rperesperes 20/12/2019Tudo sobre o livro + Resumo + Minhas breves consideraçõesRESUMO
Na busca pela eficácia pessoal, a maior parte das pessoas tenta mudar um de dois aspectos: seu comportamento (Vou me esforçar realmente para conquistar isso) ou sua atitude (daí a popularidade de livros de autoajuda e palestras motivacionais). Se você já tentou essas abordagens, sabe que não são muito eficazes. A única solução que leva a uma mudança é a alteração de seu “paradigma” pessoal, ou o padrão de percepção pelo qual você vê o mundo.
Para resumir da melhor forma possível esses sete hábitos, uma pessoa eficaz aprendeu a fazer essa alteração do paradigma de dentro para fora – e não de fora para dentro – de modo a progredir pelo caminho do crescimento desde a dependência, passando pela independência e chegando à interdependência. Ela encontrou o equilíbrio entre ser capaz de produzir ao mesmo tempo que aumenta sua capacidade futura de produção.
Isso pode soar como um monte de “abobrinha”, mas se tornará claro conforme você consiga progredir de um hábito ao outro e causar a alteração de paradigma que o autor descreve.
Os três primeiros hábitos são hábitos de autocontrole, ou vitórias pessoais. Esses devem ser conquistados primeiro e serem seguidos pelos próximos três hábitos, compostos por vitórias públicas. O último dos sete hábitos é a chave para garantir o funcionamento correto e constante renovação dos seis hábitos anteriores.
MINHAS CONSIDERAÇÕES
- Seja proativo. Adote uma perspectiva de responsabilidade por suas ações, reações e resultados.
- Comece tendo o objetivo final em mente. Certifique-se de que seus esforços comecem pelo o estabelecimento de seus princípios pessoais.
- Comece pelo começo. Dedique seu tempo a coisas importantes, não coisas urgentes.
- Pense com foco no ganha-ganha. Inicie toda interação com a perspectiva de quem quer melhorar o sistema (e não a outra pessoa), na busca por uma solução que seja a melhor possível para todos os envolvidos.
- Busque compreender antes de ser compreendido. Satisfaça a necessidade que as pessoas têm de ser compreendidas. Em seguida, estabeleça uma relação de confiança e comunique suas emoções – sua lógica é a última coisa que você deve divulgar.
- Combine os cinco primeiros hábitos para atingir um nível exponencialmente maior de interação a cada dia.
- Mantenha-se afiado. Dedique tempo especialmente para manter sua mente, corpo, emoções e espírito renovados.
A partir daqui, tudo sobre o livro...
HÁBITO 1: SEJA PROATIVO
Só por um momento, coloque de lado a definição de “proativo” que você encontra no dicionário, assim como qualquer outra definição ou significado que você tenha aprendido enquanto trabalhava num determinado campo. Você terá que fazer isso com a maior parte das palavras usadas nos próximos títulos se quiser, realmente, compreender o que Covey está dizendo.
A melhor forma de compreender o que é um paradigma – assim como compreender o paradigma que rege a vida de uma pessoa eficaz – é compreender, primeiramente, os três tipos de paradigmas amplamente aceitos na sociedade atual e utilizados por muitos para explicar o comportamento humano:
1) Determinismo genético (você é quem é por cause de seus genes)
2) Determinismo psíquico (sua criação, quando criança, moldou sua personalidade), e
3) Determinismo ambiental (as coisas à sua volta fazem você ser quem é)
O ponto de vista principal, nesse caso, é de que somos animais em nosso íntimo e que, portanto, somos compelidos a uma determinada resposta por um determinado estímulo. Embora haja, definitivamente, alguma verdade nessa declaração, Covey prefere citar Victor Frankl, psiquiatra e sobrevivente do Holocausto. “Entre o estímulo e a resposta o homem tem a liberdade de escolha”.
O autor define proatividade (e a alteração de paradigma que advém do conceito) como o exercício da liberdade de escolher o autoconhecimento, a imaginação, a consciência e a vontade independente como opções localizadas entre o estímulo e a resposta naturais. Se você está infeliz, malsucedido e assim por diante; é porque escolheu sentir-se assim em vez de escolher sua própria resposta. A intenção dessa declaração não é minimizar os efeitos que a genética, a criação e o ambiente tenham sobre uma pessoa. Para ser uma pessoa eficaz, no entanto, é necessário reconhecer nossa própria responsabilidade sobre como somos moldados por esses fatores.
