Resenhas -

Danielle735 01/10/2024

Distopia do veganismo
Apesar da falta de profundidade do personagem, o final me fez entender isso.
O personagem não é profundo, não tem explicação pra ele ser daquele jeito, ele não é herói, na verdade é o pior dos vilões.

yoshii 25/09/2024

"i'm freee! Worst experience of my life"
Se eu recomendaria a leitura? Não, mas não é porque é mal escrito nem nada disso.
É que algumas partes são difíceis de ler. Não queria ser essa pessoa, mas a tortura animal não dá (eu sei que isso foi intencional por parte da autora).
Enfim... nunca mais chegarei perto desse livro ?

Bruna.Pustiglione 04/09/2024

Perturbador em muitos níveis
Gente, esse livro?
Quando falo que é perturbador, não tem haver com ficar com medo e/ou assustado (apesar que também depende, pq faz a gente ter medo da humanidade). Mas cara, o livro faz a gente rever tanta coisa? primeiro porque começa já com a legalização do canibalismo devido a um vírus louco em todos os animais e então não podemos mais comer carne de origem animal.
Daí por aí já basta né? Mas a cada capítulo te faz ficar mais enojado, por mil e uma coisas. Tem gente comendo tudo que é parte do outro, tem os centros de abate, que criam ?humanos? como animais e os vendem pra diversos compradores dos mais níveis esquisitos possíveis. Meio que ?quem paga melhor, leva?. Tem médico querendo fazer cosplay do pior médico de todos os tempos (dr. Mengele, que foi conhecido por seus experimentos macabros com humanos vivos durante a segunda guerra mundial), fazendo experimentos nesse cenario. Tem ?estupr**? encoberto por amor quando na verdade a cruedalde só aumenta em cada página lida.
Enfim, nem eu com todo o estômago do mundo, consegui engolir essa história que só me fez ficar nauseada, porém faz você ter medo, medo porque será que os seres humanos seriam capazes disso??

Eu realmente espero que não meus caros.

Luana 20/08/2024

Só não dou uma nota maior porque senti que o final foi super corrido e dava pra ser melhor explorado. e caramba! a última fala?

passei o livro todo pensando que não acho que isso seja um cenário tão impossível de acontecer hahah
me lembrou de banalidade do mal ?

mar5 13/07/2024

Sabe qnd dizem que não conseguimos desviar o olhar de acidentes, mesmo não querendo olhar? foi meio isso que senti lendo esse livro kkkk
li ele bem rápido, mas não gostei de quase nenhum aspecto
achei que a idéia foi boa, mas a construção da história nem tanto... talvez tenha sido por conta das expectativas que eu criei, achei que iria explorar mais as questões psicológicas dos personagens e que seria menos apoiado nesse role de querer chocar o leitor a cada página :p

Marcela115 20/06/2024

"She had the human look of a domesticated animal"
1984 encontra veganismo, canibalismo, capitalismo e feminismo. Bom, chocante e trágico no que se propõe.

gabii. 16/06/2024

Genuinamente desconfortável
Diferentemente de outros livros que li que contém antropofagismo, esse é menos comercial e, digamos, menos sensacionalista. Pra mim, ele foi assustadoramente difícil de engolir porque envolve a legalização e toda uma sistematização hipócrita do ato...
E como sempre, a podridão do ser humano permeando esse sistema, nessa realidade absurda é de cair o queixo. Não é um livro pra todo mundo e não porque há o consumo de carne humana... Mas porque é desesperador saber que o homem é capaz daquilo que se lê na obra. Não é ficção a baixeza contida nela.

carrilholet 29/05/2024

Hannibal Lecter aprova!
A ideia desse livro de mostrar um futuro no qual a sociedade normaliza o canibalismo pareceu muito interessante pra mim desde o primeiro momento.
Ler isso a partir da perspectiva de uma pessoa que não conseguiu fazer essa normalização ainda me deu mais vontade ainda de ler, já que isso de certa forma aproxima o leitor do personagem, afinal, nós temos essa estrenheza em comum. Ao longo do livro quando as revelações são feitas, as ações dos personagens parecem uma traição conosco tornando tudo ainda mais impressionante. Meu maior problema com o livro foi o final, que acabou sendo meio fraco.

