Beatriz.Hossmann 01/11/2020
Representatividade e abordagem de temas importantes!
Uma das características que achei mais interessantes desse livro foi o fato da gente iniciar a leitura esperando por uma coisa e, ao longo do livro, acabar descobrindo que ele aborda muito mais assuntos e se desdobra em vários acontecimentos. A Bea Góes Cruz consegue trazer uma história que, ao mesmo tempo em que consegue ser leve, fofa e romântica( com direito a festa de Halloween e instalove), também é capaz de conscientizar sobre temas muito pesados, como a violência doméstica, o machismo e a depressão. Além disso, a autora é paraense, independente e LGBT+( ace), fazendo com que consiga construir muito bem os personagens que também fazem parte da comunidade. No caso, o livro tem protagonismo gay( o Eliseu), mas também tem representatividade bi( o Henrique) e ace( com a Cat, a fada madrinha). Fora isso, “12 chamadas perdidas” passou por leitura sensível e ainda foi construído e revisado juntamente a toda a equipe da Boreal, o que torna tudo ainda mais especial! Você quer ver uma versão de Cinderella super atual, com referências à cultura pop brasileira e MAIS, com um protagonista homem e gay( um Cinderello)? Então vai AMAR essa história, com certeza! Com a descrição super bem feita das situações de drama, magia, amor e até mesmo suspense, Bea consegue trazer um universo totalmente inovador e imersivo! Ah! E se você leu Armadilha para Lobos da Maria Eloise Albuquerque, com certeza vai perceber o crossover super legal com a história, já que ambas se passam em Nova Eldorado e vamos dizer que alguns personagens podem acabar se encontrando em alguns momentos! Não percam! A Abraqueerdabra é simplesmente TUDO! 😉