Germinal

Germinal Emile Zola




Resenhas - Germinal


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Clio0 09/11/2024

Germinal é a dor do nascimento dos Direitos dos Trabalhadores na França do século XIX.

É na cidade de Marchienne, nas minas Voreux (Vorazes em francês), que uma população composta principalmente por mineiros vacila entre a extinção e a revolta. É a fome e o frio causados pela chegada do inverno que permitem que Etienne Lantier convença seus pares da necessidade de um sindicato e de uma greve.

Agora, estamos falando da França, cuja tradição de paralização e levante armado da população até hoje é considerado o maior do mundo. A leitura dessa obra, por mais que Zola grite em cada paragráfo suas ideias de incipiente anarquismo, é algo sangrento e doloroso, um lusco-fusco de palavras iluminadas a carvão e miséria.

A família de Maheu, que abriga Etienne, é a forma geracional desse sistema exploratório em que todo produto é regado a sangue. Dos confrontos armados entre grevistas e soldados às precárias condições de trabalho que ainda vitimam mineiros ao redor do mundo.

A obra de Zola é um grito para que os trabalhadores saibam que o salário nunca é o justo e que cada morte tem um assassino com nome e endereço.

Recomendo.
Guilherme1905 10/11/2024minha estante
Esta obra está na minha lista para o próximo ano




Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

Germinal, de Émile Zola - Nota 10/10
Confesso que essa foi uma leitura que comecei sem saber muito o que esperar… E para a minha felicidade, entrou para a lista de melhores do ano (e lá no topo)! “Germinal” é um clássico da literatura mundial e foi uma das obras responsáveis por inaugurar o naturalismo. Acho que a maioria aqui estudou o tema na escola, mas vale lembrar que no naturalismo uma grande preocupação do escritor é de escancarar os problemas sociais da época, retratando a realidade de maneira mais crua possível e o ser humano em sua condição animalesca.

E é justamente isso que encontramos em Germinal: as condições subumanas dos trabalhadores de uma mina de carvão, na França do século XIX. Quando Étienne chega à cidade de Montsou para trabalhar na mina, sua voz de insatisfação passa a servir como um gatilho para aquela massa de pessoas que se humilha diariamente para sobreviver. Até a mina de carvão é retratada pelo autor como um animal: durante todo o dia, a Voraz vai engolindo os trabalhadores, se alimentando do suor e da carne humana.
Para conseguir deixar a descrição da vida dos trabalhadores o mais fiel possível à realidade, Zola passou dois meses vivendo e trabalhando como um mineiro. Realmente o autor consegue transportar o leitor para aquele subsolo quente, sujo e perigoso. E não só isso: a vida daqueles trabalhadores também é retratada para dentro de suas casas pobres, em que as relações familiares e sociais são preenchidas de conflitos e miséria. Quem nasce na aldeia está condenado a trabalhar desde criança nas minas até o dia em que os olhos se fecham de exaustão.

A construção dos diferentes personagens também faz de “Germinal” um daqueles romances que envolvem o leitor. É difícil não sentir compaixão pela dor, pela fome e pelo frio que vitimam os trabalhadores, enquanto os patrões levam uma vida de luxo e ostentação. Apesar da forte crítica social, a leitura é muito prazerosa, oferecendo ao leitor a possibilidade de aprender e refletir com um incrível romance histórico.

Recomendo MUITO!

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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Rosangela Max 20/03/2023

O retrato de um povo em uma sucessão de desgraças.
O autor realizou um trabalho poderoso tendo como tema a realidade precária da vida dos mineradores, sua convivência com o perigo constante e não ganhando o suficiente nem para alimentar a família. Lidando com uma vida sem perspectiva do amanhã.
Também mostra como eles podem se tornar selvagens quando o desespero da fome e da miséria toma conta e a revolta explode em uma violência inimaginável.
Os personagens foram ricamente construídos e a escrita muito bem desenvolvida.
Recomendo a leitura.
Lucas1429 20/03/2023minha estante
Gosto muito da imagem que o livro trouxe de um campo Germinando após a luta dos trabalhadores. Pois mesmo na pior derrocada vai existir a esperança de um campo Germinando para a nova luta e um novo momento de chance para a mudança que levará a uma sociedade melhor.


