Laranja Mecânica

Laranja Mecânica Anthony Burgess




Resenhas - Laranja Mecânica


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Diogo Santos 13/05/2021

Um grande incômodo
De longe, ao ler a atemporal obra do Anthony burgess senti um grande incômodo em cada detalhe e a vontade galopante de parar, como se fosse passando um talher num prato.
É um livro lancinante e em algumas páginas até esquecer de respirar. Talvez esse seja o objetivo das artes, impactar e retratar uma sensação para lembrarmos que estamos vivos; assim como o Alex.
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Marcos-1771 07/01/2021

Bem X Mal Liberdade X Lavagem cerebral
Muitos consideram este livro uma apologia descarada a violência, mas se enganam, este livro é um grito para a liberdade!

A história de Alex e seus druguis trás inúmeros questionamentos profundos: O que é o bem e o mal? Qual o valor da liberdade? Somos bons por natureza? A violência faz parte do homem?

O começo do livro é um pouco lento a leitura, pois a todo momentos há o dialeto inventado por Burgess, o nadstad, mas depois você mesmo sofre uma lavagem cerebral e começa a identificar as palavras e a leitura fica fluída.

Alex e seus druguis cometem todos os tipos de crimes possíveis, eles roubam, matam, estupram, batem e etc. Certo dia Alex é pego e colocado na prisão onde certo tempo depois é submetido a uma técnica inovadora chamada de Ludovico. Essa técnica promete curar toda a violência, a selvageria que há em Alex.

A partir de uma lavagem cerebral eles conseguem. E aí começam as grandes questões do livro.

Alex pode não ser um "bom" humano por praticar essas atrocidades, mas ele era um amante da arte, um amante da música de Beethoven, ele era um humano, claro que com alguns "defeitos". Mas isso daria total liberdade para o estado fazer uma lavagem cerebral, fazer um homem perder sua dignidade e sua liberdade em troca de se tornar uma pessoa boa. Mas o que é uma pessoa boa? Uma pessoa que não oferece perigo as outras pessoas ou perigo ao estado?

Alex se torna um homem medroso, sem escolhas, marionete do estado: Pois olhem, é possível banir a violência, mesmo que isso custe a liberdade. Ou marionete dos opositores: olhe o que fizeram com este homem, pois não são capazes de nos dar segurança, ursuparam a dignidade desta pessoa.

Será o homem bom mesmo por natureza e a sociedade o corrompe como diria Rousseau? Ou seríamos bons e maus por natureza e a sociedade tenta nos padronizar?

O bem e o mal pode ser subjetivo, como o certo e o errado, que não é sinônimo de bem e mal. Mas a liberdade, a dignidade não pode ser subjetiva, o livre arbítrio deve existir, o homem é do jeito que ele é. A violência é em certos pontos uma forma de chamar a atenção para outros problemas.

O livro também fala do amadurecimento de Alex, pois ele vê que no final aquilo tudo era só uma fase, a fase avassaladora da juventude.

É melhor ser uma laranja podre do que uma laranja mecânica!
Marcelodmr 07/01/2021minha estante
Fera a resenha. Tá na minha lista de 2021. Já quero ler!


Petrim 07/01/2021minha estante
A resenha ficou melhor que o livro.




Luísa 27/10/2020

Uma razkaz umni e horrorshow
Nas primeiras linhas o nadsat me deixou tão perdida que eu pensei "ah, que se exploda, não vou mais ler isso". Mas aí eu pensei "caramba, não tem nem uma página, se controla e continua, vai que melhora". E ó, meus irmãos, não é que melhora? Quer dizer, o nadsat ainda está lá, transbordando de cada página, mas quanto mais você lê, mais entende o que o Alex diz e como ele vê o mundo. E mais interesse você tem em saber o que vai acontecer.

