O homem que ri

O homem que ri Victor Hugo
Victor Hugo
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Resenhas - O Homem que Ri


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Perrelli 12/04/2021

Sabe aquele livro que você leva para vida? Então....🤯🤯🤯
O HOMEM QUE RI


O homem que Ri de Victor Hugo, é um clássico da literatura, inclusive tendo filme, influenciador de diversas obras e assombrosamente atemporal. Um verdadeiro ensaio sobre as disparidades sociais existentes na época ( séc. XVII) mas, que refletem os dias atuais.

Na narrativa acompanhamos a história de Gwynplaine, menino órfão comprado por “comprachicos” -traficantes de crianças- que tinham como objetivo lucrar com o menino transformando-o em uma verdadeira aberração ao retalhar o seu rosto para que sempre mantenha um riso hilariante independente de seu gosto/sentimento.

Abandonado à própria sorte em uma praia na Inglaterra, Gwynplaine ainda criança tem que buscar sobreviver em um mundo onde a indiferença para com os desafortunados é mais comum do que o ar que se respira.

Menções honrosas a outros três personagens que juntos formam a “família” de Gwynplaine: Dea, menina cega, achada pelo protagonista no dia em que fora abandonado; Ursus, homem que vive em uma carroça pelas ruas trabalhando como saltimbanco e “farmacêutico”; Homo, lobo e fiel companheiro de Ursus sendo em suas palavras “mais homem do que lobo” cada uma desses possui importância fundamental na vida do menino até sua formação como homem.

Obra é envolta por fatos históricos que contribuem demais para o entendimento da narrativa, além de colocar um plano de fundo períodos históricos como a revolução francesa que dão toda a ambientação necessária a obra. Ponto a ser observado é o excesso de descrição da obra que por vezes deixa a narrativa entediante, porém muitos desses momentos precedem a fatos marcantes da narrativa não deixando pontas soltas na história.

Vamos acompanhando as críticas sociais à medida em que Gwynplaine vai tendo contato com essa parcela da sociedade. Fato inclusive ressaltado em prefácio, o livro teria como objetivo a crítica a sociedade aristocrática que pelos fatos históricos estaria vivendo um de seus momentos apoteóticos.

Me deixou tocado também perceber que Gwynplaine, é a retratação de um povo que sofre a duras penas para poder ter o mínimo possível para sobreviver e ainda assim, têm de ter um sorriso no rosto como forma de sobrevivência, pois, nem reclamar podem. É impressionante como a discussão é atual: os que estão no topo da pirâmide não têm interesse algum em solucionar o problema de uma sociedade que é pautada em privilégios, é necessário que o pobre continue a sofrer, e o rico continue em seu papel de mandatário.

É daí que a frase proferida por Gwynplaine (saltimbanco, pobre, sujeito à margem da sociedade) ecoa tão forte pois não há como deixar de fazer um paralelo com nosso cenário.

“É do inferno dos pobres que é feito o paraíso dos ricos”


site: https://www.youtube.com/watch?v=2KhzpkSDwHA
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Gabriel 02/04/2021

Uma leitura necessária
Victor Hugo traz muita informação e contextualização ao longo da obra. A história é rica em detalhes e faz o leitor se sentir parte da história, sentindo as frustrações e as felicidades dos personagens. Uma história que me prendeu do início ao fim.
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Fernando.Dumas 19/03/2021

Um clássico de Victor Hugo
Uma tragédia romântica com critica social. Um grande livro escrito por Victor Hugo.
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ElisaCazorla 01/03/2021