Rosangela Max 20/03/2023minha estante
Sim. Devido as condições de trabalho desumanas, a revolta sempre existirá. Assim como a sede pela luta.




re.aforiori 01/07/2021

Crua retratação de trabalho desumano em minas de carvão
?Germinal? é considerada a obra-prima de Émile Zola, e a mais importante obra do naturalismo na literatura.

Em ?Germinal? temos uma narrativa crua e muito descritiva, esta que é a maior característica do naturalismo ? que é uma espécie de realismo extremado.

Valeu muito para mim a leitura, pelo fato de ser apresentada de perto, e de forma estarrecedora, a vida miserável da classe trabalhadora ? explorada pelo proletariado ?, de mineiros em uma mina de carvão em Montsou, no norte da França.

Entretanto, devido a uma redução de salários, Etienne, o protagonista da história, comanda uma greve contra os proprietários das minas. Mas se passa determinado tempo, e não se tem os resultados esperados; todo esforço por justiça, acaba apenas trazendo mais fome, morte, desesperança e revolta...

Há história tem acontecidos fortes que despertam muitos sentimentos ao leitor.
Um deles, já no final, ocorre de forma muito bem elaborada, quando os mineiros acabam ficando soterrados no centro de uma mina... Nessa, muita coisa acontece em apenas um capítulo, que envolve, agoniza e surpreende o leitor...

No mais, é interessante mencionar, que, Zola, especialmente para escrever o romance, trabalhou dois meses em uma mina, comeu da mesma comida que os mineiros e dormiu nas mesmas instalações que eles. No entanto, assim pôde vivenciar todo o trabalho desumano dos mineiros e sentir na pele seus sofrimentos e suas mazelas.
Carolina.Gomes 02/07/2021minha estante
Preciso ler Germinal. Tenho adiado essa leitura.


re.aforiori 03/07/2021minha estante
Entendo... ??

Eu o adiei muito também, Carol...?

Este é o livro mais antigo de minha estante... E tem uma importância grande para mim. Pois foi meu pai que o comprou, quando eu era criança ainda, daqueles vendedores, que, antigamente, batiam de porta em porta. E junto veio o ?Dom Quixote? - que se tornou meu livro favorito da vida -, ?Os trabalhadores do mar? - que foi o primeiro livro que me marcou, e uma enciclopédia - que lia para descobrir escritores e suas obras, e assim ir fazendo minha lista de livros a ler; numa época em que a internet era discada e só se usava depois da meia noite, para cobrar um único pulso; então, praticamente, não podia contar com o Google, como se é hoje em dia... ?

No entanto, eu só fui começar a gostar de ler com 19 anos... E devido a uma circunstância que ocorreu em minha vida...

Ah, Carol, mais um detalhe que dá mais importância física ao ?Germinal?, para mim, é que um de meus cachorros, quando era filhote, quase o devorou... Mas cheguei a tempo de salvá-lo...??O livro possui uma marca de mordida dele... ?Acredito que ele se atraiu pela textura da capa, que é bem diferente... E também não sei dizer porque este livro, na época, ficava na prateleira debaixo da estante. ?

Enfim, o ?Germinal? me foi uma leitura muito valida, pelos motivos que disse na resenha, mas me é ainda mais importante como objeto, por assim dizer.?? Por tudo o que veio junto com ele... E pelas recordações que o mesmo me traz... ??




Carlos.Bonin 27/03/2022

Muito bom!
Eu li intercaladamente a versão traduzida para o português com a original em francês. A estória é formidável, mas a versão em português que eu li continha vários erros de revisão. Nem digo erros de tradução, mas coisas simples como palavras emendadas (sem espaço), o que atrapalha a leitura.
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Juscelino L 03/09/2021

Sensacional o livro de Zola, me deixa triste pensar que um livro relatando a vida miserável e árdua dos mineiros de meados 1860 se assemelha em muito a vida dos trabalhadores de hoje, ainda há muita injustiça e quão difícil é lutar por direitos trabalhistas melhores.

