Dez dias no manicômio

Dez dias no manicômio Nellie Bly




Resenhas - Dez dias no manicômio


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Del 15/11/2024

Enquanto eu estiver vivo tenho esperanças
Enquanto eu estiver vivo, tenho esperanças.

Numa época em que as mulheres eram tratadas com desprezo e cansada de escrever textos sobre teatro e artes, Nellie Bly, pseudônimo de Elizabeth Cochran, foi uma jornalista estadunidense que, em 1887, fez a audaciosa façanha de tornar-se interna em um manicômio na ilha de Blackwell, em Nova York, para assim relatar e denunciar os horrores que aconteciam entre suas paredes.

Nem sempre as internas eram mulheres com transtornos psiquiátricos. Muitas delas eram mulheres estrangeiras, pobres ou com algum tipo de doença. As pacientes sofriam sem proteção contra o frio, os alimentos servidos eram de péssima qualidade e ainda sofriam maus-tratos por parte das enfermeiras.

Após os 10 dias em que ficou internada, Nellie publicou em jornal tudo o que viveu, as histórias de algumas dessas moças e também um relatório sugerindo algumas mudanças no tratamento dado às pacientes, levando assim a um aumento no orçamento destinado à instituição com o intuito de melhorar a qualidade de vida das pacientes.

A escrita é bem fluida o que me fez mergulhar nessa história de cabeça esquecendo do tempo enquanto estava debruçado sobre estas páginas.
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Laraemili 07/04/2024

Enquanto eu estiver vivo, tenho esperança.
Nellie Bly com certeza uma mulher muito a frente do seu tempo, muito corajosa de fazer tudo o que fez para sua matéria sobre o manicômio. É uma leitura rápida pelas poucas páginas que tem, sua leitura não é difícil mas tem muitos gatilhos (sobre torturas das enfermeiras com as pacientes) é uma leitura bem interessante e que trás conhecimento. O livro apesar de ter tempos que foi publicado seu relato é muito atual ainda.
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Osório 06/07/2023

Esse livro é totalmente necessário, pois apesar de retratar uma história do final do século XIX, o sistema manicomial continua precário e não recebe as atenções devidas, as pessoas são vistas como marginalizadas e as condições são insalubres. histórias horrendas como a do manicômio de Barbacena vão perdurar até quando? até quando a sociedade e os poderes públicos vão ver os manicômios somente como local que segrega quem não se adequa à sociedade?
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Joana Vivi 05/01/2022

Com certeza não é um livro para qualquer pessoa ler. É muito forte o que é descrito aqui, mas é real. Infelizmente tudo é real. É indescritível a dor e o sofrimento que estas pobres e infelizes mulheres passaram nesse lugar, uma tortura cruel e desumana. As enfermeiras que deveriam cuidar das pacientes são rudes e totalmente maléficas! É triste, é ultrajante, é humilhante a forma como tratavam as pacientes. Não tenho palavras para descrever tudo que li nesse livro, é a crueldade humana escrita por uma jornalista de grande importância. Nellie Bly foi muito destemida em sua tarefa e ajudou diversas pessoas com o dinheiro arrecadado, suas denúncias foram ouvidas.

"Saí da ala dos insanos com prazer e arrependimento ? prazer por poder mais uma vez aproveitar a brisa fresca do céu. Arrependimento por não poder trazer comigo algumas das mulheres desafortunadas que viveram e sofreram comigo, e as quais, estou convencida, são tão sãs quanto eu era e sou agora."

"Somente depois que se está com problemas é que se percebe quão pouca simpatia e bondade existem no mundo."

"O que, exceto a tortura, produziria insanidade mais rápido que esse tratamento? Aqui está um grupo de mulheres enviadas para serem curadas. Eu gostaria que os médicos especialistas me condenando por minha ação, a qual provou a capacidade deles, pegassem uma mulher perfeitamente sã e saudável, trancafiassem-na e a fizessem ficar sentada das 6 às 20 horas em bancos retos, não permitissem conversar ou se mexer durante essas horas, não dessem a ela nada para ler e não a deixassem saber nada do mundo ou o ocorre lá fora, dessem a ela comida ruim e tratamento severo, e observassem quanto tempo levaria para deixá-la louca. Dois meses a tornariam uma ruína, mental e fisicamente
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Alê Ferreira 17/06/2021

