Frankenstein

Frankenstein Mary Shelley




Resenhas - Frankenstein


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Raissa844 22/10/2024

Além do monstro..
"Somente eu devo ser considerado criminoso quando toda a humanidade pecava contra mim?"
É impressionante o quanto essa obra se perdeu ao longo dos séculos, primeiramente, esqueçam tudo que viram sobre as adaptações cinematográficas, Frankenstein vai além do monstro, é sobre o abandono de uma criatura que não pediu para ser criada, é sobre uma criatura que precisa enfrentar os desafios da vida e lidar com os preconceitos da sociedade sem ao menos saber do que se trata. Uma criatura que deseja ser amada, mas que não consegue ao menos ser ouvida em razão de sua aparência. A criatura erra, mas ainda assim se mostra muito mais humana pra lidar com seus erros do que seu próprio criador..
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Elaine848 23/10/2024minha estante
Perfeita resenha!! ?????????


Raissa844 23/10/2024minha estante
Obrigada, Elaine!! ?




hscage 22/10/2024

O que esperar de um monstro?
Quando li esse livro, achei que leria sobre um monstro atordoado, ruim e sem vontade de ser alguém bom. Entretanto, eu me surpreendi. A história que Mary conta não é um terror e sim drama, ela conta sobre um homem que quer acima de tudo vencer a morte, quer passar por ela acima de qualquer coisa, afinal, ela é a única coisa que ainda não conseguimos vencer.
O livro fala sobre pessoas que não são tão incluídas quanto as outras, mesmo tendo bons corações e boas atitudes. Devido suas aparências, são totalmente negligenciadas. Mary fez um livro para as pessoas que sempre sentem que não se encaixam em lugar algum por algum ?empecilho? físico ou até mesmo espiritual. Esse livro me tocou por diversas razões mas principalmente por ser um livro antigo mas ao mesmo tempo tão atual.
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Guigspinho 21/10/2024

Frankenstein passa longe do que eu imaginava, porém amei
Quando pensava em Frankenstein automaticamente associava a um clássico terror de monstro, mortes, fugas e perseguições. Então começar a leitura e perceber que ia muito além disso foi bem inesperado, porém ótimo.

Uma das coisas que mais gostei é que o livro explica o porquê de estar sendo escrito, ele começa com cartas de um sujeito para sua irmã, depois esse sujeito encontra um homem que se considera o mais miserável da humanidade (Victor F.) e embarca na história dele e no meio disso temos a própria visão do monstro. Mano??? Simplesmente apaixonante ter 3 pessoas distintas narrando a história e todas de forma igualmente interessantes. Enfim, durante essa troca de perspectivas somos apresentados ao Victor, de sua infância a sua maioridade, conhecendo suas relações, interesses e ambições que mais tarde dariam espaço a criação de um ser, e a partir desse ponto compartilhamos muito de seus medos, ansiando a aparição dessa criatura, imaginando sua aparência grotesca, sentindo que Victor está sendo observado a todo momento e nunca alcançando um espírito de paz. Juntamente a isso vem inúmeras reflexões de ética, criação, empatia, posse, sociedade e vários outros tópicos que engrandecem essa experiência.

Tem algumas coisas que me incomodaram mas podem ser mais pessoais do que outra coisa, no começo eu ansiava muito a aparição do monstro, então me frustrava um pouco por não ter entendido ainda que seria explorado muito mais a história do Frankenstein do que somente o monstro em si, outro ponto, em alguns momentos tem descrições mais extensas de seus sentimentos e lugares que também deixam um pouco maçante.


(Considero essa uma das leituras obrigatórias pra vida, poder revisitar inúmeros filmes, jogos e outras mídias que se inspiraram em Frankenstein, agora já conhecendo a história, vai ser mega gratificante.)

No fim, ao contrário do que alguns dizem, Frankenstein é sim uma história de horror, não só isso como também carrega um terror psicológico fortíssimo, uma ficção científica que todos, um dia, cogitamos e uma carga dramática maior ainda. Coincidência ou não, Frankenstein é um emaranhado de coisas tal qual seu monstro.
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Fabio.Nunes 21/10/2024

O que nos faz humanos?
Frankenstein ou o Prometeu moderno ? Mary Shelley
Editora: Darkside, 2023.