Uma nota interessante pra acrescentar é que curti bastante é ter lido esta história pela edição do selo Seguinte, o "selo jovem da Companhia das Letras" como está escrito na contracapa, pois ao fim da história há vários textos de apoio sobre o autor, contexto histórico e estilo literário, além de trazer um paralelo à época brasileira, realmente me senti um jovem universitário lendo essas observações.
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Lucas Rocha 12/12/2009

Impactante
O retrato social e natural dos mineiros franceses em um marco na literatura naturalista. É assim que posso começar a definir o genial "Germinal", de Émile Zola. O livro, lançado em 1885, mostra a vida e a miséria em meio a uma mina de extração de carvão. Lá, Etienne, recém-chegado, busca abrigo e emprego, e, com suas ideias revolucionárias e socialistas, tenta mobilizar os mineiros em busca de maior igualdade.

Mas Etienne não é o personagem principal do livro. Nem Chaval, Catherine ou Maheu. O personagem principal é a própria mina e as situações que a permeiam.

O livro é naturalista em sua essência. Conseguimos perceber, através da leitura, todos os pontos principais do movimento. A situação de pobreza e miséria parece não ter início e nem um fim: é uma situação constante e atemporal. No mesmo sentido, os personagens parecem conformados com sua situação de trabalho excessivo, fome e falta de espaço, como se isso fosse inevitável e inerente à sua natureza. Ali ninguém pensa em enriquecer ou em tentar um emprego melhor. Até porque a fome urgente e as obrigações no trabalho conseguem interromper qualquer linha de pensamento.

Mas deixarei de lado as definições naturalistas presentes no livro e passarei a narrativa propriamente dita. A escrita de Émile Zola é envolvente, e, mesmo que algumas vezes possa se tornar excessivamente descritiva, consegue transmitir com clareza suas propostas. Com as palavras, conseguimos sentir o sufoco das minas e das casas de um cômodo com catorze moradores; sentimos arrepio ao ver que eles não terão o que comer no dia seguinte, ou quando vemos que a mesma borra de café está sendo usada durante toda uma semana. Vemos, a todo momento, os traços de selvageria presentes na narrativa. Ali, o homem é como um animal (teoria Darwinista) e, como tal, suas ações eram produto de seus instintos.

Outra coisa que incomoda - no bom sentido da palavra - é o contraste social. Enquanto nas minas (onde a maioria do livro é ambientado) a situação é precária e urgente, na casa dos burgueses tudo anda as mil maravilhas. As mulheres usam vestes trabalhadas e caras, comem e desperdiçam, parecem bonecas de porcelana. As filhas do dono da mina, com 19 e 21 anos, parecem crianças na forma de falar e se comportar, enquanto que nas minas, as meninas, com 13 e 14 anos, já se submetem a trabalhos pesados e ao sexo desenfreado nas festas dos mineiros.

Germinal é um marco não só na literatura naturalista, mas sim na literatura mundial de um modo geral. Um genial retrato de um mundo permeado pelas desigualdades sociais e pelo conformismo.
Jumpin J. Flash 12/01/2010minha estante
Boa resenha, mas você poderia ter dado nota 5 ao livro, hein?


Julio 11/08/2013minha estante
Excelente a sua visão do livro, Lucas!!!




Rahul0 11/05/2024

A Terra Devora o que a Feriu
A obra descreve um povo mergulhado na miséria , só não são mendigos pelo fato de terem um teto aos pedaços sobre suas cabeças ! Esses mineiros são encorajados à revolta pelas ideias do protagonista , o que no final de tanto tempo , foi em vão : pessoas morrem esmagadas na mina , morrem de fome , são assassinados por guardas , entre outras desgraças.
Algo a destacar é que o livro não apenas descreve as mortes , mas acompanhamos de perto , e quase sentimos : a dor e o sentimento florescendo , a cada perda sentida por aqueles que os amavam. E tudo isso foi inteiramente em vão , isto nos desperta a realidade como um tapa.
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Reginaldo Pereira 30/11/2022

