Germinal

Germinal Émile Zola




Resenhas - Germinal


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Clio0 09/11/2024

Germinal é a dor do nascimento dos Direitos dos Trabalhadores na França do século XIX.

É na cidade de Marchienne, nas minas Voreux (Vorazes em francês), que uma população composta principalmente por mineiros vacila entre a extinção e a revolta. É a fome e o frio causados pela chegada do inverno que permitem que Etienne Lantier convença seus pares da necessidade de um sindicato e de uma greve.

Agora, estamos falando da França, cuja tradição de paralização e levante armado da população até hoje é considerado o maior do mundo. A leitura dessa obra, por mais que Zola grite em cada paragráfo suas ideias de incipiente anarquismo, é algo sangrento e doloroso, um lusco-fusco de palavras iluminadas a carvão e miséria.

A família de Maheu, que abriga Etienne, é a forma geracional desse sistema exploratório em que todo produto é regado a sangue. Dos confrontos armados entre grevistas e soldados às precárias condições de trabalho que ainda vitimam mineiros ao redor do mundo.

A obra de Zola é um grito para que os trabalhadores saibam que o salário nunca é o justo e que cada morte tem um assassino com nome e endereço.

Recomendo.
Guilherme1905 10/11/2024minha estante
Esta obra está na minha lista para o próximo ano




Cin2807 03/10/2024

Esse livro te faz pensar em uma realidade em que se pode imaginar que ocorreu a muitos e muitos milênios atrás, mas a realidade vivida pelos personagens possui um pouco menos de 140 anos, e isto te faz refletir sobre o fato de que se não existissem pessoas que lutassem, pode ser que esta realidade ainda fosse a nossa. Além disso, o livro te traz de forma detalhada não apenas a realidade dos personagens, mas também como eles se sentiam, e estes sentimentos te fazem pensar que vivendo a mesma realidade da deles você poderia acabar sentindo a mesma coisa. Por fim, este livro é impressionante para quem quer conhecer mais não apenas sobre o contexto histórico, mas também para conhecer diversos conceitos que são aplicados ao Direito do Trabalho.
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Maristela 10/09/2024

Obra de Zola é Germinal (1885).
Para escrevê-lo, o autor não se contentou com a pesquisa: foi direto à fonte. Passou dois meses na região, onde trabalhou como mineiro. Viveu nas mesmas casas em que os operários viviam, comeu e bebeu nas mesmas tavernas, para se familiarizar com o meio.
Sentiu na carne o trabalho sacrificado, a dificuldade em empurrar um vagonete cheio de carvão, o problema do calor e da umidade dentro da mina, o trabalho insano que é necessário para escavar o carvão, a promiscuidade das moradias, o baixo salário e a fome. Além do mais, acompanhou de perto a greve dos mineiros, por isso sua narração é tão impactante.
A força de Germinal causou enorme repercussão, consagrando Émile Zola como um dos maiores escritores de todos os tempos.
Pagina 247
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Kaique Magnani 03/08/2024

Qual o peso da revolução?
Um clássico! Gostei mais do que imaginava. Fazia um tempo que eu não lia clássicos, tinha me esquecido de como, nos clássicos, há muitos personagens, muitas famílias e aquela coisa toda. No começo isso me deixou um pouco desmotivado para ler, mas lendo 10/15 páginas por dia, deu para levar.
Uma escrita bem envolvente e perspicaz, me senti juntos com esses mineiros naquela mina claustrofóbica, no final do livro então nem se fale... cenário e situação angustiante...
Adorei o enredo, Zola conseguiu, de uma forma magistral, conectar momentos que aconteceram nas 20 primeiras páginas com as 20 últimas páginas, isso foi bem legal. Torci muito pelo Etienne, hora senti raiva dele, hora senti coragem para com ele, foi bem interessante todos os sentimentos.
Negativamente, achei o livro muito extenso; do meio para o final, alguns capítulos pareciam se repetir, principalmente, no momento em que os mineiros da Voreaux estão fazendo a greve. Achei desnecessário ele repetir exatamente o que havia sido escrito no capítulo anterior apenas para acrescentar um acontecimento diferente. Alguns momentos a leitura foi cansativa, claro que isso se dá também pelo enredo do livro, já que é um enredo muito pesado e real. Enfim... achei que ia falar da história, mas nunca falo sobre nessas resenhas, desse modo não irei responder a pergunta que é o título desta resenha, leiam e descubram o peso da revolução!

