A gaivota, O tio Vânia, Três irmãs, O jardim das cerejeiras

A gaivota, O tio Vânia, Três irmãs, O jardim das cerejeiras Anton Tchekhov




Resenhas - Quatro peças


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Carlos531 15/11/2024

4 Peças
Esse é o segundo livro russo que leio e a primeira obra de Tchekhov. Posso dizer que tenho escolhido bem as obras desse grupo. As quatro peças são muito interessantes, todas tem o mesmo fundo: uma propriedade rural decadente no interior da Rússia.
A Gaivota é a primeira peça do livro onde tem uma peça dentro da peça. Achei interessante a abordagem da relação mãe e filho na história e as relações entre autores e escritores aspirantes e renomados, os contrastes das relações são muito fortes.
A segunda peças é Tio Vania, o foco dessa é nostalgia, envelhecimento. A falta de valorização do Tio Vania é muito marcante, que é quem cuidou a vida toda dessa propriedade que agora está decadente e sente que apesar de ter feito seu melhor não é reconhecido por isso.
Em seguida temos As três irmãs, onde o foco é querer uma outra vida, no caso em Moscou, as irmãs acreditam que suas vidas será muito melhor quando voltarem para a capital. Mas nada é feito para que isso aconteça.
E para finalizar ? O jardim das cerejeiras ? realmente uma obra prima: Podemos acompanhar o retorno Liubov Andréievna de Paris para sua propriedade rural na Rússia, pois seu dinheiro acabou, e a propriedade será vendida para pagar as dívidas. A nostalgia dos personagens falando de suas vidas passadas, e dos seus antepassados que viveram ali é realmente tocante.
Em conclusão, são 4 peças independentes, como o mesmo pano de fundo e vale muito a pena ser lido.
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fepaziani 12/11/2024

Cadeira de balanço
Essa foi minha primeira experiência nesse nível com peças de teatro e, devo admitir, é estranho. Nunca havia sido familiarizado às peças, entretanto, as obras de Tchekhov tem a habilidade linda de te apresentar a um mundo que você já conhece, esse livro é cotidiano! São histórias fáceis de serem enxergadas (o que ajuda muito na compreensão), porque tratam de dilemas que facilmente poderiam ser contadas por uma senhora de uma cidadezinha que passa as tardes com uma cadeira observando o movimento da rua.
Não espere grandes heróis e vilões, não espere odes e nem odisseias, os dramas são simples, com personagens humanos e são apresentados sem juízo de valor do autor, fazendo com que a leitura da peça seja uma grande fofoca. São vidas inteiras resumidas em torno de uma história, ficando ao seu paladar o caráter das personagens, já que as cenas mais dramáticas ocorrem por trás dos panos e as mais belas frases são escritas em silêncio.
Outro ponto interessante do livro é a falta de comunicação das personagens, soa como se o enredo fluísse em um ritmo completamente diferente do desenvolvimento psicológico das personagens, com algumas exceções, personagens no começo e no final da peça parecem ter o mesmo filtro ótico, mudando apenas o objeto (enredo). As personagens são solitárias, todos têm muito a dizer e reclamar, mas não escutam, não conversam e não debatem, o que faz com que sejam quase estáticos, todos com grandes sonhos e ambições, que nunca se realizam pela inação.
As personagens são como uma cadeira de balanço em um palacete abandonado, ao imaginar a passagem do tempo, pode-se ver a cadeira balançando pelo vento, inclinar-se às vezes para um lado ou outro, mas o que realmente se altera é o ambiente em seu entorno, a decadência daquilo que um dia já foi belo e nobre.
Por fim, são grandes obras e de altíssima influência no teatro e na literatura dramática, porque ele trata relações humanas do dia a dia, objeto incomum até o momento, com uma mão cheia em uma simbologia vista nos detalhes e um microcosmo da história russa do final do século XIX e as personagens representam esse ritmo, onde a elite aristocrata está em decadência e entra em ascensão uma nova classe dominante, a burguesia.
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Paula.Souza 11/11/2024

Meu primeiro contato com a literatura russa
Foi meu primeiro contato com a literatura russa e já quero ler mais clássicos. Obra maravilhosa, que retrata a mudança social nos finais do século XIX, sobretudo, o fim da servidão e surgimento da burguesia enquanto uma classe rica e importante, frente a nobreza decadente.
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CamilaOS 27/10/2024