Eu sou doente por simpatizar com ele? Provavelmente, mas normalmente é isso que acontece quando se lê uma história em primeira pessoa, ainda mais uma história tão horrorshow. Mesmo com o desgosto inicial de não entender 80% das palavras de uma frase e a teimosia de não consultar o glossário antes de ler tudo pra ter a experiência que o autor imaginava, eu terminei o livro entendendo perfeitamente o que o Alex dizia e me perguntando onde será que ele chegou na vida que iniciou após o final da narração.
Luna e o caos 27/10/2020minha estante
Eu queria usar o nadsat com meus drugis, mas eles não leram. É reason horrorshow


Luna e o caos 27/10/2020minha estante
Realmente* não "reason" hahaha


Luísa 27/10/2020minha estante
Muito ruim ficar odinoki porque os druguis não colaboram... :'(


Luna e o caos 27/10/2020minha estante
Eu mesma quase esqueci tudo, mas sempre que tomo um pouco de moloko me lembro do drugui Alex.
Quero ver o filme em breve!
Você já viu?


Luísa 27/10/2020minha estante
Sim, eu na verdade assisti há muitos anos por recomendação de uma prima minha, que sempre amou essa história. Mas queria rever, justamente porque já tem bastante tempo.


Luísa 27/10/2020minha estante
O filme é muito bom, mas ele pode ser meio confuso porque no livro o Alex tem entre 15 e 18 anos. No filme, o ator que o interpreta tem 20 e tantos. Aí você escuta um cara de quase trinta anos dizer pra mãe que não vai pra escola e fica perdida. Além disso, a ultraviolência que vem descrita no livro com termos que não estão claros desde o início, no filme é mostrada explicitamente, o que pode incomodar algumas pessoas (não sei se é o seu caso). Mas o filme é muito horrorshow mesmo assim, recomendo. XD




Lary 01/04/2020

"Será que eu serei apenas uma Laranja Mecânica?"
O mais legal e curioso desse livro é o vocabulário nadsat.
Anthony Burgess criou uma obra diferente de qualquer outra, principalmente na época em que saiu.
É um livro que me deixou muito pensativa sobre as escolhas de nossas ações, o direito à elas, as consequências que elas nos trazem, livre arbítrio.
Tati 01/04/2020minha estante
Tenho esse livro e sou louca para o ler


Jaina 01/04/2020minha estante
Li ano passado. O que ficou mais marcado foi a dúvida: Se não tenho escolha de ser mau, então sou realmente bom?




Andrey 09/03/2022

Reflexivo
É o tipo de história que me interessou por querer saber o desfecho em si, as gírias meio que atrapalhando a leitura na minha opinião, dá pra entender mas ainda assim não vi muita necessidade de ter tantas gírias, a história é boa mas achei beem superestimado pelo tanto que falam, enfim foi uma leitura que me fez refletir e por isso já valeu a pena.
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Rafaela1643 22/08/2020

As consequências da violência
A primeira parte me deixou mal, muito pesada as descrições de estupro e violência.
Da segunda parte pra lá me deu a sensação de que todos ali cresceram com violência e se tornam violentos em vários momentos. A violência parece ser um vírus e na medida que ela te encontra você é contaminado e passa a usar ela como armadura para sobreviver ali.
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Rodrigo 31/07/2020

1 Estrela pela coragem.
Ai Ai kkkkk, me perguntando se vale a pena a fazer uma resenha pra ter que relembrar os momentos desse livro. Mas em resumo essa é a típica obra do " não entendi nada mas como é clássico vou falar que é bom pra pagar de cult", quem não tem um conhecido que paga de cinéfilo por assistir Donnie Darko, ELA e etc, se achando genial pq "ai eu gosto de física e viagem no tempo" clb mano tu nem sabe matemática básica direito.

Sim eu entendi o que o livro queria dizer, mas não disse, e ele acabou entregando migalhas de um assunto que realmente seria perfeito de se discutir, mas é tratado tão raso que fica chato.

Eu de inicio odiei esse "dialeto" que o autor "inventou" porque parece mais que ele teve um derrame em cima da máquina de datilografar e saiu esses conjuntos de letras, sem falar que se palavras como desculpaculpas (desculpa) e escolacolas (escola) é sinônimo de criatividade e conceito, bom prefiro nem argumentar. Essa tentativa de gírias de jovens utilizada só atrapalha o entendimento e a fluidez do livro, afinal você, em tese, tem que ficar consultando o glossário no final do livro pra traduzir essas palavras ( glossário esse que se não me engano nem foi feito quando o autor lançou esse livro). Eu como tenho mais o que fazer, logo nas primeiras páginas, traduzir as palavras com base na minha fé e minha capacidade de entender pelo contexto ( da pra entender realmente pelo contexto), e se por acaso traduzir errado, bom, problema do autor que é retardado de fazer isso, pra mim criatividade seria inventar um novo idioma inteiro e escrever todo livro nele.