Leandrovd 22/04/2024

Achei bacana o universo que foi criado para o desenvolvimento de todo o conflito, não sei se gostei muito de como a história passou. Gostei mais da ideia e descrição gore proposta do que da narrativa per se.

justjuliacx 18/03/2024

Achei a proposta interessante e até gostei do início do livro, mas depois da metade foi quando a autora me perdeu. Parei de ligar para a história/personagens e fiquei extremamente decepcionada com o final.
Além disso não vi a necessidade da cena em que os adolescentes torturam os 4 cãezinhos.

anin. 08/03/2024

É pra você achar ruim mesmo
O objetivo do livro, pra além de desenvolver uma narrativa, é causar repulsa. A querida apresenta (sem poupar detalhes) uma distopia recheada de referências e críticas ao maquinário imenso que é a indústria de carne.
É repulsivo, dói e você querendo ou não sai diferente.

sohfpio 07/02/2024

Tar?
A premissa é extremamente interessante, tinha tantos caminhos que poderiam ser tomados nessa história? não é que eu não tenha gostado do livro, gostei pra cacete do enredo, mas acho que faltou uma resolução maior, algum conflito real. até pensei que iria gostar do protagonista no começo, no entanto ele se mostra tão dodoi das ideias quanto todos os outros personagens.

vou tomar o livro como uma crítica da humanidade e a crueldade no geral, pq não sei exatamente oq tirar do livro

babilelivros 03/02/2024

Cadê a história?
Eu ia esperar pra resenhar mas eu preciso hablar KKKKK gente, a premissa do livro é mega interessante. Eu amo distopia e tava com sangue no zóio por causa da minha última leitura, que tinha sido bem arrastada. Um querido surgiu comentando desse na minha timeline e eu pensei: por que não?

É um livro forte e com vários gatilhos, muita violência, pra 18+ e olhe lá. Apesar de não estar acostumada com livros com descrição tão gráficas, isso foi até que de boa. Acho que foi por dois motivos; o primeiro é porque eu li em inglês, acho que meu cérebro tava mais focado em entender o que tava escrito em outra língua, e o segundo é porque eu realmente tentei não ficar imaginando muito as cenas na minha cabeça.

Eu não posso negar que o livro tem seu mérito. O ritmo dele é muito bom, os capítulos são mais curtos, você fica curioso pra ir pro próximo. Eu li muito rápido, mesmo sendo bem pesado. Cheguei a ficar meio tensa, mas aí botava de lado, ia ver o que tá rolando no BBB no Xuíter e tudo certo.

Então, qual o problema? Lá pelos 60% da leitura, eu percebi uma coisa: até aquele momento, o livro tinha sido praticamente só descrições e não tinha como a autora desenvolver a história naquela altura do campeonato. E até as descrições acabam sendo pouco aprofundadas porque este é um livro bem curto.

Vou tentar explicar sem dar spoiler: todos os personagens ou são sadicos ou são completamente apáticos. O mundo virou essa coisa super selvagem e parece que tá todo mundo ok com isso, mesmo que tenha uma teoria da conspiração envolvendo o governo. A gente sabe que houve a ?transição?, mas quando e como ela ocorreu? Teve algum tipo de resistência? Tentaram achar uma cura pra doença? A gente não sabe.

Não tem ninguém lutando contra o sistema, mesmo que boa parte dos personagens se lembrem de como era antes da transição. Não tem uma resistência, não tem um personagem que se destaque com uma história própria, nada. A conspiração envolvendo o governo é só mencionada. Se o livro for uma crítica ao consumo de carne animal, o que eu cheguei a cogitar, a mensagem não ficou clara porque a autora não explorou esse ponto. Se o livro for uma crítica ao que a humanidade é capaz de fazer em situações extremas, isso também não ficou claro porque todos os personagens estão conformados com a situação. E aí gente fica conformado com a situação, no sentido que a próxima cena de violência pode ser revoltante, mas não surpreendente.