Não se trata apenas de pensar positivo – ser proativo significa compreender a realidade de uma situação. E isso, em si, significa compreender que você pode, inclusive, escolher como responde a uma determinada circunstância. Todos temos um “círculo de preocupações”, que representa todas as coisas com as quais nos importamos, na vida. Mas apenas uma pequena porção das coisas nesse círculo pode ser diretamente influenciada pela nossa vontade. Uma grande porcentagem da população na verdade desperdiça horas de tempo e energia preocupando-se ou reclamando das coisas que não pode controlar. Quanto mais tempo é dedicado ao que está fora de nosso controle – ou fora de nosso “círculo de influência” – menos problemas reais são resolvidos. Isso acontece porque o círculo de influência diminui quando nossa atenção se volta ao que está fora dele – enquanto, obviamente, ele tende a crescer se dedicamos nossa atenção apenas às coisas que estão dentro dele.
Para mudar seu foco e direcioná-lo ao seu círculo de influência, pare de usar frases com “se” (Se eu tivesse um emprego melhor) e comece a usar frases com “posso” (Eu posso ser mais).
HÁBITO 2: COMECE TENDO O OBJETIVO FINAL EM MENTE
Tudo é criado duas vezes: primeiro, as coisas se tornam reais em nossas mentes – são criações mentais – e, como resultado posterior, tornam-se criações reais. Se você não controla a criação mental conscientemente as vicissitudes de sua vida são criadas segundo um padrão geral, moldadas por circunstâncias aleatórias e pelas expectativas e planos de outras pessoas. (Veja o resumo de Pense e Enriqueça, de Napoleon Hill, para entender melhor o que isso significa e para aprender a moldar suas ações com base nesse princípio).
Em outras palavras, se o Hábito 1 é “Você é o criador”, o Hábito 2 é a sua primeira criação. Começar tendo o objetivo final em mente significa abordar cada um dos papéis que você assume em sua vida com seus valores e a direção que pretende seguir claramente definidos em sua mente. Como possuímos uma capacidade de autoanálise, é fácil verificar que um papel assumido não está em harmonia com nossos valores, ou não é um resultado de nosso desejo proativo.
Qualquer que seja o ponto central de nossas vidas, ele será a fonte de nosso senso de segurança (nosso senso de valor próprio), senso de direção (que direção queremos seguir em nossas vidas), sabedoria (nosso ponto de vista sobre a vida) e poder (nossa capacidade de agir e conquistar). A maior parte das pessoas jamais dedica tempo ao alinhamento de seus valores e seu foco central. Como resultado disso, as pessoas podem focar suas existências em um – ou mais – de alguns dos pontos centrais mais comuns: elas podem ser focadas em seus cônjuges, em suas famílias, em dinheiro, em trabalho, em prazeres, em amigos ou inimigos, em suas religiões, ou em si mesmas. Você provavelmente conhece alguém que tem o ponto central de suas vidas focado em cada um desses fatores. Na verdade, se você for realmente honesto, perceberá que a sua própria vida gira em torno de algumas dessas coisas periodicamente.
E isso não é necessariamente terrível – estamos falando de coisas boas que merecem a sua atenção. Mas não é saudável ter seu senso de segurança, de direção, sua sabedoria interior, e seu poder pessoal definidos por esses fatores. Uma pessoa eficaz é focada em seus princípios – princípios formados por valores atemporais imutáveis. Ter o foco central em seus princípios fará com que todos os outros focos possíveis sejam vistos sob um novo prisma.
Covey descreve isso da seguinte maneira: “O poder advindo de uma vida centrada em princípios é o poder de um indivíduo autoconsciente, sábio e proativo, que não é limitado por atitudes, comportamentos e ações de outras pessoas nem pelas circunstâncias e influências ambientais que servem de limitação à essas outras pessoas”.
