Jocélia 17/12/2015A maioria de nós amou demais ao menos uma vez ...Quando amar significa sofrer se está amando demais. Ama-se demais quando o parceiro é inadequado, desatencioso ou inacessível e a mulher ama mesmo assim obsessivamente. A mulher revela a necessidade de ser estóico o sofrimento que exprime no papel de “salvadora”.
Tornando-se obcecada por um relacionamento, obcecada por um tipo de homem, talvez, difícil e distante.
O propósito do livro é fazer com que a mulher reconheça o fato, compreenda as origens desses sentimentos e descubra os instrumentos para modificar sua vida.
A mulher percebe que esta amando demais quando passa a ter um estrago físico e emocional sério a ponto de ser forçada a analisar o relacionamento. Geralmente essas mulheres (é o que revela a autora) que amam demais vêm de famílias desajustadas. A tensão emocional desse tipo de infância deixa marcas profundas na psique do indivíduo.
Ainda de acordo com a autora, a mulher que ama demais não tem atração por homens gentis, estáveis, seguros e que estão interessados nela. Acha que esses homens “agradáveis” são enfadonhos. Acha que o homem instável é excitante é desafiante, o imprevisível é romântico, o imaturo é charmoso e o intelectual é misterioso.Para as mulheres que amam demais fará sentido o homem que atraem serem, na maioria, os que parecem carentes. Um homem que apele que não será necessariamente um pobretão ou doente. Talvez seja uma pessoa incapaz de relacionar-se com outras, seja frio e não afetuoso, ou inflexível, ou egoísta, mal-humorado, ou incapaz de assumir um compromisso, ou ser fiel. Ou talvez nos diga que nunca foi capaz de amar alguém. Ou mesmo alguns homem que são incapazes de ficar com apenas uma mulher, embora gostem da segurança de um relacionamento.A mulher que ama demais geralmente é correspondida sexualmente, de tal forma, que chega a pensar ser ninfomaníaca. O homem que seria o oposto do ideal a faz sentir a atenção que deseja num simples bate-papo e ao se envolver a sua vida passa a girar em torno do tempo roubado que passam juntos. E passa a estar determinada a salvá-lo através da força de seu amor. O fato de fazê-lo feliz a deixa feliz. E passa a usar como grande impulso a sexualidade para estabelecer um relacionamento com o parceiro. (este é um dos comportamentos descritos pela autora) Comporta-se sedutoramente para conseguir o que quer se sente bem quando isso funciona, e mal quando não funciona. E a primeira coisa que acontece quando o relacionamento começa a não dar mais certo é o sentimento de culpa. A mulher que ama demais quer assegurar-se de que seu homem seja dependente de dela. Muitas vezes acreditamos que somos atraídas por qualidades que parecem ser o oposto das que nossos familiares possuíam. Todos os indícios de quem ele é já estão presentes nas primeiras conversas, mas a necessidade dela de aceitar o desafio que ele representa é tamanha que, ao invés de vê-lo como um homem instável, imprevisível, perigoso, bravo ou agressivo, o vê como uma vítima desamparada, precisando de compreensão.
Apesar de toda a dor e insatisfação, amar demais é uma experiência tão comum para muitas mulheres, que quase acreditamos que é assim que os relacionamentos íntimos devem ser.
A maioria de nós amou demais ao menos uma vez, e, para muitas, está sendo um tema repetido na vida.