spoiler visualizarMaria 26/05/2023
Tinha a faca e o queijo na mão
O título dessa resenha resume bem o meu sentimento com esse livro. Adoro as premissas dos livros da autora, mas eles nunca entregam à expectativa.
Nesse livro, acompanhamos a história da Nora, em como ela se sente a vilã da própria história, e em como no fim ela acaba se apaixonando pelo Charlie. Eu gosto muito da construção do relacionamento entre eles, e tudo que envolve isso pra mim foi feito muito bem, apesar de não entender muito a aversão dela a curtir esse lance no início da história.
Para mim, o grande ponto negativo do livro foi a história da irmã, Libby, toda ela. Achei muito incômodo como ela manipulou a Nora a história inteira, e apesar de ter entendido os motivos, ainda não consegui compactuar. Como esse plot toma grande parte da trama como um todo, impactou muito no balanço geral da experiência de leitura, ainda que o fim do livro tenha sido bom.
Outro ponto negativo foi a grande dramatização de coisas que no fim eram muito simples de serem resolvidas. O Charlie se sentir responsável por cuidar dos pais, a superproteção da Nora com a Libby, a mudança da Libby, tudo poderia ter sido muito melhor resolvido com bons diálogos e boas cenas, sem a dramatização toda que aconteceu, mas aí não teria livro, né?
Concluindo, esse livro poderia ter sido resumido em algumas conversas, e acredito que se a autora tivesse explorado melhor o sentimento de antagonista da própria história da Nora, o desenvolvimento poderia ter sido muito melhor e mais crível.