A melhor estratégia para se certificar de que sua vida está alinhada a seus princípios (e para notar quando algo está afetando esse alinhamento) é escrever uma declaração de missão pessoal. Covey não apresenta uma receita para essa escrita, mas sugere que isso seja feito a partir de papéis e metas que se deseje atingir: quem você quer ser e o que deseja conquistar?
Esse princípio é exatamente o mesmo tanto para famílias quanto para organizações – por mais absurdo que possa parecer: a declaração de missão pessoal é o primeiro passo para se tornar uma pessoa eficaz. Mas é necessário dedicar tempo e energia para conquistar o ponto de vista ideal e se preparar para o próximo hábito.
HÁBITO 3: COMECE PELO COMEÇO
O Hábito 3 é a segunda criação – a realização física dos Hábitos 1 e 2. Enquanto os dois primeiros hábitos estão ligados à liderança – que é o primeiro passo – o terceiro hábito é onde começamos a discutir a “gestão”.
Uma gestão eficaz significa começar as coisas pelo começo, estando disposto a fazer o que os outros não querem. A herança dos Hábitos 1 e 2 é um “sim” interno tão forte que permite dizer “não” a tudo aquilo que não está alinhado com seus princípios e metas, sem medo nem culpas.
Covey descreve quatro níveis de gestão de tempo:
1) Notas e checklists (para reduzir o peso cognitivo que você carrega hoje).
2) Calendários e agendas (olhar para o futuro para distribuir melhor seu tempo).
3) Planejamento diário através de priorização e estabelecimento de metas. A maior parte das pessoas nunca consegue passar além deste nível.
4) Categorização de atividades e foco objetivo em algumas, enquanto outras são excluídas.
É exatamente nesse quarto nível que o autor sugere que operemos.
Um gestor eficaz passa o máximo de tempo possível fazendo coisas importantes antes que elas se tornem urgentes: construindo bons relacionamentos, planejando em longo prazo, realizando manutenção preventiva de todos os tipos e assim por diante.
Mas, na verdade, a maior parte das pessoas não segue essa premissa e acaba dedicando a maior porcentagem de sua energia fazendo coisas urgentes que podem ou não ser importantes e raramente oferecem uma oportunidade para eficácia. Para tentar fugir desse círculo vicioso, a maior parte de nós tenta viver uma vida mais disciplinada. O autor, no entanto, diz que o problema provável não é a falta de disciplina – mas o fato de que suas prioridades não são fundamentadas por seus valores.
Para se tornar um auto gestor que realiza manutenção preventiva, Covey sugere uma série de quatro passos:
1) Identificar papéis. Faça uma lista de papéis aos quais você deseja dedicar tempo e energia. Alguns exemplos são: seu papel como indivíduo (ao qual você dedicaria tempo para melhoria pessoal e crescimento), seu papel como membro da família (marido, esposa, filho, mãe, etc.) e seu papel profissional (que pode ser composto por várias coisas, inclusive algumas que não correspondam ao título oficial do seu cargo).
2) Selecionar metas. Anote uma ou duas metas para cada papel que você queira desempenhar melhor na próxima semana. Já que o processo de estabelecimento dos Hábitos 1 e 2 está completo, essas metas devem estar relacionadas diretamente ao seu propósito maior e às suas metas de longo prazo.
3) Calendarização. Leve as coisas um passo adiante da maioria: sente-se e estabeleça um plano para a semana, calendarizando sempre uma semana de cada vez. Isso permite que você alinhe suas metas aos melhores prazos para atingi-las. A maior parte das pessoas atinge seu pico de produtividade entre 2 e 5 horas depois de se levantar da cama, pela manhã. Você pode usar esse princípio agendando as tarefas mais importantes do Quadrante 2 – aquelas difíceis de cumprir por conta de seu emprego – para 2 a 5 horas depois de se levantar aos sábados, por exemplo.
4) Adaptação diária. Separe alguns minutos no começo de cada dia para verificar a agenda pré-definida e revisitar os valores pessoais que o levaram a estabelecer essas metas para esse dia. As coisas mudam frequentemente na vida real – por isso é importante permitir que sua calendarização tenha fluidez e seja adaptável à realidade, sem permitir que seus valores e prioridades percam o foco de sua atenção.