Queria mais ficção e menos História
Queria mais ficção e menos HISTÓRIA!
Acho que Victor Hugo tinha uma preocupação gigantesca com manter um registro histórico do que ele achava que era o centro do mundo. Eu gostei muito do texto mas há tantas e tantas e tantas páginas preocupadas em descrever o funcionamento de um navio e como se navegar um navio e como se achar no meio do mar - que me senti mais lendo um livro de história do que um romance. Informações demais e completamente irrelevantes para a narrativa ficcional deixam o livro um pouco cansativo. É mais um documento do que um romance.
Depois mais e mais páginas sobre a hierarquia da nobreza e da aristocracia na monarquia de Londres - infinitas páginas! Informações DEMAIS que não fazem diferença pra narrativa. É muito claro que Victor Hugo teve muito cuidado em documentar o que ele achava que não podia desaparecer da História. Mas isso deixou pouco espaço para os personagens maravilhosos! Ursos, personagem incrível que amei desde a primeira frase e que poderia ter tido mais e mais páginas.
Um desfecho que não me agradou em nada. Um drama cansativo que deixou TANTAS portas e janelas abertas e que se tivessem sido trabalhadas poderiam ter sido TÃO MELHORES!!!
Uma pena. Uma leve decepção.
regifreitas 01/03/2021minha estante
veja pelo lado bom: se um dia vc se perder no mar, em um navio abandonado, saberá se virar bem. rsrsrsrs


ElisaCazorla 01/03/2021minha estante
Regi, é uma maneira de ver as coisas - mas eu devo admitir que entendi muito pouco desses longuíssimos capítulos porque são bastante técnicos e eu não estou nenhum pouco familiarizada com aquele vocabulário hehe


regifreitas 01/03/2021minha estante
eu tive esse problema com Moby Dick, quando li lá no começo do milênio. muitas descrições sobre a vida no mar e a pesca de baleias. tenho até vontade de reler a obra, mas quando penso nessas partes, bate a preguiça.


ElisaCazorla 02/03/2021minha estante
Acho que esses autores tinham objetivos que ultrapassavam a literatura: documentar. Fica mesmo bem cansativo algumas partes.




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IvaldoRocha 14/01/2021

“É do Inferno dos pobres que é feito o paraíso dos ricos”
Isto foi escrito ha mais de 150 anos.
Considerado o livro mais erudito de Victor Hugo, faz por merecer a leitura de páginas, de um verdadeiro delírio verbal, como cita a nota da tradutora.
Não consigo imaginar como Vitor Hugo, conseguiu tantas informações sobre assuntos tão específicos mencionados no livro em uma época sem Internet.
Só para se ter uma ideia, quando descreve a cabana, em verdade o carroção onde vive Ursus, cita uma inscrição onde se lia: “Únicas coisas que se importa saber:” e ai seguem sete páginas descrevendo a aristocracia inglesa, aliais, o livro era para se chamar “Aristocracia”.
Não se assuste em determinado momento você vai entender a razão disso. O livro tem dessas coisas, tudo foi muito bem pesquisado, a linguagem utilizada, enfim tudo tem uma razão de ser.
Chama a atenção, dois capítulos preliminares, antes do LIVRO PRIMEIRO, como se fossem uma preparação para história. O capítulo “URSUS” que na verdade é um homem, junto de seu eterno amigo Homo, que na verdade é um lobo. Ursus se tornou meu personagem favorito do livro, ele é ótimo, sua grande ocupação é odiar o gênero humano, mas seu coração é gigante como ele. Gwynplaine, nosso herói e Dea completam o quarteto.
O outro capítulo “Os Comprachicos” onde você fica sabendo da existência de um comércio medonho, que se tornou famoso no século XVII e faz parte da “fealdade” humana, como escreve o autor. Os “Comprachicos” eram especializados na compra de crianças, para serem transformados, de várias formas, inclusive crirugicas, em aberrações a serem exibidas em feiras e circos.
O início do livro incomoda, a densa descrição do vento, do frio, da chuva e a neve, um inverno considerado “memorável para os pobres” é uma coisa absurda.
Livro fabuloso, tudo muito bem pensado, reviravoltas imprevisíveis, as coisas são mais descobertas do que contadas.
Confesso que este foi o primeiro livro de Vitor Hugo que li, fiquei impressionado, ainda bem que temos mais alguns na estante.
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Sparr 30/11/2020

