Ana Júlia Coelho 25/02/2023Kate tem uma vida perfeita, não poderia pedir nada melhor que isso. Até que sua mãe é assassinada depois de ter sua casa invadida. Se já não bastasse o choque de perder a mãe de um jeito tão violento, Kate está recebendo mensagens ameaçadoras: aparentemente, o assassino de sua mãe também quer vê-la morta.
É angustiante acompanhar todo o assédio que Kate sofre e as desconfianças a que isso leva. Ela passa a duvidar dela mesma e de todos a sua volta. O leitor passa a duvidar da sanidade da personagem, porque a sequência de acontecimentos é perturbadora. Até que ponto Kate pode confiar nas pessoas que a cercam? Parece que o assassino tem olhos e ouvidos dentro de sua própria casa, e isso é assustador. Para proteger-se e descobrir quem acabou com a vida de Lily, Kate vai precisar reabrir feridas mal cicatrizadas e mergulhar em segredos que preferia não ter descoberto.
A história, mesmo tendo capítulos intermináveis, prendeu bastante minha atenção. A narrativa intercala o ponto de vista de Kate e Blaire, sua melhor amiga que volta de Nova York para o velório de Lily. Os personagens são pouco confiáveis, então dá de desconfiar que qualquer um poderia ter matado Lily. Alguns pontos ficaram bem óbvios logo no início, mas fui pega de surpresa com o desfecho. O plot do assassino achei tosco e pouco elaborado, e outro plot gostei da construção até resultar nele. Um ponto fraquíssimo é o estilo das autoras (ou o jeito que a editora traduziu). Todos os diálogos são extremamente infantis e pouco elaborados. Parece aquele livro feito por amador, que é cansativo de ler porque é cheio de diálogos toscos.
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