spoiler visualizary4tam 17/03/2022
Melhor que o primeiro
Em minha perspectiva a escrita da Scarlatt evoluiu muito em relação ao primeiro livro, e ela resolveu alguns dos muitos problemas presentes em Um Toque de Escuridão, a começar pelos altos e baixos no decorrer da leitura, onde eram construídos cenários muitos promissores e em seguida a autora negligenciava tudo isso. Em Um Toque de Ruína, o enredo está bem mais pé no chão, e senti que a Scarlett soube desenvolver melhor essas nuances.
Em Um Toque de Ruína, o foco é praticamente em torno do relacionamento entre Hades e Perséfone, que se encontra caótico a medida que é apaixonado e avassalador. Os problemas de comunicação entre os dois deuses se tornam evidentes ao decorrer da leitura, e confesso que a Perséfone teve uma mudança em relação ao primeiro livro, é a primeira vez que eu vejo um personagem ao invés de evoluir e amadurecer, ele se torna imaturo, inconsequente e muitas vezes egoísta, como foi o caso da Perséfone.
O casal reclama tanto da falta de comunicação e confiança, mas os dois cometem os mesmo erros, ficou até chato a quantidade de vezes em que eles brigaram e deram chilique pelos mesmos motivos, e tudo se resolvia em sexo.
Perséfone questionando sua lealdade e amor a todo momento, o Hades um bocó passivo.
Ao mesmo tempo em que achei a Perséfone imatura, ela se tornou ingênua na mesma medida. Eu não gostei do fato da Perséfone virar uma espécie de "salvadora" a todo momento ela tentava ajudar as pessoas que não mereciam, (cof cof, Leuce) e o Hades oh tempo todo "ain vc é uma deusa diferente *----*" sem contar tbm q ela se tornou incrivelmente egoísta e hipócrita, eu ODIEI o fato de ela não aceitar a morte da Lexa e tentar a todo custo reviver ela, mesmo sabendo que não deveria fazer isso, e basicamente todo mundo alertando para não fazer isso, e ela foi lá e fez, apenas porque ELA não queria ficar sem a Lexa, e quando o Apollo a trouxe de volta com a alma quebrada, a Perséfone agiu normalmente e só pediu uma "desculpinha" e ficou tipo "ok, ela vai superar e ficar de boas". A Perséfone não merece a Lexa. Tudo que ela fazia no livro era basicamente tudo ao contrário do recomendado, e isso me deu nos nervos, parece que a autora criou uma sídrome de pick me girl na Perséfone sem mais nem menos, junto com o tanto de decisão estúpida que ela tomava.
Apesar de tudo, ainda considero a leitura melhor que o primeiro livro, e estou criando muitas expectativas para o terceiro livro da trilogia, espero não me decepcionar.
Ps. Não perdoei a passada de pano pro Apollo, ele assassinou crianças, é altamente egoísta mimado e vingativo, parcece que a autora quis tornar ele um vilão e depois desistiu, "ain, ele solitário, só quer um amigo, o homem que ele amava morreu, tadinho"
NÃO, definitivamente NÃO. Se a ideia era construir um arco de redenção, alguém avisa pra Scarlatt que ela errou feio.
O Hermes é muito meu amorzinho, a leitura se tornava mais leve sempre que ele aparecia, e não sei se é paranóia da minha cabeça, mas a personalidade dele me lembra MUITO a do Kenji de Estilhaça-me.
A cena no final, do zelador obcecado pela Perséfone foi bem sem noção e totalmente dispensável, eu fiquei tipo?????? Qual o sentido cara?
A mãe da Perséfone é uma vilã com grande potencial, mas continua sendo uma chata sem desenvolvimento, super desncessária na trama e deveria ser esquecida, já que não vai ser desenvolvida mesmo.