Resenhas - Laranja Mecânica

Mirele 16/03/2022

É até engraçado como o livro é parecido com o filme, mas ao mesmo tempo os dois chegam a conclusões totalmente diferente. Essa edição também, maravilhosa, com as ilustrações e o prefácio e ajudou DEMAIS a pegar certas nuances da história que talvez eu nunca teria prestado atenção, inclusive do próprio final, e sem dar spoiler como muitos prefácios por aí hein

Sobre a minha opinião, eu gostei do livro, mas eu acho que ele não me pegou como outras distopias que eu já li, talvez por estar calejada, talvez pq, como eu disse, o filme é beeeeeem parecido. Não sei, só não conversou tanto comigo.

Bia 16/03/2022

Ótimo livro! Em MUITOS momentos me peguei em um dilema se era realmente errado o que estava sendo feito com Alex, dado todas as coisas que ele fez no decorrer do livro (sem contar as que ele não nos conta) e se as morais éticas poderiam ser esquecidas por um momento para termos pessoas boas para a sociedade. E embora seja um questionamento extremamente fácil de responder, acredito que todas as pessoas que querem um mundo com bondade e harmonia também se encontraram nesse dilema.
É realmente incrível a forma como o autor nos faz duvidar de nossa própria capacidade de ser empatas quando precisamos ser com alguém que vai contra nossos princípios. E acima de tudo, é incrível como o próprio autor, no fim do livro, parece apontar o dedo em nosso "litso" e falasse "eu sei que você quis mal para este moleque, eu sei que você foi contra seus próprios princípios querendo julgar os princípios dele".
E no fim, percebemos que de nada adianta tirar a liberdade de escolha de alguém (ser bom ou ser mau), pois sempre acaba em prejuízo para pelo menos uma pessoa.
Minha única crítica é que, no desfecho do livro, dá a entender que Alex fazia todas as atrocidades que fazia porque era adolescente e imaturo, e não que era por seu mau caráter; devemos sim dar chances a criminosos passados que foram presos e/ou punidos, mas não ser inocentes e passar a mão na cabeça e apagando seu passado dizendo "ah, ele era jovem, não sabia o que fazia" e toda essa baboseira (ainda mais para homens). E sei que essa era a visão de Alex sobre ele mesmo, e com certeza ele vai fazer de tudo para convencer os outros e se convencer de que ele era só mais uma vítima de uma sociedade horrível, mas sabemos que ele sentia e sente prazer em fazer o mal.
No mais, livro perfeito para analisar nosso próprio julgamento em relação aos outros.

Leandra.Khatchadourian 15/03/2022

Um livro horrorshow,ó,meus irmãos
Um amigo me recomendou o filme,mas decidi ler o livro primeiro já que tem pouquíssimas páginas. Confesso que no início achei a linguagem Nadsat um malenk cansativa,mas logo percebi que ia começar a kopatar odinoki,e não ler o glossário foi a melhor escolha que eu fiz,tornou a experiência muito mais horrorshow e divertida,meus caros druguis.

No livro,iremos acompanhar a história do vosso humilde e amigo narrador Alex,um jovem delinquente de 15 anos que junto dos seus druguis usam a ultraviolência.

O livro me trouxe conflito interno, já que o protagonista faz coisas terríveis e ainda assim eu me senti péssima o vendo pagar por tudo o que fez,e confesso,o final do livro me deixou aliviada e satisfeita. Mas acho que o objetivo do livro é exatamente esse,causar um sentimento ambíguo e trazer reflexões a respeito disso.

Gostei demasiadamente desse livro e confesso que estou usando um pouco das gírias Nadsat,isso está me fazendo smekar bastante,hahaha. Achei a experiência muito única,e é algo que você tem que ler para tirar as próprias conclusões,ó,meus irmãos

Daud99 15/03/2022

Não quero gostar deste livro
Que protagonista horroroso, tenho nojo dele, e no final só senti raiva dele passar impune. Acho que essa leitura não funcionou tanto para mim no sentido de me colocar no lugar do agressor. As gírias li mais como um imigrante que junta as duas línguas e forma aquilo. Mas, com tudo, a relação de como a sociedade trata as questões, a ausência dos pais na crianção dos filhos por ser precária a contribuição do governo e a proposta que ele dá para mudar tal situação ("Se os governantes não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios"), foi muito bem abordado no livro, tudo depende da interpretação de quem le.

rianke 14/03/2022

Mecanic Orange
Escrito pelo autor Anthony Burgess, o livro Laranja Mecânica teve como tema de inspiração a questão da redução da idade mínima para se cumprir pena, mas será mesmo que só o fato de ser preso com 16 anos de idade vai ser suficiente para mudar o comportamento, preparar o indivíduo novamente para a sociedade e diminuir a quantidade de delinquentes?