As quatro histórias trazem temas profundos retratados de uma maneira simples. São peças que retratam a Rússia da época, cenas cotidianas das personagens, mas, ao mesmo tempo, ao fundo das peças permeia o fato de que o ser humano nunca está satisfeito. Sempre vai fazer vários cenários na sua mente e pensar que se acontecesse ou houvesse acontecido uma situação A ou B sua vida seria melhor.
Na leitura, eu senti um pouco de dificuldade com o nome dos personagens. Precisei ler com a colinha inicial de quem é quem. Mas nada que atrapalhe tanto a fluidez da leitura.
Para os assinantes do Clube de Literatura Clássica, achei a experiência literária muito legal. Além da apresentação que conta um pouco sobre Tchêkhov, a aula exclusiva ajudou a entender o contexto em que o livro está inserido e trouxe um aprendizado a mais sobre a época, a cultura e o autor.
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Nicole781 07/10/2024

A gaivota, Tio Vânia,As três irmãs e O jardim das cerejeiras
As peças de Anton Tchekhov, como "A Gaivota," "Tio Vânia," "As Três Irmãs" e "O Jardim das Cerejeiras," são marcadas por uma profundidade emocional e realismo que refletem a monotonia e as frustrações da vida cotidiana. Para quem aprecia uma trama melancólica, "A Gaivota" e "Tio Vânia" oferecem plots incríveis, com um peso emocional que prende a atenção. No entanto, é inegável que o ritmo lento e a falta de eventos dramáticos frequentes tornam essas peças uma leitura desafiadora. A maior parte do tempo, o foco está nos diálogos introspectivos e na insatisfação silenciosa dos personagens, o que pode parecer monótono, mas também é parte do estilo único de Tchekhov. Ideal para quem gosta de refletir sobre a vida e suas nuances, mas uma leitura que exige paciência.
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jojo 06/10/2024

Brilhante
Não havia lido ainda Anton Tchékhov
E esse livro trás a leitura de 4 de suas peças
Confesso que não sou fâ de ler peças de teatro
Porém Tchékhov no seu brilhantismo, ao mesmo tempo que parece ser fatos cotidianos simples de ser narrado, existe uma densidade nas entrelinhas de cada peça
Interessante se aprofundar nas obras de Tchékhov e na sua trajetória
As peças são contadas em 4 atos
Pessos simples, banal e parece nada acontecer, mas tem sua forte existencialista
Em Gaivota, sobre um jovem artista começando sua primeira peça, e sua mãe atriz famosa. E ali existe o conflito e o fim meu não.. nao esperava
Tio Vânia fala sobre o envelhecimento, mas naquele que se perde o valor, como se envelhecer é ficar inútil pois o mundo não é mais o mesmo
Três irmãs sobre a história dessas irmãs que querem voltar a Moscou. Querem sair dessa vidinha rural
Mas a peça que realmente é interessante pelo contexto em geral é o jardim das cerejeiras
Uma propriedade que existe há 400 anos e está à venda. E quem compra essa propriedade são antigos empregados deste lugar, e tem a ideia de construir casas de veraneio. Dói na alma o que acontece neste lugar, porém existe um pq do q o novo proprietário toma essas decisões
"E daqui há mil anos, o homem vai suspirar da mesma maneira: ah, como é duro viver! Ao mesmo tempo, precisamente como agora, ficará temendo e não querendo morrer"
#livro #book #antontchekhov
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KelenDZ 30/09/2024

Das quatro peças do livro, não gostei da "Três Irmãs", as demais foram ok.
Na verdade não gosto muito de contos nem peças.
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Raquel Marina 29/09/2024

A leitura das peças de Tchekhov foi uma grata surpresa! Não esperava que ia gostar tanto do trabalho de teatro do autor. A melancolia e tristeza que ele imprime nas histórias sem que nenhum personagem diga explicitamente o que está sentido é o ponto alto para mim. É como se os silêncios falassem mais do que as próprias falas dos personagens. Os textos introdutórios d tradutor presentes nessa edição ajudam muito na leitura.
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Paulo 04/09/2024

