiz uma leitura lenta que se arrastou por quase três meses. Embora o enredo me interessasse, muitos trechos eram cansativos, especialmente quando aconteciam discussões cotidianas entre os trabalhadores no cortiço e quando éramos inseridos na vida tranquila dos burgueses donos ou acionistas das fábricas. Foi uma leitura relativamente boa, mas eu não repetiria.

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Jean Bernard 27/10/2021

O Naturalismo Cru e Poético
Sem palavras pra descrever essa leitura. Uma descrição cria sobre as mazelas dos mineiros de uma companhia de carvão na França.
Zola consegue nos transportar para aquelas terras inférteis com uma maestria cinematográfica. Sentimos os horrores daquela situação bater dentro de nós. Ao mesmo tempo que consegue ser direto, uma escrita poética se mistura com uma beleza triste de sua escrita.
Uma das melhores leituras do ano. Recomendo.
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Gabriel Brandenburg 28/09/2021

Estive no meio deles
Ao ler o livro, eu me senti no meio da desgraça que os mineiros enfrentam, senti fome, medo de morrer esmagado, a escuridão,...
O livro faz entender de maneira muito clara a situação deles e o seu contexto socio-histórico.
Recomendo fortemente.
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Lais 26/09/2021

Odiei
Que livro chato, meu Deus! Tive que ler pra aula de filosofia, não recomendo pra ninguém que queira ler por vontade própria.
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Fernanda 25/09/2021

De um realismo puro!
Li essa obra durante o 7º período do curso de Letras, para a disciplina de Literatura Portuguesa II e, como sempre quis escrever um pouco dos meus sentimentos a respeito da leitura para vocês.

Émile Zola é um escritor francês de (1840-1902) e com a publicação de sua obra Germinal (1885) torna-se o percurso do naturalismo no mundo. A obra de Zola é um retrato da revolta dos mineiros de Montsou, pois as condições draconianas de trabalhos nas minas eram muito insalubres e o pagamento mal dava para a sobrevivência das famílias. É preciso ainda levar em consideração que as famílias eram grandes, portanto, havia muitas bocas para serem alimentadas, mas o pão sempre lhe foi pouco e a decadência sempre aumentava.

Além do frio e da fome ainda tinha as doenças e os acidentes que impossibilitavam vários trabalhadores de descerem as minas para trabalhar e isso já prejudicava ainda mais as condições precárias com as quais já viviam. Ademais, por trabalharem a vida todas nas minas as pessoas cuspiam puro carvão e várias e várias gerações eram condenadas as este tipo de trabalho, afinal, precisavam sobreviver. E em meio a este sofrimento sem fim, muitos imploravam a Deus para lhes tirar a vida, pois já bastava de tanto sofrimento.

A chegada de Étiene Lantier traz para este povo sofrido um pouco de esperança e assim eles se organizam para a tão falada greve e os dias que estão por vir são tão nebulosos quanto à cor de seus cuspis. A organização de um caixa de sobrevivência foi feito para sustento dos mineiros durante a revolta mais eram tantas bocas para alimentarem que logo as pessoas precisaram se desfazerem dos poucos pertences aos quais possuíam e a partir disso vemos a pobreza aumentar cada dia mais e mais. A fome lhes doía os ossos, a pobreza fedia em suas narinas mais eles resistiram até não poderem mais.

A família Maheu é descrita com tamanha grandeza que é possível vê a necessidade pura dessa família e imaginar como a fome estava lhes matando. A senhora Maheu sempre foi uma mulher forte e resistiu até perder três de seus filhos e o marido e tudo isso como consequência da luta por sobrevivência. Perdeu assim, três para a mina do Voraz e uma para fome e a miséria, pois não tinha sequer um pano molhado para colocar na boca de sua pequena Alzire.

A obra é tão real nos dói ler algo tão angustiante, pobre, cheio de fome e necessidades tão básicas mais que falta para este povo sofrido. Zola descreve as cenas de maneira tão vivida que é possível imaginar todas aquelas vidas desgraçadas vivendo em meio ao capitalismo industrial e se olharmos não se difere de hoje, pois os ricos estão na bonança e boa parte pobres morrendo de fome. A obra retrata todos os níveis sociais e, claro a podridão humana. Confesso que a leitura da obra é algo fácil, quer dizer, não é por ser uma literatura clássica que é difícil de ler como Eurico, o Presbítero (rs).

