Pedróviz 10/03/2023
Coitadismo, egoísmo e adultério.
Eu mais ou menos sabia o que estava me esperando nas páginas desse livro: coitadismo e pieguice. Mas o conteúdo foi além! Encontrei um texto repleto de egoísmo, adultério e revolta contra o sagrado. A mulher "amada" é o centro do universo, é o sentido da vida do protagonista. A palavra amor é, no livro, sinônimo de paixão dos sentidos, embora notadamente se dê um toque platônico para ficar mais... romântico? Na impossibilidade de ter seu desejo atendido, o filhinho de mamã, que tudo sempre teve ao mínimo muxoxo, entra em colapso. Como bem observou o skoober Jordan, o Romantismo vai muito bem na poesia; quando envereda na prosa, quase sempre é um desastre.
Em tempo: A historinha é baseada em fato ocorrido com Karl Wilhelm Jerusalem, que era um advogado alemão. Seu
suicídio em Wetzlar tornou-se o modelo para "Os sofrimentos do jovem Werther".
Em tempo: se Werther verdadeiramente amasse Carlota, harmonizando Storge, Philia, Eros e Ágape, ele não agiria como agiu, muito menos matar-se-ia. A obra ilustra e parece enaltecer um desequilíbrio afetivo.