Embora toda essa coleção da Penguin, um selo da Companhia das Letras, seja de edições econômicas e de capas degradáveis, há conteúdo adicional e suficiente de fortuna crítica. Cada peça dessa coletânea do Tchékhov é precedida de uma introdução e de uma contextualização de seu conteúdo em relação ao período em que foi escrita: a situação da Rússia e do estado de saúde do dramaturgo, que tinha tuberculose.
Por exemplo, todo o período de escrita dessas peças acompanhava uma mudança de sistema econômico na Rússia, mais ou menos da queda da aristocracia latifundiária para a ascensão de uma burguesia, e isso serve como pano de fundo, mesmo que implicitamente, para todas essas peças. "O Jardim das Cerejeiras", a última, ilustra isso de forma mais explícita, embora essa alegoria também feita compreensível graças ao texto introdutório: proprietários de terra falidos estão à beira de perder a propriedade num leilão, que inclui seu jardim que tanto amam e admiram e ao qual tentam se agarrar, uma alegoria ao passado glorioso e às transformações do presente.

Assim, todas essas peças acabam tendo muitas semelhanças, seus temas cotidianos e sociais, os poucos cenários, por isso ao ler uma seguida da outra é possível que depois se confunda os enredos, além de ser um pouco cansativo, eu, por exemplo, queria terminar logo e senti falta de ler literatura (romances, contos etc.). Também senti, porém, muita vontade de assistir à encenação das peças.
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chorumela 22/08/2024

Sei la ne cara, o próprio tchekov disse que literatura era secundaria em sua vida. agua de salsicha, as obras são quase um replay. Tem personagens espirituosos, isso não te deixa abandonar a leitura
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Fabio Shiva 10/08/2024

A LEI DE TCHÉKHOV É CLARA: A ARTE DEVE SER SIMPLES (E COMPLEXA) COMO A VIDA
Resenha do livro “PEÇAS DE TCHÉKHOV”

Uma curiosa jornada literária me conduziu à leitura dessas Peças de Tchékhov. Tudo começou quando a Mundo Escrito postou o TBT de um vídeo (https://www.instagram.com/p/C5eHbh3C9lB/) em que eu respondia à pergunta: “O que é escrever bem?” Nesse vídeo, que data de 2018 ou 2019, eu menciono Shakespeare como “o maior escritor de todos os tempos”. Fiquei feliz ao ver o vídeo hoje e perceber que já avancei de lá para cá. Pois hoje estou mais consciente da pluralidade de literaturas, não me sendo mais possível enxergar um único escritor como “o maior de todos os tempos” – em que pese a minha imorredoura paixão por William Shakespeare.

Mas enfim, esse vídeo chamou a atenção de meu querido irmão poeta Adão Cunha, que me emprestou um longo artigo de Liev Tolstói baixando o sarrafo em Shakespeare. Foi uma absoluta surpresa descobrir que Tolstói (um autor que admiro muitíssimo) detestava Shakespeare tanto assim. Na maravilhosa troca de ideias que se seguiu com Adão, meu amigo comentou que só tinha um sujeito que Tolstói achava pior que Shakespeare: Anton Tchékhov.

Foi o suficiente para me fazer iniciar a leitura dessas Peças de Tchékhov, que eu dispunha em uma versão em inglês da Penguin Books (“Chehov Plays”), com tradução e introdução de Elisaveta Fen, que explica (em tradução livre minha):

“Na época em que Ivanov foi escrita, Tchékhov possuía noções muito bem definidas de como a arte dramática deveria ser. Ele disse a seus amigos que o teatro deveria ‘mostrar a vida e os homens como são, não como deveriam parecer se você os pusesse em pernas de pau’. ‘Deixe as coisas que acontecem no palco serem tão complexas e também tão simples como são na vida. Por exemplo, pessoas fazendo uma refeição à mesa, simplesmente fazendo uma refeição, mas ao mesmo tempo sua felicidade está sendo criada, ou suas vidas estão sendo esmagadas.’”

“Os personagens usualmente conversam da forma inconsequente e ilógica com que a maioria das pessoas o faz na vida do dia a dia. Situações e personagens arquetípicos são cuidadosamente excluídos, enquanto acontecimentos triviais e ordinários recebem pungência e significado pela sugestão de um contraste entre a aparente simplicidade das coisas e a subjacente complexidade do sentimento e da situação.”