Sabe aquele monstro verde, meio boçal, gigantesco, formado por partes de outros corpos? Então, ele não se chama Frankenstein e, na verdade, não tem nem muito a ver com o monstro que nos é apresentado nessa obra.
Dito isso, este livro nos apresenta um romance semi-epistolar onde conhecemos a história de Dr. Frankenstein, um jovem de família rica que resolve estudar numa universidade e, em sua avidez por conhecimento, consegue dar cabo a um sonho: dar vida a um objeto inanimado.
Este objeto é um monstro gigantesco, horrendo e que causa repulsa e medo em quem o vê.
Frankenstein, diante do sucesso de sua empreitada fica terrivelmente assustado quando a criatura abre os olhos, e assim foge, largando-a à sua própria sorte.
Evitando os spoilers, o que posso dizer é que o desenrolar dessa história culmina numa tragédia, onde a morte é a grande redenção.
Entrando nas camadas da obra, Mary Shelley nos apresenta uma crítica a uma sociedade industrial em grande expansão, cujo mote principal era o domínio da natureza e de todas as coisas por meio de uma ciência sem base ética. Uma sociedade também apresentada como vinculada unicamente às aparências, e não às essências.
Ao longo do texto, a criatura ? que não possui nome ? demonstra uma forte necessidade de afeto, de capacidade de sofrimento e de raciocínio. Frankenstein, por sua vez, é um arrogante que renega sua criatura, julgando-a unicamente por sua aparência horrenda, sendo incapaz de sentir compaixão e travando uma árdua luta psicológica para tentar voltar a viver uma vida normal. Confesso ter sentido muita dó da criatura em diversos momentos, o que me fez refletir sobre qual dos dois seria o mais humano (o criador ou a criatura?).
Uma abordagem que vi ser aplicável aqui é entender a criatura como um elemento do próprio Frankenstein, parte de sua própria psiquê ? seu duplo antagônico. O livro seria, portanto, uma luta de Frankenstein contra seu monstro interno. Tanto verdade que Frankenstein não tira a criatura do pensamento e vive perseguido pelo monstro, dando a conotação de que criador e criatura são uma entidade só.
A vingança perpetrada na narrativa é justificada por um elemento filosófico subjacente: o homem nasce bom e a sociedade é que o corrompe.
As críticas negativas ficam, em primeiro lugar, pelo elemento filosófico supramencionado, coisa da qual discordo. Em segundo lugar, a leitura da obra afetou minha suspensão de descrença, pois alguns elementos não são bem amarrados e certas ocorrências parecem ser puras conveniências de roteiro.
No fim, vale a leitura pelo peso da obra e do que ela representa, não só na literatura, mas para as próprias mulheres.


"Aprenda de mim - se não de meus ensinamentos, ao menos de meu exemplo - quão perigosa é a aquisição do conhecimento e quão mais feliz é o homem que vê o mundo como sua cidade natal do que aquele que aspira tornar-se maior do que permite sua natureza."

"Um ser humano maduro deve sempre preservar a mente calma e pacífica e nunca permitir que a paixão ou o desejo transitório perturbe sua tranquilidade. Não creio que a busca pelo conhecimento seja uma exceção à regra. Se o estudo a que a pessoa se dedica tende a enfraquecer seus afetos e a destruir o gosto pelos prazeres simples que não admitem mistura alguma, então esse estudo certamente é ilegítimo, ou seja, não condizente com a razão humana."

"Acusa-me de assassinato e, todavia, com consciência tranquila, destruiria a própria criação. Oh, louvo a eterna a justiça do homem!"

"Aprendi que os bens mais estimados pelas criaturas eram a alta e pura descendência e riquezas. Um homem apenas poderia ser respeitado caso possuísse uma dessas vantagens, mas, sem nenhuma das duas, exceto em casos muito raros, era considerado como vagabundo e escravo, condenado à desperdiçar suas capacidades em prol do lucro de uns poucos escolhidos.!"

"No entanto, minha não será a submissão à escravidão abjeta. Vingarei-me de minhas dores. Se não puder inspirar amor, causarei medo..."
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Victor, the Reader 20/10/2024

Frankenstein, clássico e erudito
Pra começar, julgo importante destacar, como sempre, a qualidade editorial da Darkside. Edição muito bem acabada, trabalhada e caprichada.

Muito me surpreendeu a erudição de Mary Shelley. Não sei quantos clássicos você já leu, mas muitos são bem adstringentes. Este, diferentemente, dá pra ser consumido sem açúcar, tamanha habilidade linguística da autora.

Afora o famoso enredo de Frankenstein, o qual não se trata da criatura, mas do criador do monstro, o que me impeliu à leitura foi ter descoberto que a autora era filha de dois progressistas do século XVIII, com destaque à sua mãe, a revolucionária feminista Mary Wollstonecraft.

Recomendo.
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Mayra.Mattoso 19/10/2024

Quando a gente começa a ler Frankenstein, percebe que a visão gerada no nosso imaginário devido aos filmes e seriados é bem diferente do livro. Victor Frankenstein é na verdade o nome do cientista, que quando jovem era obcecado em descobrir como surge a vida.
No entanto, quando ele consegue dar vida a uma criatura que ele construiu, se arrepende no mesmo instante, esquecendo de suas responsabilidades por esse ser.
Essa negligência afetará sua vida e de sua criação.
Achei uma boa história, vale ressaltar a criatividade da escritora ao escrever esta obra no início do século XIX, considerada a pioneira no gênero de ficção científica e influenciando a literatura de horror.
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bela 19/10/2024

O anjo que caiu na terra de demônios malignos
?Serei eu o único criminoso, quando a humanidade inteira pecou contra mim??

