isabela 29/12/2020Esperava mais.Li uma entrevista com a autora na Vox que eu gostei muito, então fui atrás do livro. Apesar do início ser bem sólido, com os paralelos entre os boomers e os millenials, a segunda metade é bem inferior. As reflexões sobre trabalho são extremamente centradas no contexto dos EUA (mesmo com a proposta do livro não se limitar a esse escopo) e mais especificamente, em uma parcela bem privilegiada da geração Y estadunidense. O capítulo do "cool job", pra mim, foi o auge do privilégio. Mesmo com a autora reconhecendo isso e tentando trazer perspectivas diferentes, o livro perde muito poder explicativo por essas limitações. Ele vira basicamente uma coleção de anedotas que externalizam sim um sentimento comum, mas que não conseguem por si só explicar a ansiedade generalizada de existir enquanto jovem no século XXI, exacerbada por inúmeros fatores da experiência de cada um.