Luiza Helena (@balaiodebabados) 09/09/2022Originalmente postada em www.instagram.com/balaiodebabadosLakshmi é uma famosa pintora de henna entre a sociedade de Jaipur. Quando jovem, fugiu de seu marido violento e por isso só descobre a existência de uma irmã mais nova quando este surge novamente em sua vida.
Narrado em primeira pessoa por Lakshmi, logo nas primeiras páginas você é se vê imergido em uma Índia nos anos 50. A história não tem muita reviravolta, mas seu ritmo constante e a escrita fácil da autora faz com que a leitura seja bem prazerosa. Lakshmi é uma mulher resiliente, esperta e astuta, qualidades indispensáveis para se transitar na sociedade indiana da época, principalmente entre suas clientes.
A cultura indiana é bem explorada no livro. Além de termos no original, a descrição e ambientação faz com que você se sinta ali ao lado de Lakshmi andando pelas ruas de Japur. De início pode ser muita informação, mas aos poucos você vai se acostumando.
Além do seu negócio de henna, Lakshmi também é responsável por produzir sachês ab0rtivos. Achei interessante a autora abordar esse assunto e ainda mais dentro de uma sociedade machista e misógina, como a sociedade indiana. É nesse ponto que a autora trabalha questões como a decisão do aborto, maternidade, os deveres da mulher no casamento, entre outros.
Sua relação com Rhada é cheia de conflitos. Da noite pro dia ela tem que se tornar mãe, irmã e responsável por uma adolescente que ela nunca tinha ouvido falar. Já sua relação com Malik é bem divertida, já que a criança é bem esperta também e ajuda Lakshmi em seus negócios.
A Pintora de Henna foi o tipo de leitura que não prometeu nada e entregou tudo. Fica a dica se você deseja mergulhar em uma cultura diferente.
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