Dez dias em um inferno
Esse poderia ser o título desse livro, que nasceu do trabalho investigativo de uma jovem que aos 23 anos, em 23/09/1887, munida com muita coragem e perspicácia, aceitou o desafio se fazer passar por uma paciente psiquiátrica num hospício durante dez dias.
Ela conta sua trajetória ali, sendo que o mais curioso é que ela relata que assim que adentrou o estabelecimento deixou de agir como se estivesse louca e nada adiantava aos olhos dos médicos que, mesmo assim, a consideravam totalmente insana.
Uma vez internada como Nellie Brown, viveu na mesma condição degradante que as outras pacientes e se confrontou com o lado mais sórdido e o horror, não por causa das internas que ali estavam mas esse lado da humanidade estava estampado em quase todos os médicos e enfermeiras que deveriam cuidar das doentes.
Ao sair, Elizabeth Cochrane Seaman, sob o pseudônimo de Nellie Bly, faz um relato fiel de tudo que vivenciou e de tudo que soube das pacientes, trazendo a tona uma realidade chocante e até então conhecida apenas dentro dos muros do Hospício na ilha de Blackwell, em Nova York.
Com isso ela consegue alertar para os absurdos ocorridos no lugar e a partir daí segue-se uma investigação que de certa forma melhorou a vida das internas, além de ter ocorrido o direcionamentos da quantia de $ 1.000.000,00 (um milhão de dólares ) para a instituição.
Além da questão humanitária apresentada pelo livro outra que me inquietou foi a questão do ponto fronteiriço da loucura, os limites da sanidade mental e da doença, analisada sobretudo do ponto de vista sociocultural.
Outro ponto positivo foi conhecer um pouco da história da própria autora. Recomendo a leitura.
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Thais.Carvalho 30/09/2023

Nellie Bly era uma pessoa muito a frente de seu tempo. Ela conseguiu se passar por "louca" e permanecer por 10 dias em um manicômio para poder documentar o que encontrou. As mulheres eram tratadas da pior maneira possível, sem dignidade, com violência, sem alimentação adequada e em meio a sujeira.
DANILÃO1505 30/09/2023minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista!

Resenha de Artista!




Danniki 04/03/2022

⁠Enquanto eu viver, terei esperança.
Fiquei sabendo da história através do fato curioso numa página do Instagram, e nunca mais saiu da minha cabeça em saber os detalhes, e descobri no ano passado que tem o livro. Então indiquei a leitura para Libraslizando, que é o clube de leitura para leitores surdos, para o mês de fevereiro. Fiquei surpresa com o tamanho do livro, não segue edição pocket, mas ele é pequeno!

Nellie Bly é pseudônimo da autora Elizabeth Cochran Seaman, pois na época não era comum uma jornalista escrever sobre direitos humanos e investigações. Eu dei cinco estrelas pois a autora merece o reconhecimento pelo trabalho e pela sua luta feminista. Sinceramente pelo fato de que antes da segunda guerra há fatos relatos ruins que mostram que ser humano não conhece limites para maldade, isso não me surpreende mais nada. Por isso ao ler o livro não fiquei abalada, até achei que a narração da autora foi fina.  

A autora infiltrou por 10 dias no manicômio a pedido do seu editor devido às denúncias do asilo mais famoso do país. O interessante é que ela se preparou e conseguiu enganar a todos que a levaram para manicômio, ela não precisou se esforçar tanto assim para ser considerada como louca, qualquer fala ou atitude já era suficiente para acusação de loucura, principalmente entre as mulheres. Isso não muda até hoje, onde há falha na sororidade e ainda temos muito o que aprender sobre não julgar uma mulher.

site: https://www.instagram.com/autora.daniellamartins
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Carol *_* 17/04/2023

Necessário
(...)" Como um médico pode julgar a sanidade de uma mulher apenas oferecendo um bom dia e se recusando a ouvir seus pedidos".

Nellie Bly jornalista investigativa vai narrar seus dias presos em um hospital pediátrico para mostrar como funcionava os lugares.
Primeiramente é incrível ver a força e a coragem de Nellie para a época.
Segundo, que medo que tive lendo esses livros, como era fácil condenar uma mulher e chamar ela de insana. Uma moça foi julgado simplesmente por ficar exaltada e exalar sua raiva. Que época horrível para nós mulheres.
E sobre o lugar? Nada me surpreende mais nessa altura do campeonato, por mais triste que seja já imaginava as atrocidades.
É aquilo, pessoas pobre independente da época vão sempre se ferrar estando a mercê.
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Thales Duart3 09/07/2024

Curioso
Li por causa do Título e da capa. A história é pesada e, o pior de tudo, real. Essas histórias de manicômios sempre me chama a atenção. Boa parte por ter, em minha família, esquizofrênicos diagnosticados. E eu sei bem como já foram tratados. Mas ver uma história dos final de 1800 é chocante. Principalmente pq era com mulheres, que à época eram extremamente mal tratadas. Porém, em alguns trechos a escrita é confusa e não linear, e isso me frustra.
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Vehalcantara 06/03/2024