"Era preciso participar, senão a injustiça seria eterna, os ricos sempre bebendo o sangue dos pobres."
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otxjunior 01/08/2024

Germinal, Émile Zola
Um dos livros mais difíceis que já li: pelo tema, a precarização laboral nas minas de carvão na França do sec. XIX; o ritmo (ou a falta dele); a tradução, impossível! Quase deflagrei greve! Ficam a denúncia, do autor, não a minha; o elenco memorável e as incríveis páginas finais.
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Dri 31/07/2024

Visceral, forte, cruel. Uma leitura potente sobre a impotência do trabalhador e dos pobres diante das desigualdades e injustiças sociais. Também mostra o resultado da ignorância e da fome, além do caos que a busca por justiça pode provocar aos miseráveis. Ao mesmo tempo, a leitura é fácil e te prende.
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JezielH 20/06/2024

Germinal
Germinal conseguiu embrulhar meu estômago diversas vezes. Zola expõe a pobreza e a miséria de forma trágica, causando revolta ao mostrar o contraste quando o nome do Sr. Hennebeau é escrito nas linhas.
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Tuyl 22/05/2024

O livro tem uma premissa fantástica e descrição absurda de detalhista. Porém, essa mesma descrição muitas vezes torna leitura arrastada.
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Marta 16/05/2024

Realmente me surpreendeu.
Devorei o livro , a história de pessoas e histórias que poderiam ter existido . Histórias que permeiam a desigualdade e injustiça, de quem tem o poder por possuir o capital sobre aquele que não tem. Revolução, a realidade do abismo entre as classes dominantes e a classes massacradas.
Vale a leitura!
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Valéria Ribeiro 15/05/2024

Magistral
Li Germinal na adolescência e agora reli a história e, claro, a minha visão da obra foi outra.

A narrativa centra-se na vida dos mineiros de carvão na região de Montsou, no norte da França, durante a Segunda Revolução Industrial. O protagonista, Étienne Lantier, um jovem operário desempregado, chega a Montsou em busca de trabalho e acaba se juntando aos mineiros da Voraz. A história retrata de forma visceral as condições desumanas e a exploração brutal enfrentadas pelos trabalhadores, que vivem à beira da miséria.

Zola descreve com detalhes meticulosos o cotidiano opressivo dos mineiros, suas lutas e seus sonhos. A narrativa não se limita à exploração econômica; ela também aborda as tensões sociais e os conflitos internos das comunidades operárias, expondo a degradação moral e física causada pela pobreza extrema. A condição das mulheres e das crianças foi uma das coisas que mais me estarreceu. As primeiras, submetidas à violência e exploração (inclusive sexual); as segundas, usadas como ferramenta de trabalho, inclusive pelos pais. Ambas submetidas a condições de trabalho desde a os dez anos de idade.

À medida que Étienne se integra à comunidade dos mineiros, ele se torna um fervoroso defensor da justiça social e começa a incitar uma greve para protestar contra as condições deploráveis de trabalho e os baixos salários. A greve, que ocupa uma parte central do romance, é retratada com uma intensidade crescente, refletindo a desesperança, o sofrimento, a fome sempre presentes e a determinação dos trabalhadores.

Zola criou personagens ricos e multifacetados. Étienne Lantier é um herói trágico, cuja idealismo e impulsividade muitas vezes o levam a enfrentar dilemas morais. Sua evolução durante a história, em consequência de sua educação autodidata, é facilmente verificada. A busca por conhecimento de forma desordenada faz com ele se sinta em conflito com diversas teorias e cada vez mais afastado de seus camaradas.