Jamais imaginei realizar a leitura desta obra, mas digo que foi uma grata surpresa e a leitura foi maravilhosa e muito marcante, por isso, recomendo a leitura.

site: http://ascattarinas.blogspot.com/
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Juscelino L 03/09/2021

Sensacional o livro de Zola, me deixa triste pensar que um livro relatando a vida miserável e árdua dos mineiros de meados 1860 se assemelha em muito a vida dos trabalhadores de hoje, ainda há muita injustiça e quão difícil é lutar por direitos trabalhistas melhores.

Uma nota interessante pra acrescentar é que curti bastante é ter lido esta história pela edição do selo Seguinte, o "selo jovem da Companhia das Letras" como está escrito na contracapa, pois ao fim da história há vários textos de apoio sobre o autor, contexto histórico e estilo literário, além de trazer um paralelo à época brasileira, realmente me senti um jovem universitário lendo essas observações.
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Sidney.Prando 18/07/2021

ANIMAIS OU HUMANOS?
Sem sombra de duvidas essa foi uma das obras que eu li e que mais me surpreendeu!
Germinal é uma complexa relação do homem para com ele mesmo e isso se dá em aspectos bem sólidos ao longo do livro, mas não se preocupe, a narrativa é mais fácil que pronunciar o nome do autor.
O livro tem seu pontapé inicial com a chegada de Etienne a Montsou (mina de carvão). Depois de empregado, o personagem começa a tecer uma teia que irá causar uma mudança drástica não só na sua vida, mas na vida das famílias dos mineiros e demais moradores da região. Ademais, Zola ira vestir toda a sua narrativa com a capa da escola literária Naturalista, dando ao âmbito geral o determinismo tão característico das relações que se sucedem. Além de dono de uma narrativa descritiva impecável que vai te fazer sentir desde a humidade claustrofóbica das minas de carvão até a ânsia em cada morte drástica, o autor expõe não só a miséria humana passada de geração em geração como uma patologia imutável, mas vai te proporcionar uma visão ambígua das lutas por direitos trabalhistas, satirizando a moral em cada abordagem.
Para mim, o livro não só foi uma leitura descontraída e rápida (o que não é tão comum em clássicos), mas como serviu de provocação a minha moral ao abordar não só os pontos que fazem uma revolução ser boa, mas os que a fazem ser ruim. Isso sem contar a tensão em cada tragédia que acontece (e são VÁRIAS!! Quase não dá para desgrudar do livro).
Recomendo esse livro principalmente para você que está interessado (a) em algo mais denso e que ao mesmo tempo não irá te fazer morrer de tédio.


site: https://www.instagram.com/p/COahkS7BOt9/?utm_source=ig_web_copy_link
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Matheus 07/07/2021

Muito forte, realista (kkkkkkk), Mesmo sendo massante às vezes, adorei a escrita de Zola. Muito legais os textos extra da minja edição, explicando as Internacionais e o contexto. Só a união dos trabalhadores muda alguma coisa ne.
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re.aforiori 01/07/2021

Crua retratação de trabalho desumano em minas de carvão
?Germinal? é considerada a obra-prima de Émile Zola, e a mais importante obra do naturalismo na literatura.

Em ?Germinal? temos uma narrativa crua e muito descritiva, esta que é a maior característica do naturalismo ? que é uma espécie de realismo extremado.

Valeu muito para mim a leitura, pelo fato de ser apresentada de perto, e de forma estarrecedora, a vida miserável da classe trabalhadora ? explorada pelo proletariado ?, de mineiros em uma mina de carvão em Montsou, no norte da França.

Entretanto, devido a uma redução de salários, Etienne, o protagonista da história, comanda uma greve contra os proprietários das minas. Mas se passa determinado tempo, e não se tem os resultados esperados; todo esforço por justiça, acaba apenas trazendo mais fome, morte, desesperança e revolta...