Até então, eu só conhecia Tchékhov por sua fama como contista excepcional e por sua famosa “Lei”, que achei muito sábia e justa em minha jornada como escritor:

“Se um revólver aparece em determinada cena, ele deve ser disparado em uma cena seguinte.”

O que eu não imaginava é que o próprio Tchékhov levaria a sua Lei tão ao pé da letra: em quase todas as peças dessa antologia aparece um revólver, que de fato é disparado em seguida!

Mas há muito mais nessas peças que a mera utilização da célebre Arma de Tchékhov. Permeando as situações aparentemente banais do cotidiano, é perceptível uma constante indagação sobre o sentido da vida, em especial a partir da perspectiva da Arte. Como nessas falas do escritor Trigorin em “A Gaivota”, que talvez reflitam os dilemas do próprio autor:

“Estou obcecado dia e noite por um pensamento: devo escrever, devo escrever, simplesmente devo... Por algum motivo, assim que termino um romance, sinto que devo começar outro, então outro, depois outro... Escrevo com pressa, sem parar, e não posso fazer nada mais.”

“Um escritor menor, especialmente se não teve muita sorte, vê a si mesmo como desajeitado, estranho e indesejado. Ele fica nervoso e extenuado, e se sente irresistivelmente atraído para pessoas ligadas à literatura ou à arte, mas então fica apenas vagando no meio delas, sem ser reconhecido ou notado, incapaz de olhá-las direta e corajosamente nos olhos, como um jogador apaixonado que não possui nenhum dinheiro.”

“Sim, enquanto estou escrevendo eu gosto. Gosto de ler as provas também, mas... assim que a coisa sai impressa, não posso mais tolerá-la. Imediatamente vejo que não é como eu intencionava, que é um erro, que não deveria ter sido escrita de modo algum, então fico raivoso e deprimido...”

Também em “A Gaivota”, temos a atriz Nina, que parece expandir essas reflexões sobre a Arte e o sentido da vida:

“Acho que agora sei, Kostia, que o que importa em nosso trabalho – seja atuando ou escrevendo histórias – o que realmente importa não é a fama, ou o glamour, ou as coisas com as quais eu costumava sonhar, mas saber como suportar as coisas. Como carregar a sua cruz e ter fé. Eu tenho fé agora e não estou sofrendo tanto, e quando meu penso em minha vocação, não tenho medo da vida.”

É interessante notar que a Arte é descrita como um trabalho, um dever penoso a ser cumprido, em contraste com o ócio e a futilidade de uma aristocracia russa que via o trabalho como uma atividade para seres inferiores, como vemos nessa fala de “Três Irmãs”:

“Nós precisamos trabalhar, trabalhar! A razão pela qual nos sentimos deprimidos e temos uma visão tão sombria da vida é que nunca soubemos o que é fazer um esforço real. Somos filhos de pais que desprezavam o trabalho...”

Esse tema é uma constante nas peças de Tchékhov, para quem uma vida vivida no ócio é incompatível com a felicidade, como é belamente descrito nessas outras passagens de “Três Irmãs”:

“Não somos felizes e não podemos ser felizes; apenas desejamos a felicidade.”

“De algum modo a minha alma parece um piano caro que alguém trancou e cuja chave foi perdida.”

As peças de Tchékhov foram escritas entre o final do século XIX e o início do século XX. Em algumas cenas de “Três Irmãs” tive a impressão de que Tchékhov pressentia a Revolução que se aproximava daquele cenário aparentemente tão imutável:

“O tempo está chegando: há uma terrível nuvem carregada avançando sobre nós, uma poderosa tempestade está vindo nos refrescar! Sim, está vindo mesmo, já está bem próxima, e vai expulsar toda essa ociosidade e indiferença, esse preconceito contra o trabalho, essa podridão do tédio que aflige nossa sociedade.”

“Pode muito bem ser que no tempo que virá a vida que vivemos hoje pareça estranha, desconfortável e estúpida, não muito limpa e até pervertida...”

Já em “Tio Vânia” achei que Tchékhov estava profetizando bem além da Revolução Russa:

“Vocês seguem destruindo as florestas insensivelmente, e logo não sobrará mais nada na terra. Do mesmo modo vocês insensivelmente destroem os seres humanos e logo, graças a vocês, não haverá mais lealdade, nem integridade, nem capacidade de autossacrifício. Por que vocês não conseguem olhar para uma mulher com indiferença, a não ser que ela lhes pertença? Porque (...) há um demônio em cada um de vocês. Vocês não poupam nem a mata, nem os pássaros, nem as mulheres, nem uns aos outros.”

