crabie 01/02/2023
O Príncipe viu o lampejo de dor nos olhos avelã de Eli.
Até agora, 12 Chamadas Perdidas com certeza é minha história preferida da coleção. Eu comecei a ler sem muitas expectativas e me surpreendi totalmente com o quanto me apeguei aos personagens principais. Não foi muito difícil sentir empatia pelo Eli, dada a sua situação, mas o jeitinho dele, o cuidado, amor e proteção que ele nutria pela família tomaram proporções muito maiores do que eu mesma esperava do personagem. Inclusive, umas das coisas que mais me agradou nessa adaptação de "Cinderela" foi o fato de que os meio-irmãos dele não fossem apresentados como antagonistas convenientes ao sofrimento do protagonista, muito pelo contrário, estavam mais pra vítimas do ambiente abusivo que o padrasto criara, como ele.
Quando se fala do seu relacionamento com o Henrique, minha única ressalva é que eu definitivamente queria ter visto mais deles juntos, mas o pouco tempo que tiveram pra desenvolver uma relação foi o suficiente pra eu me apaixonar pela dinâmica dos dois. Gostava como o Eli, mesmo bem maior e geralmente mais sério, ficava todo sem graça quando Henrique começava suas provocações. Adorei o encontro no baile e como eles, mesmo que de forma simples, logo descobriram a identidade um do outro. Não teve muita enrolação enquanto a isso e provavelmente nem caberia na trama. Achei eles levemente emocionados em algumas ocasiões, porque a história toda se passa em certa de dois meses(?), mas como ambos já nutriam certos sentimentos antes mesmo de se conhecerem de fato (e eu estar gostando muito dos dois juntos, também), deixei tranquilamente isso passar.
Também gostei bastante da Catarina, mesmo sentindo que ela tivesse sido muito resumida a simplesmente ser a melhor amiga do Eliseu. Apesar disso ser esperado, já que Cat era a representação da Fada Madrinha na trama, queria que ela tivesse tido um pouco mais de destaque, pois parecia ser uma personagem com muito potencial.
Mas confesso que senti falta da magia, principalmente na primeira metade do livro. Acho que poderia ter tido mais menções, nem que fossem pequenas, como em Armadilha para Lobos, que justificassem melhor sua maior aparição no clímax da história. Fora esse pequeno detalhe, a história é absolutamente incrível e, apesar dos gatilhos tratados, a leitura é super fluída. Não poderia recomendar mais!