Agora falando sério, sem me apegar tanto esse "dialeto", afinal não seria o suficiente pra dar 1 estrelas.
Ao meu ver o livro se propõem a entregar algo e não é isso que o leitor recebe. Não faz sentido algum como os temos são abordados, todas as questões sobre o governo e a sociedade são apresentadas de formas tão rasas que parece que só foram jogadas no livro pra dizer que teve. É uma história muito atropelada, os acontecimentos simplesmente aparecem sem motivo aparente e vão embora mais rápido ainda. Os personagens então meu deus, parecem NPC, ninguém tem peso e muito menos desenvolvimento na história, o melhorzinho é o Alex, afinal ele é o protagonista.

A primeira parte do livro é basicamente composto de tentativas descritivas de cenas violentas e etc, acredito pra também fazer o leitor criar uma repulsa daqueles atos, e o Alex vai preso, é isso gente 70 páginas pra isso.
A segunda parte parecia que ia melhorar mas é só mais narração atropelada do tratamento ludovico e rapidamente o Alex ta curado e solto na rua ( sim sim eu sei, teve todo um peso a se pagar, a liberdade dele foi tirada bla bla bla, mas nessa nem é tão falada).
A terceira parte, meus amigos foi aqui que eu achei que o livro estava se salvando, questionamentos como: Vale a pena utilizar do tratamento Ludovico como ferramenta de controle social, se o livre arbítrio humano é violado continuamos a sermos humanos? Criminosos perigosos devem ter os seus direitos violados? Até que ponto somos verdadeiramente livres? ( isso foi so em algumas páginas de conversa entre Alex e o autor de Laranja mecânica ). Pensei que finalmente o livro iria engatar em algo realmente bom, porém era uma ilusão, o livro segue a mesma rotina non-sense de reviravoltas do nada, e o alex aparece curado do tratamento de cura Ludovico ??? Depois aparece com uma nova gangue, pois a antiga não deu certo, fazendo a mesma violência de sempre e em seguida volta atrás se tornando um cara bom pq teve uma conversa com Pete e agora tem um filho ????? Enfim já escrevi demais

É isso beijos, adorei a fanfic, nota 0, mas 1 estrela pela coragem da ideia.
Old tbm que ele só tem 4.5 de avaliação porque toda a galera que dariam uma nota baixa pro livro, desistiu da leitura nas primeiras páginas, e eu não julgo.
Leonhard 31/07/2020minha estante
Rindo, mas refletindo. Eu não gosto do filme, da meneira que as ideias que, como você disse, parecem que viriam a serem desenvolvidas, são apresentadas. Respeito a sua coragem de enfrentar o livro e ainda de se esforçar para ler até a última página. Achei até desonesto essas migalhas interessantes que o autor solta. Pareceu que ele queria fazer hora com a cara de quem estivesse lendo, rs.


Rodrigo 01/08/2020minha estante
É exatamente isso, ainda na minha opinião a galera usa essa máscara de "é um clássico" e não aceita que ele é cheio de buracos e defeitos. Mas enfim né, eu gosto de ler pra poder falar mal com propriedade.


Leonhard 01/08/2020minha estante
"Eu gosto de ler pra poder falar mal com propriedade" é o novo mantra que estou colando ali na geladeira. lol
É bem isso mesmo, a falta de autoconfiança tende a frear o compartilhamento de opinião quando essa foge ao padrão. Temos vergonha da autenticidade que tanto pedimos!


Babs 10/08/2020minha estante
Hahahahah muito bom!! Concordo 100%. Tô decepcionada e não é possível que alguém realmente achou esse livro incrível ( COMO ASSIM???).
Na minha opinião o que já estava ruim, piorou no último capítulo. Como se com a maturidade a perversidade fosse sumindo, como se fosse algo intrínseco a juventude. Até agora tentando entender qual era o objetivo do cara em ter feito o Alex voltar a ser mal pra logo em seguida "aí quero ter minha família, casa, não quero mais ser violento" pqp!!!!