Foi mais do que auspicioso esse meu primeiro contato com a dramaturgia de Anton Tchékhov, detestado por Tolstói e amado por tantos. Anseio agora por ler os seus contos tão louvados, bem como assistir alguma de suas peças sendo encenada.

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2024/08/a-lei-de-tchekhov-e-clara-arte-deve-ser.html



site: https://www.instagram.com/fabioshivaprosaepoesia/
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banana20 02/08/2024

Meu primeiro contato com peça russa e já me apaixonei.
Como gosto muito de peças eu me diverti muuito lendo essas quatro. Minha favorita de longe é Três Irmãs.
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Yarll 13/05/2024

"A propriedade em si é algo tão estabelecido na tradição que qualquer ameaça a esse direito parece irrisória."
Essas quatro peças de Tchéckov, consolidam-se durante um período de queda da aristocracia do Império Russo, porém, não fala só dessa queda aristocrática. Passa também por sentimentos de gente, rica, pobre, nobre, militar, burocrata.
Tchéckov capta parte da existência humana e da dúvida que nos assola até hoje sobre o existir
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Janaskoobmania 25/04/2024

?Quatro peças? um sentimento
As quatro peças de Tchékhov me deixou com um sentimento de encantamento com a leitura, nos aquece o coração e nos deixa feliz. Gostei de todas, embora se tivesse que escolher uma escolheria ?O jardim das cerejeiras?; mas todas são escritas de forma belíssima e nos trás uma reflexão sobre a vida, sobre o amor, sobre a torpeza que foi a servidão na Rússia.
Optei por ler uma peça por fez de um ?fôlego só?, já que a quantidade de páginas me permitia fazer isso e a leitura foi fluida nas quatro leituras.
A cada peça tem uma apresentação de Rubens Figueiredo maravilhosa e bastante importante, que enriquece ainda mais a leitura, pois nos mostra a situação do país e do autor no período que a mesma foi escrita. Quando vamos ler a contextualização fica ainda melhor para nossa compreensão e aproveitamento da leitura.
Eu amo a literatura russa e não me canso de dizer para quem não conhece precisa conhecer urgentemente é muito bom!!!
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Peter.Molina 11/03/2024

Fiz o que pude, façam melhor os que puderem
Esse livro contém 4 grandes peças do teatro de Tchekhov: A gaivota, que fala sobre um simbolismo mortal; Tio Vânia e a desesperança de uma vida sem sentido; Três irmãs,poética e truncada, e a magnífica Jardim das Cerejeiras, explorando o tema da decadência. Tive dificuldade em me adaptar ao ritmo do autor, com o texto repleto de pausas e muito cadenciado, e Tb em relação aos nomes dos personagens, que são nomeados no texto todos em russo, e não pela função deles, tendo que recorrer à listagem geral por várias vezes. Não é um texto fluido, porém, depois que nos afinamos com o autor, é impossível não sentir o desespero ,a angústia e a emoção sombria em vários personagens e situações. A ultima peça nos leva a uma emoção muito intensa. Um livro que merece ser degustado aos poucos, e é bom ter algum breve conhecimento do período histórico russo daquela época para entender o contexto entre nobres e mujiques.
Fabio 13/03/2024minha estante
Adorei a resenha, Peter!
Com certa vergonha, confesso que não conhecia essa obra do Tchekhov, mesmo sendo uma apaixonado pela literatura russa. Mas vou reparar, e coloca-lo imediatamente na minha lista de leitura desse ano!


Peter.Molina 13/03/2024minha estante
Obrigado Fabio! Pensei que vc conhecia,vi que vc gosta do autor porque no seu perfil destacou uma frase dele. Este livro é muito bom, tem suas particularidades, mas merece a leitura com certeza.


Fabio 13/03/2024minha estante
Eu conhecia as peças, Peter. Três delas pelo menos, mas eu não sabiam que haviam sido condensadas em um volume único.
Sobre o Tchekhov, não só gosto, como já estudei algumas de suas obras, e que para mim está somente um degrau abaixo dos conterrâneos Tolstoi e Dostoieviski.




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