A semente foi plantada? e germinou!
Há algum tempo li a resenha desta obra, e a mesma me chamou bastante atenção. Encontrei o livro pela internet, mas nunca o encontrava nas livrarias, para folhea-lo e ver como era a escrita (um dos prazeres que a literatura nos trás!). Qual foi a minha surpresa ao encontrá-lo em um sebo? ali, quietinho, esperando por mim!! rs

E que surpresa!!! Uma das melhores leituras deste ano! Mesmo em uma edição mais antiga, a escrita foi bastante fluída; o tema - apesar de pesado - muito bem abordado; a história tensa e que nos prende do início ao fim; e os personagens? ah que saudades de alguns deles? Estevão, a mulher do Maheu, Suvarine, Alzira?? puxa, vocês fazem falta!

Zola, nesta que é considerada a sua principal obra, retrata a triste (aliás beeem triste) história das minas de carvão no final do século XIX. Desde às dificuldades do trabalho à dezenas de metros dentro da terra, passando pelo dia-a-dia dos operários e dos patrões, e culminando com grandes temas que afligem o ser humano: a violência, a traição, a morte e, principalmente, a fome (ninguém melhor que Zola conseguiu retrata-la em todos os livros que já li até hoje). Realmente não é à toa que Zola é considerado o ?pai do Naturalismo?!

Destaco ainda o toque de gênio dado pelo autor ao título de sua obra: ?germinal? aparece sutilmente ao longo da obra, pra vir à tona em suas páginas finais, naquilo que de fato germinou - brotou da terra - para mudar a história da humanidade!

Uma leitura que será inesquecível! E que me apresentou à alguem que aprendi a admirar e, com certeza, buscar novas aventuras! Merci monsieur Zola!!
Ana Franco 30/11/2022minha estante
Que resenha maravilhosa!!! Não tem como não querer ler? ???




Ludmila 07/04/2021

Um livro intenso e devastador. A coragem das personagens, a crença de que tudo pode melhorar e os dramas vindos desses pensamentos fazem essa história ser realmente poderosa.
Mari Pereira 08/04/2021minha estante
Eu amei esse livro! ?


Ludmila 08/04/2021minha estante
Eu tbm! ?




Mariana 04/05/2021

"É um desses livros que se faz para si, por consciência", Zola confessa a um amigo em 1884 a respeito do que redigia. A imprensa pouco depois confirma se tratar de um romance operário, sem, contudo, provocar grandes surpresas: a revolta dos assalariados era a questão do século, a que o autor já havia sinalizado. Mas este interesse só evolui para um projeto durante a Comuna de Paris, quando se depara com corpos fuzilados e que ilustravam "a intensidade dos combates e a selvageria da repressão". Por último, conclui que a greve geral é mais característica da combatividade que a insurreição armada, dedicando Germinal a tal.
Embora os mineiros da aldeia de Montsou dominem a narrativa, essa complexa rede de personagens conta também com os patrões burgueses, para enriquecer e contrastar o panorama. Pois enquanto a resignação condena cada geração da família Maheu ao trabalho incessante em condições insalubres e prejudiciais à saúde, bem como à miséria; a inércia dos Grégoires, herdeiros acionistas, permite viverem confortavelmente, sobretudo porque na ignorância.
Ainda assim, a preocupação da Companhia com o desmoronamento da mina incide no salário dos trabalhadores, já inflamados pelas lideranças revolucionárias que se formavam. Étienne, caracterizado pelo coletivismo, embora com ideias e modo de agir muito rudimentares para ser considerado socialista, tão logo é empregado na Voraz, usurpa a popularidade de Rasseneur, o pequeno-burguês moderado. Ao seu lado, a figura da moda: o niilista russo, Suvarin, cujo mito do extermínio regenerador tanto o assusta como encanta. Entre uniões e rupturas, eles representam as três correntes da esquerda.
Depois de dedicar um mês inteiro quase que exclusivamente a esta leitura, não posso negar que Zola se alongue e repita desnecessariamente, gerando fadiga. A escrita, com traços inverossímeis, tampouco foi minha parte favorita. Mas um real problema só tive com a insistência no triângulo amoroso Chaval-Catherine-Étienne, insensível à violência a que a garota é submetida por ambos.
Com as devidas ressalvas, sem exagero ou contradição, considero esta uma das melhores obras que já li.

