Hannah Green 07/04/2024
Amei mais do que esperava.
Gostoso de ler, quando vi, já tinha terminado. Primeiramente, sobre a história em si, muito bonito o que a Pollyana fez, claro que hiperbolicamente ela conseguiu transformar a cidadezinha toda apenas sorrindo, ela apenas foi gentil e toda uma cidade mudou por isso, porém, de fato, coisas incríveis podem acontecer ao sermos verdadeiramente gentis, claro, numa escala bem menor, mas parando para pensar, menor em relação a quê? Em relação ao mundo, talvez seja minúsculo, mas em relação à vida da pessoa que recebeu a gentileza, talvez fosse tudo o que ela precisava.
A escrita é tão envolvente que eu fiquei triste quando ela sofreu o acidente e acabou triste também, sem conseguir jogar o jogo do contente, nossa, eu me angustiei junto, mesmo sabendo que tudo ia passar e etc, não teve como não se emocionar junto. No fim, a premissa de "há males que vem para o bem", encontrou seu lugar na narrativa, e o acidente da Pollyanna permitiu uma cascata de acontecimentos até que todo o bem que ela entregou ao mundo, voltou para ela.
Sabendo do teor moralista e da função "lição de vida" do livro, pensei que fosse detestar, ou até achar forçação de barra, mas foi uma leitura emocionante, com uma boa lição de vida realmente.
Terminei querendo ler a continuação, pois o avançar da idade naturalmente vai dificultando a aplicação do jogo do contente.
Eleanor Porter, além de saber escrever uma boa história, também inventa nomes, quem diria que Pollyanna foi uma invenção literária tão recente?
No mais, não tenho muita vocação para o jogo do contente, pelo menos não do jeito que ela faz, até porque é saudável se irritar, às vezes.