A senhoria

A senhoria Fiódor Dostoiévski




Resenhas - A Senhoria


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Fernanda.Caputo 30/03/2024

Para um coração tolo, nem a liberdade de nada serve.
Acabei de ler o terceiro livro do Projeto Dostoiévski em ordem cronológica, "A senhoria", pela @editora34.

Ordinov é um estudante - sempre um estudante e sempre pessoas perturbadas - que precisa de um novo lugar para morar. É atraído pela beleza de Katierina e numa sucessão de eventos esquisitos vai morar com ela e seu companheiro.

É infinitamente melhor que "O duplo", mas muito perturbador. Fiquei pensando que realmente preciso avançar na biografia do Dostoiévski, pois seus livros só podem ter saído de uma mente em que há um misto de genialidade e loucura.
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Steph.Mostav 18/01/2021

Não tão impressionante quanto o primeiro livro
A primeira decepção a gente não esquece. Li 'A senhoria' para preencher uma categoria de desafio, um livro que divide opiniões. Infelizmente, dessa vez estou ao lado da crítica que considera este um retrocesso na carreira do Dosta em comparação com Gente Pobre. Como bem disse Bielínski, nessa novela "quer elevar-se à força mas tem medo de ir pela via comum e procura para si um caminho inédito qualquer". A premissa do texto é muito boa: o protagonista, que representa o tipo 'sonhador' romântico, era completamente dedicado à ciência e apartado do mundo, até que entra em contato com esse mundo que até então não fazia parte de sua vida e, desse contato, percebeu a própria inércia, o seu estado como o tal 'homem supérfluo', que tem planos grandiosos mas nunca os executa. Ao conhecer a bela Katierina, quer libertá-la da tirania de Múrin, em um embate que pode representar a vontade da intelectualidade russa de salvar o povo das tradições maléficas. Contudo, apesar de se achar predestinado ao papel de salvador, o protagonista, Ordínov, nada faz para alcançar o sucesso e se dá conta das próprias limitações e mediocridade, logo aquele que antes se achava superior ao restante do mundo do alto de sua solidão e estudos sem aplicação prática. É uma pena que a execução tenha pecado no desenvolvimento dessas ideias, como uma espécie de distorção ainda mais pessimista do ideal romântico.
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Igor 12/01/2022

Um livro diferente
Esse não é um Dostoiévski comum, aqui o autor, no seu início de carreira, escreve uma novela que viria ser reconhecida por sua importância somente em pós morte. Um livro onde pensamentos do homem do subsolo de Dostoiévski aparecem em seu berço, assim como palavras do Grande inquisidor. Um livro curioso sobre um "herói do tempo" da sociedade russa dos anos 40 (1840).
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wAnnah_ 22/04/2024

Oh L'amour...le délire
Fyodor dostoiévski mais uma vez me deixando confusa e presa em seus livros, eu admito que não gosto de literatura clássica, mas dostoiévski é um amor do fundo do meu coração! Ó céus, como podes existir uma escrita tão fluida mas tão confusa como a de dostoiévski? Esse livro em particular me fez questionar se foi um delírio ou se foi realidade....ah, dostoiévski sempre me surpreende, não tem como negar isso!

"Dê a ele, ao homem fraco , uma liberdadezinha?ele mesmo a atará e a trará de volta. Para um coração tolo, nem a liberdade de nada serve!"

Dostoïevski est un chemin sans retour!
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Carol | @carolreads 11/07/2019

A Senhoria
Mais um do #dostôesselindo lido!

Pelo o que andei lendo, o terceiro livro do projeto não agradou muita gente. E realmente é uma obra bem peculiar.... comecei a leitura gostando do clima de suspense (quase sobrenatural) do livro, mas acho que a narrativa foi se perdendo e que ela teve um final muito abrupto.

A história com Ordínov procurando um novo alojamento que, no meio de suas andanças, acaba conhecendo um velho e sua mulher - Katierina. Após o primeiro contato, Ordínov desenvolve uma obsessão tão forte pela mulher que acaba seguindo o casal e alugando um quarto no apartamento deles. É aí que a narrativa fica interessante, Dostoiévski cria um ambiente sombrio no apartamento - o prédio possui um porteiro estranho que acredita que o velho tem ligação com o sobrenatural (ele lê o futuro das pessoas, e sempre acerta), e logo após Ordínov se ligar ele fica muito doente - sofre de alucinações e começa a desconfiar de sua Senhoria. Acontece que, na segunda parte do livro Dostoiévski se afasta do fantástico e muda o narrador da história, agora Katierina contará a Ordínov sua história, como se envolveu com o velho e acabou naquele lugar.

Quando acabei a leitura senti que faltava algo, acho que se Dostoiévski continuasse a desenvolver a história com os elementos fantásticos teria gostado mais. Agora é esperar a live maravilhosa da professora Raquel no grupo do LidoLendo e o meio do mês que vem, para começar a leitura de Noites Brancas.

site: https://www.instagram.com/carolreads
Lucas 24/09/2021minha estante
Eu também gostaria que o clima de suspense tivesse continuado.




Guynaciria 03/02/2019

Essa novela escrita por Dostoiévski em 1847, é diferente das outras obras do autor, com que estamos acostumados. Pode-se dizer que ele estava em um período de auto descoberta, de transição, para o autor celebre que vivíamos a conhecer. 

O autor criou um protagonista tido como intelectual, mas acomodado, que se deixava flutuar pela cidade e pela vida, absorvendo o que considerava mais interessante, porém sem grandes ambições. 

O livro se desenvolve em um fluxo, que muitas vezes deixa o leitor confuso a respeito do que é ou não realidade, colocando em cheque a sanidade do Ordínov.