Há história tem acontecidos fortes que despertam muitos sentimentos ao leitor.
Um deles, já no final, ocorre de forma muito bem elaborada, quando os mineiros acabam ficando soterrados no centro de uma mina... Nessa, muita coisa acontece em apenas um capítulo, que envolve, agoniza e surpreende o leitor...

No mais, é interessante mencionar, que, Zola, especialmente para escrever o romance, trabalhou dois meses em uma mina, comeu da mesma comida que os mineiros e dormiu nas mesmas instalações que eles. No entanto, assim pôde vivenciar todo o trabalho desumano dos mineiros e sentir na pele seus sofrimentos e suas mazelas.
Carolina.Gomes 02/07/2021minha estante
Preciso ler Germinal. Tenho adiado essa leitura.


re.aforiori 03/07/2021minha estante
Entendo... ??

Eu o adiei muito também, Carol...?

Este é o livro mais antigo de minha estante... E tem uma importância grande para mim. Pois foi meu pai que o comprou, quando eu era criança ainda, daqueles vendedores, que, antigamente, batiam de porta em porta. E junto veio o ?Dom Quixote? - que se tornou meu livro favorito da vida -, ?Os trabalhadores do mar? - que foi o primeiro livro que me marcou, e uma enciclopédia - que lia para descobrir escritores e suas obras, e assim ir fazendo minha lista de livros a ler; numa época em que a internet era discada e só se usava depois da meia noite, para cobrar um único pulso; então, praticamente, não podia contar com o Google, como se é hoje em dia... ?

No entanto, eu só fui começar a gostar de ler com 19 anos... E devido a uma circunstância que ocorreu em minha vida...

Ah, Carol, mais um detalhe que dá mais importância física ao ?Germinal?, para mim, é que um de meus cachorros, quando era filhote, quase o devorou... Mas cheguei a tempo de salvá-lo...??O livro possui uma marca de mordida dele... ?Acredito que ele se atraiu pela textura da capa, que é bem diferente... E também não sei dizer porque este livro, na época, ficava na prateleira debaixo da estante. ?

Enfim, o ?Germinal? me foi uma leitura muito valida, pelos motivos que disse na resenha, mas me é ainda mais importante como objeto, por assim dizer.?? Por tudo o que veio junto com ele... E pelas recordações que o mesmo me traz... ??




Kamyla.Maciel 28/05/2021

Diferente de tudo que li.
Livros como esse são difíceis de resenhar, fico pensando o que falar de um clássico cujo sucesso fala por si só? Vou me limitar a falar em como esse livro me atravessou.

Terminei uns dias atrás e ainda estou impactada, a crueza da narrativa é de doer o estômago, eu diria que sofri de claustrofobia ao ler a descrição das minas, do trabalho desumano dos mineiros- constantemente comparados a animais, ao ler as diversas opressões que as mulheres sofriam, ler a fome diária. A fome é quase uma personagem a parte.

É um livro muito doloroso que trata do início de uma organização dos trabalhadores por condições de trabalho mais dignas. E é pesado porque a miserabilidade em que viviam é tão descritivamente detalhada que não há como não doer também no leitor.

Eu nunca li nenhuma descrição da miséria de forma tão real quanto nesse livro, é o leitor acompanhando quase que a desumanização dos personagens, com fortes cenas de descaso por parte dos mais ricos. É o espírito humano na sua forma mais podre.

Ao final, só consigo concluir o que já vinha pensando, ter consciência pode ser doloroso, manter-se na ignorância pode parecer um caminho mais fácil, mas uma vez dado o primeiro passo não há como voltar atrás. A tomada de consciência das questões sociais é um caminho sem volta. E esse livro mostra muito bem isso.
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spoiler visualizar
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Alessandra359 16/05/2021

Germinal
Perfeito. Digno de constar dentre os grandes nomes da literatura mundial. A leitura nos prende e permite visualizar com perfeição um momento histórico e só largar a obra quando concluída. Recomendo a leitura, mais comentários não cabem para não assassinar o sabor dessa viagem maravilhosa que a literatura nos permite .
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