Uma das melhores leituras do ano.
Victor Hugo sabia ir na cerne dos sentimentos. Sabia fazer a crítica ao estilo de vida e preferências. Tudo de maneira muito única e palpável.
Gostei demais dessa reflexão sobre a máscara que muda um homem.
Saber como a realeza era capaz do mais sórdido para esconder o que praticava quando ninguém estava vendo. E vejo a crítica sobre isso, muito presente e forte em Gwinplaine.
Nesse livro acompanhamos uma caravana dos improváveis se unindo para se protegerem mutuamente e dali, faz-se uma família. Gwinplaine tem o seu rosto mutilado, mas aprende a viver dentre aqueles que se escondem, não em máscaras de carne como a sua, mas na máscara de suas próprias ações. Na falsidade.
No romance de Gwinplaine com Dea (e isso não se faz spoiler) é possível ver que Dea o enxergava como ele realmente era, para além da aparência. A sua deficiência visual a dava o presente de enxergar a índole de maneira que aqueles que enxergavam claramente não eram capazes.
Gostei demais do discurso no parlamento. Na exposição do riso como muito mais do que um sinal expresso de alegria. Gostei demais de ver as referências tão fortes e sinceras aos estilos de vida durante aquele período.
Apesar das críticas de alguns, gosto muito das digressões de Victor Hugo. Elas enriquecem o texto e dão um respiro em momentos densos.
A tradução está muito boa, porém com ressalva de que algumas palavras que já sabemos inapropriadas, poderiam ter sido alteradas. Mas isso é incômodo meu. Cotejei com o texto em inglês e gostei bastante.
Deixo como sugestão que quem ler, também assista o filme de 1928. E lembre-se que o maior vilão dos quadrinhos, Joker, teve sua inspiração em tal figura criada por Hugo para expor as muitas máscaras e falsidades do homem. O homem que ri, o faz. E por isso, também chora.
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_Fer 15/11/2020

Por que tão sério?! Gostaria de um sorriso em sua face?
Gwynplaine teve seu rosto cruelmente mutilado ainda quando criança, ficando uma marca de um eterno riso grotesco, sorriso esse que atrai e fascina multidões. Tal mutilação não foi feita ao acaso, há um motivo por terem danificado a sua face e por consequência encoberto a sua identidade.
A ganância a maldade e todas as outras misérias da alma humana, são descritas e abordadas no enredo do " O Homem que Ri".
A quem diga que foi o livro que inspirou um dos vilões mais dramáticos e perturbadores de O Batman".
Vale a leitura.
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ferbrito__ 14/11/2020

"É do inferno dos pobres que é feito o paraíso dos ricos."
Tal como "Os Miseráveis" essa foi uma narrativa impressionantemente crítica que aborda sobre os miasmas da humanidade. Não esperava menos de Victor Hugo. É um livro tão bom que me faltam palavras para descrevê-lo. Além de quase ter chorado com o final. Recomendo muito!!
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carolina :) 26/10/2020

o homem que ri;
Todo livro que leio desse autor, na hora que vou fazer a resenha, não tenho palavras para explicar e descrever o que é entrar no mundo e no romance dele.
Sou apaixonada por Dea e Gwyplaine (fiquei em choque com o final do livro), as revelações,o desenvolvimento.
Esse livro aborda assuntos políticos de forma clara e é um foco desse livro, a maldade humana,pobreza e riqueza.
O que faz Gwyplaine ser disforme não é culpa dele, ele nunca pediu para ter sua boca cortada, e isso me trouxe o pensamento, até quando vamos rir daquilo que as pessoas não tem domínio sobre?
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Camila 04/08/2020

Victor Hugo mais uma vez brincando de Deus
Deslumbre frente a Victor Hugo. Que livro!!!
Acho que é o mais político dos que já li do autor, críticas sociais fortíssimas. Personagens tão elaborados, com detalhes tão minunciosos de inteligência e loucura e carisma.
Quão grandes são os abismos sociais que separam as classes!
Na primeira parte do livro não há nomes para os personagens, como se fossem representantes de todo um gênero humano.
27 páginas para afundar um navio! Toda a densidade e suspense que envolve o passado, presente e futuro daquelas pessoas e o destino que à elas estava ligado. A velocidade que as mudanças transformam o mundo destes personagens no mundo do autor, 180 anos depois, e no nosso, 150 anos à frente.
O povo é o cavalo das estátuas dos reis. O povo pode ser o leão, mas se contenta em ser asno. Citações assim estão em cada página da obra, riquíssima em poética e análises sociais. Todas as formas de manipulação usadas para manter o povo na ignorância estão belamente descritas.
Para reler!
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Daniel Lucca 09/04/2020

Que clássico..
Que clássico da literatura extrangeira "Ursus é um homem, Homo um lobo, existe mais humanidade no lobo do que no homem... Dea é cega, mas vê a alma... Gwynplaine é a luz na escuridão..."
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DaniBooks 17/03/2020

O HOMEM QUE RI
Victor sempre me encanta. E com O Homem que Ri não foi diferente.