Outros personagens, como Catherine Maheu, uma jovem mineira dividida entre o dever familiar e o amor por Étienne, e o implacável capitalista Hennebeau, que personifica a indiferença da classe dominante, contribuem para a profundidade emocional e social do romance. Temos, ainda, o bonachão senhor Gregóire que vive de renda personificando a face displicente e inconsciente da burguesia que vivendo com uma venda nos olhos, enquanto a classe trabalhadora morre de inanição.

O ritmo da narrativa é excepcional chegando a lembrar, em algumas passagens, um thriller em que nos vemos lendo com a respiração suspensa e aguardando ansiosamente o desfecho da cena,

Além de ser uma obra literária magistral, "Germinal" é também um poderoso comentário social e político. Zola não apenas expõe as injustiças do capitalismo industrial, a luta entre trabalho e capital, mas também realça o potencial revolucionário da classe trabalhadora, evidenciando tanto as suas forças quanto as suas fraquezas.

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Rahul0 11/05/2024

A Terra Devora o que a Feriu
A obra descreve um povo mergulhado na miséria , só não são mendigos pelo fato de terem um teto aos pedaços sobre suas cabeças ! Esses mineiros são encorajados à revolta pelas ideias do protagonista , o que no final de tanto tempo , foi em vão : pessoas morrem esmagadas na mina , morrem de fome , são assassinados por guardas , entre outras desgraças.
Algo a destacar é que o livro não apenas descreve as mortes , mas acompanhamos de perto , e quase sentimos : a dor e o sentimento florescendo , a cada perda sentida por aqueles que os amavam. E tudo isso foi inteiramente em vão , isto nos desperta a realidade como um tapa.
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A. Mendes 25/04/2024

Denuncia
Que livro sensacional!! Zola escreve um romance denso, detalhista, verossímil e difícil de digerir.

Ambientada no norte da França conhecemos as minas de carvão e como é a vida precária dos mineiros. Em consequência da crise os burgueses sofrem com o capital em baixas e os trabalhadores sofrem com a fome, a miséria, e a violência de uma vida sem esperança.

Acompanhamos uma narrativa que retrata a luta dos trabalhadores no século XIX, o sofrimento é tanto que o leitor se pega torcendo para que aconteça uma mudança. Zola escreve sem medo, em alguns momentos se torna uma leitura difícil pela miséria narrada.

Com uma pegada socialista/marxista o contexto de uma revolução dos trabalhadores é um símbolo de esperança para os mineiros, entretanto, a greve aderida realça a desigualdade social de uma classe esquecida.

A obra é extremamente imagética, a cada acontecimento, cada detalhe, as minas, a revolta, o sofrimento, tudo é absorvido pelo leitor que se aproxima da narrativa. Zola trás verossimilhança e uma vida humana real.

Em suma, Germinal é um livro que mostra ao leitor a injustiça social, a falha do sistema capitalista e convida o receptor a pensar sobre essas questões sociais que são tão presentes no nosso cotidiano.
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Biblioteca Álvaro Guerra 16/04/2024

O livro é ambientado no norte da França, em uma região de minas de carvão. Assim como no romance O Cortiço, de Aluísio de Azevedo, em que o próprio cortiço é um personagem da história, em Germinal podemos dizer que as minas e seus conjuntos habitacionais também protagonizam a história. O enredo gira em torno da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho, dignidade e salários decentes. O mineiro Étienne Lantier é o protagonista humano do romance e representa a revolta do proletariado frente ao descaso e a desonestidade dos patrões. A obra, no entanto, não permite delírios romantizados. Calcada no naturalismo, seus personagens não são idealizados. Não existem heróis, mas humanos falhos lapidados no sofrimento e na labuta extenuante.



site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788574482071
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Lílian 12/03/2024

Esse livro é um soco no estômago.
A sensação é de que o capital já roeu até os ossos dos mineiros e agora está espremendo as suas almas até que não reste nenhum espírito de resistência nem a mínima compreensão de que são humanos.
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leo 02/02/2024

Étienne prend la route de la gare. Il pense à la révolution qu'il va préparer à Paris avec l'Internationale.

Il pense à ses camarades qui travaillent dans les profondeurs de la terre, comme une armée en marche vers l'avenir, comme un immense espoir qui germe!
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