Por isso que eu achei que, no fim das contas, faltou enredo, faltou uma ?moral?, uma mensagem a ser passada, uma crítica a ser feita. A autora teve uma ideia muito boa e se dedicou bastante em fazer ela parecer verossímil; da pra ver que ela pesquisou bastante sobre o processo de abate. Mas e aí?

E aí que é só isso mesmo. É um livro com uma cena violenta atrás da outra simplesmente porque é assim. Eu acho que como um livro de terror gore pode até funcionar, mas como distopia, deixa muito a desejar.

Moraes 31/01/2024

Tender is the Flesh parece o rascunho de um livro
Confesso que comecei a ler esse livro bastante esperançosa. Vi muitas reviews positivas do livro na internet e, como uma boa fã da ficção psicológica e de livros que possuem uma crítica à sociedade, resolvi dar uma chance ao livro. E, com toda a honestidade, a leitura não condiz com a popularidade que o livro angariou.

Creio que o principal erro da autora foi o quão rasa a narrativa se tornou. Iniciamos já com um narrador onisciente que resume todo o estado contemporâneo do planeta na situação distópica nas primeiras páginas do livro - e, a partir desse momento, a autora faz uso dos capítulos seguintes para apenas exibir, sempre usando dos mesmos recursos narrativos, situações cada vez mais bizarras e preocupantes.

Um livro que inicialmente se propõe a ser crítico acaba se tornando apenas um relato de terror e choque, atirando para todo lugar para incitar a presença de atitudes hediondas sem sequer tentar se aprofundar nas implicações daquilo ou em detalhes mínimos que poderiam tornar o enredo e o ?background? da história mais tangível e real.

E, sim, já entendemos que o mundo é horrível, já compreendemos o fator de choque, mas porque a autora insiste em repetidas vezes usar o cenário de ?Ele saiu de casa para trabalhar, encontrou um personagem de índole questionável e aconteceu tal situação horrível?? A história acaba se tornando entediante e repetitiva, a ponto de que os fatores de choque e o horror passam a tomar apenas um papel de repugnância na história, de forma que muitas vezes, ao ler o livro, eu pensei ?como a autora consegue pensar em todas essas coisas horrorosas mas não consegue achar uma forma original de introduzir elas na história??.

Além disso, o fator de repetição sem reflexão faz com que o livro acabe ganhando apenas um aspecto de crônicas de terror, o que torna o capítulo final e o encerramento da história bastante desconexo dos outros capítulos próximos ao fim. A ausência de uma organização consequencial dos eventos no livro e o investimento de escrita apenas nos acontecimentos por si sós cria uma sensação de um clímax curto e pouco interessante, e, se não fosse pelo final chocante, teria consolidado o livro como um completo rascunho de algo que poderia ter sido bem construído.

A única coisa que eu posso de fato apontar como positivamente notáveis dessa obra é que os acontecimentos mais horríveis são descritos com bastante destreza, e que o final é certamente arrepiante. No entanto, esses argumentos apenas comprovam que a autora focou o livro mais nos detalhes chocantes, mas não teve preocupações em ambientar e narrar os outros componentes da história com originalidade.

Em suma, o que eu posso dizer é que a impressão que eu tive lendo o livro é que a autora teve uma ideia inicial genial, que poderia ter originado um livro crítico e coerente, mas ela pecou muito na escrita ao tentar abranger de forma muito rasa vários tópicos tangentes à ideia central do livro. Na busca por gerar um sentimento de incômodo, ou de instigar o leitor por meio da exibição contínua da frieza e da crueldade que o ser humano é capaz de adotar, a autora acabou por criar o rascunho de obra de terror ?gore?.

Ash 30/01/2024

Pra um livro tão curto eu demorei bastante pra terminar, o livro não tem algo que te puxa e te motiva a continuar lendo. É uma crítica interessante, depois que você para pra pensar, mas durante a leitura você só consegue questionar se o livro realmente tem um ponto a fazer ou a autora só quer te chocar com os absurdos que acontecem e com as reações absurdamente apáticas dos personagens. Depois de pensar sobre o ponto do livro você entende que a apatia é intencional, pois nada do que acontece é terrível pros personagens como é terrível pra nós, eles vivem em um mundo canibalístico e se comportam como tal, tanto literal quanto metaforicamente.