HÁBITO 4: PENSE COM FOCO NO GANHA-GANHA
Chegamos a mais um daqueles títulos motivacionais de rede social que exigirão de você uma força especial para ignorar os lugares comuns e compreender, realmente, o que o autor quis dizer. Ele não prega uma atitude amigável e falsamente feliz e contente como a típica frase motivacional sugere. Em vez disso, Covey define o foco no ganha/ ganha como uma filosofia de vida que está constantemente em busca de uma “terceira” solução, uma alternativa ao tradicional “eu ou você”. A maior parte das pessoas tem como sua filosofia de vida um dos quatro paradigmas listados abaixo:
1) Ganha/perde (autoritário ou egoísta)
2) Perde/ganha (ser um molenga manipulável)
3) Perde/perde (quando duas pessoas do tipo ganha/perde interagem)
4) Ganha (foco exclusivo nos resultados que você garante para si mesmo)
Para fugir desse tipo de mentalidade contraproducente, precisamos desenvolver três traços de caráter essenciais para o paradigma ganha/ganha:
1) Integridade (o valor que atribuímos a nós mesmos)
2) Maturidade (o equilíbrio entre coragem e consideração)
3) Mentalidade para a abundância (que advém de um senso segurança e valor pessoal)
Tente pensar em cada um de seus relacionamentos como uma conta bancária emocional. Ao fazer depósitos proativos nessa conta, você garante que haverá fundos emocionais à disposição quando chegar o momento de fazer um saque. O foco no ganha/ ganha pode ser difícil, mas se torna muito mais fácil se você tem uma boa poupança emocional.
Para que possamos compreender melhor o que é uma decisão ganha/ ganha e como ela é estruturada, Covey oferece as seguintes características:
- Identificação clara dos resultados desejados
- Parâmetros específicos dentro dos quais esses resultados serão atingidos
- Recursos disponíveis na busca por esses resultados
- Responsabilidade, a ser estabelecida através de padrões específicos de performance e momentos claros de avaliação
- Consequências dos resultados da avaliação
HÁBITO 5: BUSQUE COMPREENDER ANTES DE SER COMPREENDIDO
Se você quer interagir de maneira eficaz com as pessoas e influenciá-las, é preciso, primeiro, compreendê-las. Pode ser relativamente óbvio, mas essa abordagem está em conflito direto com o modo que a maior parte das pessoas realmente vive: elas querem ser compreendidas primeiro, depois pensar em compreender.
Mais uma vez, Covey oferece uma escala que facilita a compreensão de nosso próprio comportamento. Aqui estão os quatro níveis de audição que ele descreve:
1) Ignorar;
2) Fingir que está ouvindo;
3) Audição atenta;
4) Audição empática.
Os três primeiros níveis são bem autoexplicativos, mas você pode nunca ter ouvido o termo “audição empática” em sua vida. Trata-se de tentar colocar-se dentro do ponto de vista do outro, “ouvindo” não apenas o que ele diz, mas sua linguagem corporal, tom de voz, expressão e sentimentos. Quando ouvimos com empatia fazemos um mega depósito em nossa conta bancária emocional.
Entretanto, em conflito direto com o princípio de audição empática, tendemos a ouvir a partir de nosso próprio ponto de vista (mesmo que estejamos ouvindo atentamente) e tendemos a responder de forma “autobiográfica” ao:
- Avaliar (concordar ou discordar)
- Sondar (fazer perguntas que partem de nosso próprio ponto de vista)
- Aconselhar (oferecer conselhos baseados em nossa experiência pessoal)
- Interpretar (explicar as ações das pessoas com base em nossas motivações pessoais)
Ao ouvir com empatia ao invés de forçar nossas respostas autobiográficas naturais a cada situação, podemos superar um contato superficial, uma interação banal; e substituí-la por um impacto real: as necessidades param de motivar as pessoas no momento em que são satisfeitas. Satisfaça a necessidade que as pessoas têm de ser compreendidas e você passa de uma interação simples a uma interação produtiva.