A história fala sobre um grupo de jovens, dentre eles o Alex de 15 anos de idade, esse grupo cometia muitos crimes na qual o autor não hesitou em escrever de forma chocante esses delitos que vão desde uso de drogas sintéticas e vandalismo, até assassinato e estup**

Bom, nessa cidade o governo viu a prisão como um tratamento insuficiente e buscou modos mais agressivos de se persuadir e ?mudar? alguém. Quando finalmente a policia consegue capturar o Alex, ele não aguenta ficar na cadeia e se oferece para um tratamento do governo, então o levam para colocar em prática a técnica ?Ludovico?, que consistia basicamente na ideia de colocá-lo, de forma forçada, a assistir crimes pesados do tipo que eles cometiam, ao uso de remédios que deixam com náusea, pois na mente do governo os criminosos deixariam de gostar de fazer aquilo, também outros tratamentos como: tratamento de choque, tortura físicas e psicológicas.
Depois de anos de tratamento com o Alex, o governo o viu como ?curado? e pronto para retornar a sociedade, que não é um final tão feliz quanto estamos acostumados, o Alex sai de lá igual um zumbi, insuficiente, impotente e com medo de tudo e todos. Seus amigos, que no dia da prisão conseguiram fugir com a sua família, felizes, já o Alex está totalmente o contrário.

Sobre a leitura em si, o autor deixou um glossário no final do livro, pois o uso do dialeto dado aos jovens futuristas daquela época faz a gente ficar perdido em alguns momentos, contudo não deixa de ser uma leitura boa e chocante, que nos mostra o pensamento radical das pessoas e as técnicas usadas para mudanças comportamentais.

Audrey.Vitoria 14/03/2022

laranja mecânica
Durante boa parte da leitura, não pude deixar de me distrair um pouco em relação ao vocabulário, e na primeira metade do livro, quis ler sem consultar o glossário, mas depois desisti e fui procurando o significado das palavras que me deixaram mais dúvidas. O livro é bem intenso, depois que o personagem (alerta de mini spoiler) chega na cadeia, tudo fica mais intenso ainda. Recomendo muito a leitura, mas não acho que seja uma leitura obrigatória para todo adolescente (como muitas vezes me disseram que era), não acho que seja todo pré/adolescente que interprete certos momentos por mais óbvia que a crítica possa parecer. Mas recomendo muito!!!

Rayssa1195 13/03/2022

"Então, o que é que vai ser, hein?"
A história não foi tipo assim das mais skorres mas achei horrorshow. No começo, cada 5 minutos eu tive que checar o glossário nadsat mas depois de um tempo me senti uma devotchka de grupa porque não só entendia tudo como também comecei a kopatar odinoki todo o sentido da história.

Mas falando sério, adorei a edição, do prólogo explicando as palavras até as notas sobre o filme. Só não favoritei por que concordo com os editores da edição americana nessa... o último capítulo foi muito corrido e desnecessário.

miavncn 11/03/2022

Laranja Mecânica
Eu não conhecia nada da história pq ainda não vi o filme, então fui me surpreendendo com tudo a todo tempo. É um livro bem violento por grande parte dele e causa de fato muita estranheza pelo dialeto inventado pelo autor, tanto que eu fui consultando o glossário ao final da minha edição a todo tempo durante boa parte do começo (depois a gente se acostuma com as palavras que são sempre usadas). Mas ainda assim, eu gostei muito da história. Não é aquele tipo "uau crítica social foda" bem escancarado, mas dá pra tirar uma moral dali sim. Vale a pena.

Celha 09/03/2022

É uma boa ficção científica, e a edição é maravilhosa pra quem gosta do autor. Mas esse livro não é pra mim é não me prendeu direito. É uma história boa com bons personagens, apenas não é meu tipo de história

Gouveia 09/03/2022

Então, o que é que vai ser, hein?
Se tem uma palavra pra descrever Alex pra mim seria "sem noção", nossa do início ao fim, principalmente no fim nossa. Eu adorei o livro (não dei 5? mas n sei explicar direito pq nao, apenas não quis). O livro é ótimo, apesar de precisar traduzir muitas palavras, só foi complicado na primeira parte, depois eu nem precisei olhar mais no glossário.

*Não acho que falei nenhum spoiler, mas quem não quiser saber nada do livro é melhor nem ler*

Primeira parte:
O Alex faz muita coisa, muita loucura, vi pessoas dizendo como adora o Alex e blabla. Não consigo, achei ele um sem noção desde o início, um idiota, e eu gostei mesmo quando os miliquinhas meteram uns toltchoks nele.

Segunda parte:
Nossa essa foi complicada. Eu queria sentir "pena" das coisas que estavam acontecendo. Todo esse tema sobre as prisões super lotadas, ou a falta de respeito que eles sofriam, sério, não consegui sentir pena em nada.
Aí começa a técnica Ludovico, e PRA MIM, seria até melhor matarem eles, do que fazer uma loucura dessa. Não adianta deixar me eles completamente doidos e soltar sendo que não iriam conseguir viver em sociedade. Tem uma hora que ***** fala "era melhor apanhar daquele jeito do que querer vomitar e sentir aquela dor horrivel", isso tudo era só pela ideia de "transformarem o criminoso em uma pessoa boa" mas tornando uma pessoa incapaz de escolha moral.