Dez Dias no Manicômio
Que obra incrível! Nellie nos conduz por uma jornada de coragem, uma busca por respostas.
Não é fácil ler os relatos das atrocidades cometidas contra as mulheres. Você vai sentir dor, pesar e compaixão, raiva, tudo ao mesmo tempo.
A escrita é viciante e podemos ver o quanto Nellie Bly entregava seu coração em tudo o que fazia.
Recomendo!!!!
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Iris 10/01/2023

Esta não é uma obra antimanicomial
Uma leitura muito importante para ter contato com a realidade dos manicômios e com a crueldade no tratamento com as pessoas tidas como "loucas". Traz aspectos de gênero e classe muito necessários para entender a internação manicomial, mostrando as especificidades no tratamento para com as mulheres pobres.
Mas ao ler é importante ter em mente o que é ser antimanicomial, para entender que este não é o foco desta obra.
A escrita de Nelly Bly traz uma nítida separação, mesmo que sem explicitar em palavras, sobre quem merece e quem não merece estar em determinado ambiente passando por determinado tratamento. São colocadas na arena do manicômio mulheres sãs vs mulheres loucas, sendo sempre reforçado nas entrelinhas o lugar de cada uma: para as sãs a liberdade, para as loucas o confinamento definitivo.
Importante ler, mas fazer uma leitura crítica, tendo sempre como princípio que o manicômio não foi e nunca deveria ser entendido como aceitável em nenhum caso ou condição.
Faline.Ferreira 01/02/2023minha estante
Quero ler Holocausto brasileiro , que fala sobre o assunto.


Iris 01/02/2023minha estante
Eu li o Holocausto Brasileiro também, ele é bem mais difícil do que o da Nellie Bly, mas eu preferi


Faline.Ferreira 01/02/2023minha estante
Estou me preparando pata ler




Geovana.Mendonca 11/11/2024

Um relato de coragem ?
Que leitura incrível! Brutal, profunda e Corajosa! Relatos descritivos intensos e minuciosos que mostram como era o Asilo de insanos. O livro mostra as internações não como um cuidado e zelo para quem precisa mas como uma política higienista para se livrarem dos "loucos" e do peso social que eles traziam e isso é tão marcante que nem se preocuparam em investigar detalhadamente se os sintomas são condizentes ou não, aceitando a falsa loucura proposital de Nellie. Um ato corajoso que revelou a brutalidade do sistema. Uma realidade brutal que ocorreu em vários locais, inclusive no Brasil.

"Que coisa misteriosa é a loucura. Tenho observado pacientes cujos lábios estão para sempre selados num perpétuo silêncio. Elas vivem, respiram, comem; a forma humana está lá, mas aquela coisa indefinível, sem a qual o corpo não pode viver, que não pode existir sem o corpo, está faltando. Tenho me perguntado se por trás daqueles lábios selados haveria sonhos que não conhecíamos, ou se tudo era um vazio."
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Claudia.M 20/09/2024

Jornalismo engajado
Impressionante uma mulher de 19 anos, vivendo no século XIX, teve mais coragem que a maioria dos jornalistas de hoje. Aceitou o desafio de investigar a violação de direitos humanos de mulheres, em uma época em que éramos ainda mais insignificantes do que hoje e fez história. Deveria ser um modelo para os que se dizem jornalistas, comunicadores, mas ao lado de Nellie Bly, não passam de reles periodistas vendidos a grandes monopólios de comunicações nesse nosso mundinho periférico. Por mais Nellies neste mundo.
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Bruna3810 04/06/2023

Eu adorei a escrita da autora! Nem parece que estamos lendo um artigo, parece ficção de tão fluido que corre a narrativa.
É bizarro o quão fácil foi pra ela convencer sua loucura porque os médicos pouco se importavam com as mulheres. O tratamento das pacientes obviamente era terrível, eram tidas como lixo, tendo o pior da comida, o pior da vestimenta, do colchão pra dormir. Nem animais eram tratados assim. Muitas das mulheres ficaram doentes fisicamente e morreram, muitas outras acabavam ficando com a sanidade comprometida devido a todo o abuso. Era um lugar para deixar as pessoas mais doentes, não curar.
É interessante que o artigo dela realmente tenha tido efeitos práticos e muitas coisas foram mudadas, mas é triste saber que esse é um caso entre centenas ao redor do mundo. A maioria continuou torturando pessoas por anos sem ninguém socorrer.
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Jéssica 21/06/2022

A jornalista Nellie Bly relata sua experiência se passando por louca, para investigar denúncias de maus-tratos no manicômio. Ela foi extremamente corajosa, se propondo a passar por isso e pioneira em sua atuação como jornalista. Foi incrível saber mais sobre essa mulher. Com certeza virou uma inspiração pra mim.
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