A outra metade desse hábito, portanto, é a necessidade de ser compreendido. Nesse ponto, Covey faz uma referência à filosofia grega do Ethos, Pathos e Logos – primeiro o caráter, depois as relações e, por último, a lógica do que está sendo dito. A maior parte das pessoas tenta pular diretamente para o Logos quando tem uma interação. Não resta dúvida, no entanto, de que uma pessoa precisa primeiro confiar em você e compreender seu ponto de partida emocional, antes que possa compreender como a sua lógica se enquadra na sua perspectiva geral. Se você estruturar sua comunicação a partir da perspectiva do outro, ficará surpreso com a facilidade repentina de transmitir a sua lógica.
Esse hábito é poderoso porque a busca por compreender antes de ser compreendido estará sempre dentro do seu círculo de influência. Quando as pessoas se compreendem umas às outras as portas se abrem para novas alternativas – soluções do tipo ganha/ ganha.
HÁBITO 6: SINERGIZE
Apesar de ser um daqueles títulos que causa arrepios em qualquer pessoa que vive – ou viveu – no mundo corporativo, esse capítulo pode ser extremamente valioso se você conseguir realmente compreendê-lo. Covey não se refere, aqui, ao tipo de “sinergia” que ocorre quando duas empresas se unem numa joint venture e se tornam “melhores” cortando custos de produção. Ele também não está falando sobre “trabalhar junto” para conseguir completar mais tarefas ou conquistar melhores resultados.
O que ele realmente quer dizer é algo impossível de descrever a menos que você tenha vivido uma experiência de real sinergia. Uma das melhores maneiras de descrever esse estado de espírito é quando um grupo de pessoas entra, simultaneamente, num estado de cooperação e trabalho que pode ser descrito como o “pico” da interação de grupo.
Talvez você tenha estado em uma equipe esportiva onde, por algum motivo, o time começou a se portar como se os atletas conseguissem se comunicar por telepatia – de repente, um jogador sabe exatamente onde o outro estará, como se eles tivessem uma só mente. Ou talvez você seja músico e tenha tido uma experiência em que todos no grupo tocaram perfeitamente e aquela música soou simplesmente limpa e cristalina. Ou talvez, numa situação de emergência, você tenha visto um grupo de estranhos entrar num estado de cooperação plena e perfeita, cada um fazendo o possível para corrigir a situação com rapidez e eficiência.
Ou talvez, num grupo de amigos ou familiares, discutindo uma experiência em comum, alguma palavra dita tenha encontrado em você um insight especial, algo tão incrível que você mesmo não sabia que era capaz de atingir. É isso que o autor quer dizer quando ele menciona sinergia – uma experiência conjunta, compartilhada, que pode ser criada como o pico absoluto da junção dos cinco hábitos anteriores.
A chave do capítulo é o fato de que uma experiência excepcional como essa não precisa ser um evento raro – pode ser criada em nosso cotidiano desde que coloquemos em prática os cinco hábitos anteriores e adicionemos a isso um bocado de autenticidade e mente aberta. Ser capaz de cooperar nesse nível frequentemente significa ter atingido um nível de eficácia que a maior parte das pessoas apenas sonha atingir, um dia.
HÁBITO 7: MANTENHA-SE AFIADO
Lembre-se: a premissa aqui é que estamos falando de hábitos. Isso significa que eles precisam ser consistentemente praticados e repetidos. E, para que você consiga seguir praticando esses hábitos diariamente, é necessário renovar-se e manter-se em contato com seus valores e princípios – é necessário renovar-se.
Covey recomenda que você encontre tempo para fazer coisas que permitam renovar o que ele chama de as quatro dimensões da natureza humana:
1) Mental (leitura, visualização, planejamento, escrita)
2) Física (exercícios físicos, nutrição, gestão do estresse)
3) Emocional (serviço, empatia, sinergia, segurança intrínseca)
4) Espiritual (esclarecimento e compromisso com valores, estudo e meditação)
Quando qualquer uma dessas quatro áreas é negligenciada, todas as demais acabam sofrendo danos – então dedique pelo menos uma hora de cada dia a essas práticas.
Covey não dedica tempo suficiente a nenhuma dessas coisas para poder oferecer um bom “guia” de como implementá-las em nosso dia a dia – e, pessoalmente, não acho que essa seja sua intenção. O que ele quer dizer é que um equilíbrio dessas atividades é necessário para dar suporte aos outros seis hábitos: se tudo for feito da maneira correta, um ciclo virtuoso de crescimento pessoal pode ser atingido.