Babs 10/08/2020minha estante
Sem contar que os atos violentos que aparentemente deveriam causar repulsa, não me causaram nada. Muito provavelmente pq o autor, como vc comentou, só ficava lançando no texto sem desenvolvimento nenhum kkkkk


Rodrigo 10/08/2020minha estante
Siiim, o autor perde tempo descrevendo cenas, que se comparadas ao contexto, irrelevantes. Alex é curado rapidamente do nada, sem mostrar arrependimento, depois ele volta pro seu estado inicial ( atenção que todo o tratamento foi feito enquanto ele dormia ) e depois de voltar pra rotina de pilantra, a vontade de ter uma família faz ele, MAGICAMENTE DE NOVO, ficar bom ??????????? tipo wtf ??? E mesmo com tudo isso você ver um total de 0 evolução dos personagens.


Rodrigo 10/08/2020minha estante
E eu nem vou citar os outros buracos do livro pq se não fico aqui digitando o dia todo.


Babs 10/08/2020minha estante
Hahahaa Rodrigo sou tua fã


Adoni 13/12/2022minha estante
Haha... Adorei sua resenha, Rodrigo. Virei fã. Mas não esqueça que a história é o que é porque o autor estava morrendo. eu sei que é difícil, mas tenta dar um desconto pro cara, haha.


Rodrigo 31/01/2024minha estante
esse detalhe aí eu estava por fora kkkkkkkk




EduardoCDias 19/04/2021

Contrvérsias
Um clássico deve ser lido, mesmo se não concordamos com alguns conceitos nele embutidos. Essa história onde a violência tem um papel importante fala sobre métodos pouco comuns e controversos para o combate à violência. Mas também fala, no último capítulo (que não existe na versão americana), sobre o crescimento, amadurecimento e regeneração.
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Daniel 24/06/2023

A conversa não rolou...
A cada ano eu me descubro mais enquanto leitor. Desde muito que a literatura faz parte da minha vida e, em todo esse tempo, tem sido motivo de grande entusiasmo. Daí, obviamente, tive muitas fases legais: a fase das descobertas, a fase da formação do gosto pessoal, a fase de querer ler todos os clássicos mais conhecidos, a fase de comprar livros desenfreadamente, e por aí vai.

Dessa fase de comprar muitos livros herdei uma biblioteca gigantesca que não parava de crescer. Mas uma outra fase maravilhosa chegou para mim: a do desapego. Desde então, sou um novo homem. Os livros desinteressantes (que já eram ou que se tornaram com meu amadurecimento) foram todos indo embora, o que era bom, pois cediam espaço aos novos que nunca param de chegar.

Às vezes, admito, dá pena passar adiante algumas edições especiais, como é o caso desta de Laranja Mecânica: comemorativa dos 50 anos da obra. Mas como nunca mais devo ler este negócio medonho novamente, não faz sentido mantê-lo aqui parado na estante. Talvez esteja sendo inoportuno com uma introdução já demasiado longa para uma resenha, mas esta última leitura me fez repensar bastante sobre livros e leitores de forma geral...

(para resenha completa, consulte link abaixo.)

site: https://blogliteraturaeeu.blogspot.com/2023/06/laranja-mecanica-clockwork-orange-de.html


spoiler visualizar
estela :-) 07/12/2021minha estante
O casamento é a solução e pronto acabou