site: instagram.com/eu.melivro
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Sandro 19/08/2023

Para ganhar conhecimento de causa, Émile Zola imergiu em minas de carvão. Por alguns meses, o autor trabalhou, comeu, bebeu e conviveu com mineiros. O ganho de experiência inspirou o escritor a compor com detalhes (exaustivos, muitas vezes) a vida dos trabalhadores das minas de carvão. Como consequência, o livro é denso e maçante em muitos momentos. Porém, o engajamento na leitura recompensa. Em poucos capítulos o leitor já começa a se identificar com os trabalhadores e sua revolta. Da mesma forma, em várias passagens, é natural sentir raiva dos personagens e de suas atitudes grosseiras, preconceituosas e exageradas. Em Germinal ninguém é santo. Contudo o comportamento reprovável dos personagens traz um realismo impressionante à obra. Os detalhes, a verossimilhança, os problemas, o inconformismo, todos esses aspectos fazem com que a leitura do livro passe a sensação de que estamos vivendo aquela situação na nossa própria pele.
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San... 11/06/2011

Decidi resenhar os livros que abandonei, como forma de ser justa com as obras e seus autores. O fato de abandonar uma leitura nem sempre se deve ao que consideramos baixa qualidade da obra. Neste caso especifico, o de um clássico aclamado por seu grande valor social, seria uma infâmia dizer que o livro é ruim. Não creio que seja. Entretanto, por três vezes, em periodos distintos, tentei com afinco e não consegui avançar na leitura. Talvez minha mente não estivesse preparada para uma narrativa tão crua, tão destituida de equilibrio social. O fato é que não pude chegar sequer a 30 páginas lidas. Assim, embora fosse uma edição de luxo, com capa dura e lombada dourada, presenteei a biblicoteca de minha cidade com a obra, possibilitando o acesso a leitores que fariam melhor uso deste livro do que eu consegui fazer. Não vou tentar novamente essa leitura e não acredito que devesse utilizá-lo apenas para decorar a estante (acho isso de uma pobreza imensa). Também acho justo frisar que meu desinteresse pela obra não me transforma em uma pessoa menos inteligente. Foi mais uma questão de inclinação pessoal.
Pandora 25/06/2012minha estante
Gostei de sua honestidade. "Germinal" é um de meus livros favoritos, mas concordo com o que você disse: "abandonar uma leitura nem sempre se deve ao que consideramos de baixa qualidade da obra". Abandonei "As ilhas da corrente", de Hemingway, porque também tentei, como você, ler o livro por diversas vezes, em momentos diferentes, e não consegui passar de determinada página.


sonia 25/04/2013minha estante
Um livro árduo de ler, como o nosso Sertões. Gostei de ler, ele relata a vida dura dos mineiros no seculo dezenove, e as consequencias de uma greve pelo embate desigual entre as classes sociais de operários e patrões. tem uma história de amor forte, de pano de fundo. Na época em que o li, eu vinha dos Miseráveis, do victo hugo, então, estava no clima...O estilo do autor é magistral.


Julio 11/08/2013minha estante
San...certamente o que lhe acontecera fora o fato de que, à época (aliás às épocas) da (s) leitura (s), você não estava apto a absorver toda a carga de revolta e "verdades" que o livro inspira/instiga. Tenho comigo que, para lermos determinados livros, é preciso estarmos "dados àquela leitura naquele momento", ou seja, todo o nosso espírito precisa estar preparado para assimilar tudo o que ele nos oferece (por se tratar de livros tão específicos, tão especiais e com tantas peculiaridades que os distinguem de tantos outros)......


