Janaina.Leme 07/12/2021Nunca imaginei que o Subterrâneo fosse tão cheio de tramas incríveis“Se alguém não buscar pela mudança, por mudar o mundo, se todos fizermos sempre as mesmas coisas, sem questionar, o mundo não evolui”. Essa é a energia que permeia a obra “Subterrâneo Ascensão”, a primeira de uma trilogia escrita por Anne C. Becker.
Neste submundo onde “não fazia sentido falar em dia ou noite”, os sobreviventes de uma Terra que se tornou inóspita tentam sobrevier “vivendo em noites sem fim”. O ar se tornou venenoso para a respiração na superfície e agora, quem quiser continuar vivendo, e muitos já nem lembram mais como era a vida na Terra, precisam seguir com o pouco que tem, trabalhando e estudando incansavelmente, mais para atender às necessidades dos governantes do que para as suas próprias.
Até o que se sabe, a profissão e os papéis das pessoas nessa nova sociedade eram ditados por seus genes. Conforme as novas gerações chegavam, seus destinos foram estabelecidos e marcados com base no DNA. E, pessoas com alguma limitação, física ou congênita, eram condenadas à plataforma. Explicando melhor, subiam de volta a Terra para morrer. O mesmo fim era dado aos condenados pela justiça por qualquer crime cometido no Subterrâneo.
São vários as personagens dessa trama: Elena, mãe de Carol e Douglas, Andrea, mãe do Tom, Francis, Jacob, Alex, Thiago e mais alguns que vão surgindo no decorrer da trama. Por aqui consideramos Carol e Francis os mais turrões e Andrea uma vilã daquelas.
Outro ponto de atenção da obra, e é interessante como esse assunto vem permeando várias obras que lemos, é a questão da energia. Aqui, muitos estão sendo usados em experimentos para captação de energia. A trama explica que o ser humano produz energia em seu corpo diuturnamente em cada uma das células, e essa energia é usada em várias atividades do corpo humano. O desafio era como conseguir fazer com que essa energia fosse coletada e transformada em energia elétrica. Sem spoilers, outro ponto bem interessante da obra é quando ocorre o tribunal e a expressão “a Justiça é Cega”é colocada bem em prática.
O livro é daqueles que você começa e não quer mais parar. Anne C. Becker se considera pragmática e essa característica vai para o livro, pois não fica usando páginas e páginas para descrever uma cena. É bem direta, com as informações essenciais para fazer a história acontecer.
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