Terceira parte:
Não vou falar mas é aí que começa a "consequência" dos atos dele, e ele tá todo transtornado, muitas coisas acontecem e enfim ?.

Clary 09/03/2022

Referência em distopia!!!!
Eu fico muito feliz de ter concluído esse livro mais rápido do que eu imaginava. Não por ser ruim, muito pelo contrário, mas por ser um livro com uma escrita bastante densa.
Laranja Mecânica sempre vai ser uma das referências em literatura distópica do meu ponto de vista. Principalmente pela forma como Anthony narra a situação de uma forma tão cotidiana que parece muito um relato real, é ai que a gente lembra que é real. Talvez o Alex não tenha existido propriamente falando, mas quantos e quantos jovens não são vítimas da brutalidade policial?
Além disso o livro faz com que a gente se pergunte "Até onde o Estado e seu poder devem ir pelo sossego social?". É claro que vivendo em sociedade não podemos fazer tudo o que nos der vontade e sempre devemos enxergar o limite em que acaba nosso direito e começa o do próximo, mas quem dá ao Estado poder suficiente pra que ele decida transgredir os direitos de alguém?
Por mais que essa pessoa não mereça direito algum, não cabe a ninguém decidir se a linha deve ser ultrapassada ou não.
É inevitável não trazer a situação do livro pros dias atuais e eu acredito muito que enquanto formos uma sociedade vamos ter que lidar com questões como essa.
A prepotência e a arrogância humana ainda vão nos fazer atravessar limites que nem os animais mais selvagens atravessam, contando que isso já foi feito antes.
(E não foram poucas as situações)
Sinceramente falando, o personagem Alex em si me lembra muito alguns jovens (e até adultos) que compartilham as fotos de Pearky Blinders (acho que é assim que se escreve), não que os jovens cometam qualquer crime parecido com os do Alex, de forma alguma.
Mas muito mais por uma questão de necessidade de utilizar determinadas "coisas" seja um objeto ou um posicionamento político para definir quem é e traçar uma personalidade baseada nisso. Claro que não é algo exclusivo desses jovens, mas consigo enxergar ums proximidade maior entre eles e o Alex.

Andrey 09/03/2022

Reflexivo
É o tipo de história que me interessou por querer saber o desfecho em si, as gírias meio que atrapalhando a leitura na minha opinião, dá pra entender mas ainda assim não vi muita necessidade de ter tantas gírias, a história é boa mas achei beem superestimado pelo tanto que falam, enfim foi uma leitura que me fez refletir e por isso já valeu a pena.

Leleitora 05/03/2022

Odiar ou amar ?
Acredito que não só eu, mas todos que leram laranja mecânica ficaram cansados da leitura. Claro que nosso querido autor criou linguagens inventadas para realmente entrarmos no contexto da jovialidade, do modo como o adolescente fala e inventa nossas palavras. Apesar disso ser, em minha opinião, o que ?estraga? o livro, não é nem pela existência das gírias e sim da quantidade delas, chega uma hora que você leu sem saber exatamente o que aconteceu. Porém, é realmente uma distopia das boas porque ele consegue criticar a violência existente nas ruas, falar sobre o
desenvolvimento humano de adolescente para adulto, e claro, debater sobre os conceitos de liberdade e até onde o Estado pode limitar a sociedade que vive nele.

Isadora.Oliveira 03/03/2022

Laranja mecânica
Bom meus irmãozinhos, como falar de Laranja mecânica?
Simplesmente, chudesni, bolshi.
Ao começar (sem ler o sumário por completo) tudo é estremamente confuso e trabalhoso de se entender, a medida que a leitura flui se torna mais fácil e até divertido tentar entender a linguagem.
Por ser uma história sobre as ultraviolência da juventude, tudo se torna mais "horrível" ao se lembrar que são meninos de 15/16 anos as pessoas mais perigosas da sociedade. O apego que se é desenvolvido do leitor ao pequeno Alex é estranhamente desconfortável por ele ser como é, a partir da segunda parte é algo muito mais empático, sem tanta culpa.
É bizumni assustador como o vek Anthony desenvolve a história de uma forma que prende e te fissura, e te faz querer cada vez mais.

Ao tudo mais, não sou a mesma devotchka de antes de lê-lo.
É um livro demasiado horrorshow meus druguis.

Petrova 03/03/2022

Um verdadeiro horrorshow.
Laranja mecânica é um dos clássicos mais marcantes pra mim. Eu vi o filme muito antes de ler o livro, e recomendo que, caso você tenha visto o filme, leia o livro também. (ou só o capítulo final, que é omitido no filme)
É difícil de ler fluidamente logo nos primeiros capítulos por conta do idioma nadsat, um vocabulário cheio de gírias, mas que com o tempo o leitor vai se acostumando sem o uso do dicionário.
O livro faz uma análise do comportamento humano e a importância da liberdade de escolha.
É uma crítica social em várias camadas, daqueles que te deixa reflexivo por um bom tempo.

Vale lembrar que a história pode gerar inúmeros gatilhos, porque mostra explicitamente as formas mais vis de violência.