San... 11/08/2013minha estante
Julio, na verdade eu não saberia dizer se algum dia estaria inclinada a essa leitura especifica. Talvez, numa idade mais avançada ou num momento mais reflexivo minha mente possa estar mais receptiva. Sou bastante eclética com minhas leituras, bastante sem preconceito também. Em outras fases de minha vida li alguns livros por pura teimosia. Hoje já não o faço, pois aprendi que a teimosia impede absorver os ensinamentos que um livro encerra... Enfim, esperemos e quem sabe um dia "voilá!!!" eu venha e modifique essa minha "resenha"...


Luck2871 08/09/2015minha estante
''Germinal'' é um uma obra-prima que nem todos estão preparados para ler, ela é a dura realidade dos trabalhadores explorados pelos seus patrões nas minas de carvão.
O leitor chora, geme e sofre enquanto avança a leitura. Leitores sensíveis ficam chocados com a realidade dura e crua. O episódio que não sai da minha mente é quando o Boa Morte, um homem que passou a vida toda trabalhando nas minas, tomado de ódio, mata uma menina, apertando-lhe o pescoço. O ódio de Boa Morte pelos seus opressores era tão grande,e ele se vinga matando uma criança inocente.


Eli 07/01/2016minha estante
Como você tentei lê-lo três vezes, na primeira era muito jovem e abandonei, na segunda já estava mais madura mas não consegui avançar na leitura, parei na página 50 mais ou menos e abandonei. Na terceira que realmente consegui entrar de cabeça no enredo da história, tamanha teimosia se transformou na melhor leitura da minha vida. A escrita de Zola é magistral, viva, cortante, envolve de tal forma que é como se estivéssemos realmente vivendo a história .




jade 01/02/2021

Toda revolução é feita a partir da germinação de ideias
Germinal, livro naturalista do Zola, me surpreendeu em vários sentidos, uma vez que, apesar de ser dessa vertente literária, alguns personagens apresentam um aprofundamento psicológico mais intenso, como Étienne. Entretanto, quando o assunto é maniqueísmo, o autor peca na falta de relativizações, adotando o célebre bem x mal. Na minha perspectiva, o ponto forte dessa obra é como ela retrata a revolução e o de fato significa essa palavra, pois não é só porque um movimento deu errado ou não cumpriu as expectativas que todo o esforço foi em vão; as ideias perdurarão. Por último, Zola se demonstrou um mestre do naturalismo ao associar a narrativa aos aspectos animalizados e deterministas daquele contexto de erupção de ideias científicas.
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Margô 20/09/2022

Germe da terra, reação... revolução.
"Num ímpeto, pendurou-se ao rapaz, procurando sua boca, onde colou apaixonadamente a sua. As trevas desapareceram, voltou a ver o sol, readquiriu um riso calmo de enamorada. Ele, trêmulo de a sentir assim contra a sua carne, seminua sob a jaqueta e as calças, cingiu-a, num despertar de virilidade. Realizou-se enfim sua noite de núpcias no fundo daquele túmulo, sobre um leito de lama, na ânsia de não morrerem sem antes serem felizes, no obstinado desejo de viver, de gerar vida pela última vez. Amaram-se desesperados de tudo, afundando na morte." (p. 442)
Este fragmento, diz muito do que é a vida presa ao poço, que transita nas páginas do GERMINAL. Assim como o título, a obra é forte o suficiente pra que você antes de dormir fique com as cenas na cabeça. É bem assim.

Li GERMINAL pela segunda vez. A primeira vez que li, o impacto foi grande...vivia uma época de repressão maior em nosso país, e parecia que aquele livro trazia o caminho das pedras.
Hoje a leitura ainda é impactante, por ser uma tragédia social que não mudou. Apenas obscurecida por alguns atenuantes assistencialistas.
Super recomendo a leitura. Não só para o leitor adulto, mas também para jovens que desejam entender como funciona o capitalismo, na sua face mais selvagem.
O enredo é altamente atrativo, e além de outras sensações, a fome é algo que parece criar corpo, e se incorporar na nossa essência. Uma escrita fantástica!
É isso.
Felipe.Mello 29/06/2024minha estante
Resenha maravilhosa!


Margô 30/06/2024minha estante
Obrigada Felipe ??




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