Aqui, acompanhamos a trajetória de Gwynplaine, uma criança que foi deformada por uma gangue chamada comprachicos. Essa gangue pegava crianças abandonadas e as transformava em atrações grotescas de circo. Gwynplaine teve seu rosto deformado e um sorriso eterno estampado na face.

Por questões políticas, Gwynplaine foi abandonado pelos comprachicos em um porto inglês, em uma noite de neve e tempestade. No seu caminho, ele salva uma bebê da morte e encontra abrigo na casa ambulante de Ursus, um homem que ganha a vida se apresentando como filósofo e até como médico. É um homem pobre, que tem como única companhia um lobo: Homo. Ursus abriga Gwynplaine e a bebê, que passa a se chamar Dea. Dea, por ter ficado exposta ao frio e à neve por muito tempo, é cega.

Esse grupo insólito se apresenta toda noite para poder sobreviver. Gwynplaine e Dea crescem apaixonados, um amor idealizado e puro. Ele vira saltimbanco e passa a ser conhecido como O Homem que Ri. Tudo vai relativamente bem, até o momento em que resolvem partir para Londres. Lá, fatos extraordinários mudam a vida de Gwynplaine e põem sua nobreza de caráter à prova.

Mais uma vez, Victor Hugo escreve sobre os miseráveis, sobre os renegados, sobre os excluídos, sobre o grotesco, mas também sobre o sublime. E o sublime é sempre o amor.

Mais uma vez, vemos a crítica ácida à nobreza e à aristocracia, dessa vez inglesa, a ironia, o apreço pela República e pela Democracia, o grito por igualdade social, o desprezo pelo abuso de poder e pelo descaso com as massas.

Gwynplaine é visto como um monstro, todos riem dele. E a única que enxerga sua verdadeira face é Dea, a cega. O sorriso de Gwynplaine é o sorriso do povo: triste, falso, resultado de violência e mutilação social.

Pleno de personagens marcantes, O Homem que Ri nos brinda, mais uma vez, com a escrita espetacular de Victor Hugo: uma escrita delicada e crua, emocionante e chocante, rica e cheia de recursos. É tudo amarrado, tudo se encaixa, não há nenhuma ponta solta. Tudo tem um propósito, nada é gratuito. É uma verdadeira aula.

Só não ganhou 5 estrelas porque houve um momento em que a prolixidade do autor me cansou. Mas foi um quase nada em meio a essa história maravilhosa.

O final é doído, é triste, digno do auge do Romantismo. Confesso que não esperava esse desfecho, ansiava por algo mais alentador. Porém, ele é coerente com todo o enredo.

Obviamente, você deve ter se lembrado do vilão dos quadrinhos, o Coringa, durante a leitura dessa resenha. Sim, aqui está a origem desse palhaço das trevas. Gwynplaine e Coringa não têm, a princípio, muito em comum, a não ser o sorriso perpétuo, que simboliza tanta coisa. Porém, assistindo ao último filme do vilão do Batman, percebemos que há muitos paralelos entre esses dois personagens sim. Aconselho ver o filme após a leitura do livro.

Enfim, mais uma obra prima desse autor francês que eu adoro. Uma obra injustamente pouco comentada e meio esquecida. Vale muito a pena a leitura; é uma experiência enriquecedora.
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Hugo 27/02/2020

Mais uma grande obra de Victor Hugo
Victor Hugo fala aqui sobre temas do jeito peculiar próprio, varia sobre diferentes temas: políticos, sociais, aristocracia, amor, navegação, luta...
Um prato cheio.
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