Marilia132 08/11/2022

Laranja Mecânica é sem sombra de dúvida um dos livros mais difíceis lidos por mim! Uma distopia futurística, porém acima de tudo, uma crítica ferrenha a um governo totalitário onde vê como solução retirar o livre arbítrio das pessoas, para controlar seus comportamentos, pensamentos e até sentimentos. É atrelado a isso que o autor cria o nosso excêntrico, narrador e personagem principal, Alex! (Que curiosamente no grego antigo significa: ?fora da lei?). Alex é um jovem de 15 anos, e junto com sua gangue, eles praticam as maiores atrocidades sociais e humanas possíveis. Cheios de ódio e de críticas às pessoas que os rodeiam, eles agem como ?justiceiros?, porém praticando ?ultra violência? com o cidadão comum.
Sem querer dar algum spoiler devo dizer apenas que o livro é divido em três partes, onde a primeira nos mostra como é a vida desses jovens e de toda sociedade em conjunto com o atual governo. A segunda parte nos mostra um momento em que Alex é traído por seus companheiros e preso, e lá vivenciamos a vida dos carcereiros, a superlotação das prisões e conhecemos o método ?Ludovico? que o jovem Alex se torna cobaia para poder sair mais cedo da prisão. Na terceira e última parte iremos acompanhar a trajetória do jovem Alex fora da prisão e ?curado? através do método criado pelo governo. Porém, ele é reinserido em um ambiente ainda mais agressivo e mais dominado pelo totalitarismo, e é exatamente nesta parte onde o autor irá fazer suas críticas mais ferrenhas ao governo e a necessidade de nós cidadãos termos o direito de escolha e de trilharmos nosso próprio caminho perante nossas crenças e sentimentos.
Foi uma leitura enriquecedora, porém como dito acima, difícil. São várias cenas de violência e não podemos deixar de esquecer o linguajar ?nadsat? criado pelo autor com o intuito de causar maior confusão ao leitor. Linguagem essa que fez com que muitos desistissem de lê-lo, porém eu particularmente tenho a sensação de que sem ela o livro e a experiência não teriam sido as mesmas.
Enfim, leiam! Cada um tira suas próprias conclusões acerca do livro, e isso é que o torna ainda mais interessante.
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alice 23/10/2022

Sentindo como se a morte fosse a única resposta para tudo.
"Acreditem em mim ou chupem meu shako", o livro e o filme são obras que valem a pena conhecer!

No começo o dialeto nadsat confunde um pouco mas ao decorrer da história percebi que estava acostumada com as palavras, não fiquei olhando o glossário e acho que a estranheza torna a leitura ainda mais única e peculiar.

O livro é narrado pelo Alex, ele passa suas noites acompanhado de seus druguis causando o terror nas ruas, a violência é extrema e as cenas de abuso são descritas em detalhes.

Tudo muda quando Alex é preso e selecionado para um experimento chamado de "Ludovico". Alex é liberado depois de alguns anos, a aversão que sente por qualquer ato de violência, as mudanças na sociedade, nos grupos de jovens e nos antigos membros da trupe tornam o retorno dele ainda mais difícil.

O vosso narrador faz várias reflexões acerca da arte, usando principalmente da música clássica, isso quase me fez gostar dele.

A história faz algumas críticas sociais, mostrando não só o lado obscuro de uma mente perturbada mas a questão da escolha que é discutida por meio do teste de Ludovico. Se o homem é mal, arrancar essa maldade seria tirar sua liberdade? A bondade pode ser imposta ou é uma escolha do indivíduo?
Bia 23/10/2022minha estante
Que resenha ótima!! Meu deu vontade de ler agora


alice 23/10/2022minha estante
Muito obrigada! Esse é um clássico que vale a pena ler :)




Lari 28/09/2020

"Então, o que é que vai ser, hein?"

O livro é dividido em 3 partes contando a história do jovem Alex e sua trajetória tentando responder sempre essa pergunta "o que é que vai ser?"

É um livro que explana sobre a violência e sobre o Estado e de quanto é o poder que esse Estado tem sobre as pessoas.

O que gostei mais ainda é o fato de ele sempre abordar que mesmo que pareça que em algum momento exista essa preocupação com a violência e com o Estado das pessoas, tudo não passa de um jogo político que atende mais as necessidades do próprio governo de precisar ter seus apoiadores para permanecer com as ações autoritárias que se passam por cuidadosas para a população.

A divisão de cada momento e ver o desenvolvimento especialmente do Alex que é o próprio narrador do livro é perfeita.

O único ponto de dificuldade que tive com esse livro foi o dialeto Nadsat que está presente sempre na fala e pensamentos do Alex mas é realmente só questão de acostumar.
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Fazan 04/09/2024

Diferente
Gostei do livro e da forma escrita do livro, a história e a forma de pensar, a parte mais complicada desse livro é lembrar das gírias inventadas pelo humilde Alex.
Mas no geral é um livro muito bem pensado e com uma leitura envolvente e rápida que me deixou em diversos momentos querendo saber mais e mais.
Uma história "trágica" porém cheia de significado.
Gostei bastante
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Gabriel1994 27/01/2023

Vocês estão smekando de mim, ptitsa maleks?!?!
Creio que todos precisamos de um gatilho na vida para nos colocar no eixo daquilo que fomos designados a fazer.