No inicio da narrativa, Ordínov é um homem solitário, que ler muito e acaba se achando superior aos que o rodeiam, ele mora em um quarto alugado, mas ver-se obrigado a encontrar uma nova residência.

Nesse período de transição em sua vida, ele encontra uma mulher de beleza singular, por quem se apaixonar imediatamente. Até esse ponto o livro era voltado para a racionalidade, porém esse arrebatamento amoroso, leva o personagem a um mundo de sonhos, mistério e ilusão, onde tudo deve ser questionado. 

Fica claro que o personagem é incapaz de resolver os problemas mais simples, e que seu caráter é duvidoso.

Nada é o que se imagina, a mulher bela e abnegada, traz segredos, que serão confessados no desenrolar da história, seu marido, um homem mais velho tido como um bruxo, não é de fato um bruxo de magia e feitiços, mas um homem que tem o dom palavra e a usa em beneficio próprio. 

Como todos os livros do autor, esse deve ser lido é apreciado sem pressa.
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Adriana1161 26/06/2018

Poesia folclórica
A Senhoria, é um romance sentimental, psicológico e filosófico. Muito diferente dos outros dois primeiros livros de Dostoiévski.
Nesse livro, ele retrata a fala do intelectual e não do funcionário público pobre. É o surgimento do herói falso, do homem supérfluo, do subsolo existencial. É o contraponto entre o homem pequeno e o homem supérfluo.
Ele vai por um caminho inédito numa época de grandes transformações sociais.
A história começa bem, mas depois parece um delírio só. A história toma um outro rumo, é uma fantasia mirabolante, mas é bem escrita. Mais do que a história em si, o que cativa é o jeito que o escritor escreve!
Parece que a partir daqui, essa vai ser a escrita de Dostoiévski.
E como ele mesmo disse para o irmão: "Uniformidade é ruína".



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Gláucia 01/05/2018

A Senhoria - Fiódor Dostoiévski
Novela publicada em 1847, li de forma conjunta com vários leitores no projeto da Isa #dostôesselindo o que tem isso ótimo para tirar da estante seus moradores antigos.
A obra dividiu opiniões, rendeu excelente discussão como sempre acontece e na época foi muito mal recebida pela crítica, que sem dó nem piedade afirmaram que o autor não tinha o talento que acreditaram possuir após seu Gente Pobre.
Ordínov é um solitário estudioso que, após ser obrigado a se mudar conhece Katierina e imediatamente se apaixona. A moça vive com um homem mais velho e ambos se tornam seus senhorios. Ordínov se vê envolvido pela nebulosa e enigmática vida desses dois, a moça é claramente dominada pelo homem que carrega em si uma aura e fama de maldito, de feiticeiro e nosso protagonista tentará salvá-la, resgatá-la das mãos desse aparentemente perigoso bruxo. Algo em seu passado os mantém atados um ao outro e a narrativa se desenrola nessa revelação. O final é meio súbito e nos deparamos com a débil atitude de nosso herói.
Não achei ruim mas o livro é desses facilmente esquecíveis.
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Victor225 15/03/2023

Uma leitura de certa forma arrastada. Dostoiévski faz um exagero proposital na descrição dos sentimentos e da mente de Ordínov, como que para ressaltar seu estado de quase insanidade causado pela paixão.
Essa paixão irrefreada por uma mulher misteriosa causa um interesse em saber a verdadeira história da moça e qual a relação dela com o "bruxo". Senti confusão no entendimento do todo justamente por essa dúvida em relação a sanidade do Ordínov, que entra em um estado novo e para ele desconhecido no momento em que vê a mulher pela primeira vez. Mas de forma alguma foi uma leitura difícil, e não deixo de recomendar, afinal, é Dostoiévski.
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Luciana 09/04/2018

Mais um livro de Dostoiévski para se pensar!
O livro é curtinho, a leitura fluida e a trama bem montada, ao ponto de ser impossível parar de ler!
A história é para reflexão, e sendo este o objetivo de sua escrita na época, é alcançada com sucesso pelo escritor!
É mais um bom livro do autor!
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Panariello 18/02/2021

Dostoiévski
A trama toda do livro é por causa da ligação entre, Katierina com seu mistério e Ordínov que é um intelectual e sonhador.
Adorei o livro, e indico sua leitora
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Mel 15/07/2023

Mais um Dostô
Como sempre, Dostoiévski surpreende com suas conexões (com o livro anterior, O Duplo; com Memórias do Subsolo? ). Conhecemos aqui o seu homem supérfluo, com nuances que só Dostô poderia criar, servindo de base introdutória para este seu tipo que vai modificando-se ao longo de seus próximos livros. Recomendo a leitura!
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Gabriel.Luck 21/07/2023

Dostoievski é profundo, mas isso não é totalmente bom
A analise no final do livro melhora tudo e muito.
Como disse a profundida da obra deixa meio confuso, mas se analisarmos tenho ideia a analise da pra notar que é um livro que também fala da modernidade, e é como se fosse taxi driver ou um protótipo de memórias do subsolo, a quebra da romanização da solidão funciona, mas algumas coisas não são tão bem relacionadas. a trama principal não deixa claro o por que dos sonhos e a interpretação ainda se torna dificil, como se fosse tentar achar algo onde não existe nada. Ou talvez haja e eu analisei errado.
E também tem o ponto de ser um autor oriental, e que usa dialogos extremamente longos com poucas divisões de sub capitulos.
O começo foi instigante, o meio de curisoso a complicado e o fim curioso e de certa forma meio frustrante, embora nem tanto.
Dostoievski Não é fácil mas se pelo menos der pra entender algum pouco já da pra ver que é muito.
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