E nossa humanidade supérflua segue penalizando criaturas, condenando a aparência acima do caráter. Frankenstein escancara isso.

Não é um terror. Ler Mary Shelley é desconstruir tudo o que você sabe sobre aquele monstro verde com parafusos na cabeça. É, na verdade, uma crítica à nossa humanidade.

?Eu não verei mais o sol, nem as estrelas, nem sentirei o vento no rosto. Luz, sensações e sentidos terão ido e, nessa condição, encontrarei felicidade.?
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Mari Takahashi 18/10/2024

Frankenstein
Essa é a história de Frankenstein, um jovem fascinado por ciência e filosofia que decidiu criar um experimento que desafiava as leis da natureza e criou uma criatura que, sem nem fazer ideia, seria sua própria ruína.

Essa é uma das primeiras vezes que eu vou ler um livro clássico sem saber nada da história. É claro que eu conhecia a criatura de Frankenstein, mas não sabia a fundo sua história nem tinha assistido a nenhum filme baseado ou inspirado na obra. Sempre vemos essa criatura quase como um zumbi, só um monte de pedaços de corpos humanos com vida, sem pensamentos nem convicções profundas. Mas não, a criatura em sua origem passa longe disso. Eu fiquei impressionada com a capacidade do monstro em ser autodidata, aprender a ler, a falar e a pensar, não apenas sobrevivendo como por instinto. Ele foi curioso, queria saber sobre os seres humanos e queria se aproximar como se fosse um deles, mas ele também tinha consciência de que não era como eles. E descobrir como esses pensamentos fizeram ele se tornar em relação ao seu criador é realmente notável de quão humano a criatura se tornou, mesmo tomando rumos cruéis.
Essa se tornou uma obra clássica do terror e não foi à toa. A tortura psicológica que o Frankenstein impôs a si mesmo é de fato torturante. É bem notável a dor que a criatura lhe causara.

Apesar de eu frequentemente ter problemas com a escrita de obras mais antigas, aqui não me senti muito perdida. Apesar de todo o vocabulário rebuscado da época, a história realmente me envolveu. Eu estava a quase um ano querendo conhecer essa história, então minha curiosidade me manteve bem firme na leitura.
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Elena 18/10/2024

Esse querido me surpreendeu. não conhecia quase nada sobre a história e decidi pegar pra ler nesse mês.
Gostei mais do que pensei que gostaria!!!
não dá pra negar o quão impactante deve ter sido pra época que foi lançado e é palpável a influência de Frankenstein em outras obras.
A escrita é tipicamente gótica, muita descrição de sentimento, uma ambientação triste e macabra.
um sentimento de pesar nos persegue durante toda a leitura e no final, a gente só sente muito e quer a todo custo voltar no tempo pelos personagens. Acho que a Mary soube escrever bem essa fatalidade pré definida pelo qual o Viktor ia passar. É difícil não sentir o peso das consequências dos nossos atos enquanto lemos.
Gostei muito do dilema moral aqui apresentado, e apesar do fim trágico pra ambos, eu confesso que consegui entender muito bem as motivações da criatura.
pra falar a verdade o Viktor era apenas um jovem sedento que foi além do que podia.
Não acho que seja uma história que vai agradar a todos, Inclusive acho que é uma leitura que fica com a mais com gente depois de finalizada.
É aquela história que você vai pensar "tá mas e se ele não tivesse feito isso ?"
muito interessante ler como a ambição mas também a solidão podem nos destruir mesmo e como no final eles eram só seres muito assustados que não se permitiam ver além da dor.
é legal também pq a gente pode ter duas interpretações, a mais literal, e essa mais metafórica de sermos nós que nos amaldiçoamos.
A exploração da ciência e dos limites do conhecimento também traz uma ótima reflexão. Até onde podemos usar nossa sabedoria ?
no final somos todos fod1dos neh
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Polytroposs 18/10/2024

Frankestein, mas não aquele do cinema
Li esse não tão rapidamente por conta das demandas da vida, mas tenho certeza que engoliria numa madrugada caso estivesse com esta disponibilidade.

Gente, vocês tem noção do que é escrever um romance gótico que mudaria a história do gênero com apenas 18 anos de idade.

Não tô afim de me prolongar, não consigo ver pontos negativos, mas sempre gosto de lembrar que se trata de um livro de 1818, outro tempo/espaço e pensamentos. Enfim, ótimo mês pra ler este.
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Evelyn1019 18/10/2024

Gostei bastante da leitura, esse duplo entre a criatura e Victor Frankenstein foi intenso, gerando várias reflexões. As atitudes que são tomadas após situações de abandono, solidão, recusa, falta de pertencimento, me fez refletir se o meio corrompe. Foi uma leitura que me surpreendeu, só não gostei mais pq achei o Victor do meio pra o final entediante rs. ???
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