Maldita boa hora que essa notícia de uma doença fatal foi dada a Anthony Burgess. Entre escritos, rascunhos e rabiscos para criar histórias e lançar livros e não deixar a mulher na mão quando morresse pela trágica doença pela qual foi diagnosticado, Anthony nos dá de presente essa obra prima; Laranja Mecânica.

Depois de uma introdução leve e convidativa sobre o livro, o leitor, ao iniciar a história recebe dois socos diretos na face, pelo impacto de duas surpresas... A agressividade do personagem e das ações e atitudes dele e a estranha, confusa e rebuscada gíria criada pelo autor.

Confesso que nesse começo de livro o primeiro pensamento que me veio foi: "Tem como não, vou largar!", Mas fui insistente e ao longo da leitura creio que fui recompensado, mediante meu receio inicial.

Enquanto aquelas palavras estranhas faziam com que eu alimentasse a ideia de abandonar a leitura, a agressividade e crueldade de Alex me prendia para buscar entender o porquê daquilo tudo. E a realidade é que com o desenrolar da história a ficção e toda aquela agressividade do texto de Burgess foi dando espaço para a compreensão de que ele tinha algo a denunciar e uma crítica válida a fazer, e essa percepção e descolamento da ficção/algo a dizer, me veio quando Alex cometeu uma atrocidade que me incomodou além do senso de "Ah, é apenas ficção".

O mal gera o mal e continua sendo mau, independente de sua posição. Seja você um gângster, um policial ou um político, se o mal é enraizado dentro de você não existe lavagem cerebral, reciclagem ou restauração capaz de sugar aquilo que está dentro do seu âmago. Alex tinha essa maldade instaurada dentro de sí e ilustrava o reflexo de toda crueldade. Mas sádico e cruéis foram aqueles que tentaram mudar Alex e sádico e cruel voltou a ser Alex quando quis se desprender e desvencilhar daquele jeito dócil e bondoso que fora implantado nele.

Tortura é tortura, crime é crime e se você age como criminoso você será um criminoso, independente de sua posição. Não existe criminoso do bem e criminoso do mal!

Nenhum homem pode ser mudado por alguém a força e nenhum homem pode (ou deveria) se resumir a um brinquedo que foi dado corda e anda em uma reta infinita, sem medir nada ao seu redor, batendo e ficando no primeiro obstáculo a sua frente.

O homem precisa evoluir, crescer, desapegar da rebeldia do passado e amadurecer!

Este livro abre muitas discussões. Tanto sobre o limite do homem para agir, quanto o limite do estado para punir e como a sociedade deve reagir a tais violências cruéis, sádicas e desmedidas, vindas de ambos os lados. Sem nenhuma garantia de seguridade, apenas a certeza da desordem.

Um livro muito bom, confesso que quando comecei a refletir sobre o que Anthony Burgess quis dizer com a obra (isso durante a leitura) e passei a questionar, meio que a ficção do livro deu uma murchada e empurrei algumas partes com a barriga. Em suma é uma história muito boa, apesar do começo confuso e estranho.

Uma parada também que não me fez avaliar o livro melhor ou não me permitiu uma imersão como eu gostaria na história do livro em si (também por conta das palavras estranhas), foi ter lido em ebook e não físico. Por mais que você não vá ficar dando uma de "dicionário Aurelio" vendo sempre o sumário do significado das palavras, pelo livro físico creio que você consiga ter uma melhor agilidade e rapidez de manuseio caso precise dar uma olhadinha no significado que o autor deu para algo. Pelo ebook por vezes tive que olhar o que era a palavra e depois ficar voltando e lembrando aonde parei... Chato isso! ??

Um livro de 4 estrelas com muitas reflexões.

Então é isso meus vekis druguis skarres. Estou veshkando esse livro foi mui horrorshow. Ó meus irmãos, Sim , sim, sim.
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